25 Setembro 2016 - PortoGranfondo

 6ª Prova estrada- PortoGranfondo:
      Apenas uma semana após as Aldeias do Xisto - Lousã, já tinha nova prova agendada. Ia jogar desta vez em casa, no 1º Granfondo na cidade do Porto.
     Para não fugir à norma deste ano, estava inscrito no Granfondo (146 km com 2800+), havendo ainda a distância de Minifondo (55km com 896) e Mediofondo (108 km com 1782+).
    Tendo em conta o reconhecimento já feito, sabíamos que ia ser duro e algo perigoso, principalmente na parte final, em que percorríamos uma zona de paralelo e terra, numa altura em que o discernimento por norma já não é muito e o cansaço tornam as coisas mais complicadas.
    Decidimos sair cedinho de casa já a pedalar, tornando mais fácil a logística e assim já não tínhamos que fazer rolos para aquecer…..piu…
    O staff estava todo montado junto à ponte D. Luís e estendia-se por largas dezenas de metros em direção ao freixo, com um ambiente fenomenal de quase 3000 atletas, com muitos amigos e conhecidos que decidiram participar nesta prova.
   Para muitos também foi dia de experimentar este conceito de Granfondos, pese embora tenham escolhido distâncias menores, não deixando contudo de estarem presentes nesta grande festa de ciclismo no Porto, o que tornava o dia especial, para muitos dos participantes.
   Também se fez notar as imensas “estrelas” que compareceram, entre outras, Rui Vinhas, Gustavo Veloso, Rui Costa, Tiago Machado, Ruben Almeida, Rui Moreira, Amado, Frederico, Rui Sousa e Filipe Cardoso.
        A longa espera para o início da prova, de quase de 15´, tornou algo impaciente o pelotão, agravando ainda mais o nervosismo que se sentia.
   Claro que ao apito inicial, gerou-se alguma confusão, com muitas travagens a fundo num chega pra lá constante.
      Eu e o Gouveia partimos da 4ª box, com cerca de 700 atletas na frente.
  Claro que a subida de Mouzinho da Silveira, Rua Heroísmo e posteriormente até ao Freixo, foi sempre de prego ao fundo até chegar bem à frente do grupo, em que por vezes tinha de abrandar para ganhar folego, pois estava um ritmo de loucos.
          O pessoal estava tão nervoso, que ainda deu para rir com outros atletas, em que este início mais parecia um final de etapa.  
       No Freixo, tentei- me defender um pouco, mas o andamento era muito forte, e a estrada de entre-os-rios, foi feita a médias loucas, e quando dei por mim já estava na Ponte de Castelo de Paiva com o pessoal do médio a virar à direita.   
      Apanhei a boleia do Veloso, que vinha acompanhado pelo seu “mestre” Tiago Machado a servir de lebre…lol..
     Uma vez mais pensava para mim: quanto tempo vais durar na roda deste pessoal com andamentos muito mais fortes que os meus???, sabia que ia estourar, mas uma vez mais estava a curtir ir na roda do grande Tiago Machado, sempre muito bem disposto e disponível para ajudar.
      As coisas foram correndo bem até ao km 80, na subida do Porto Antigo- Cinfães (8 km a 4%), em que levei uma marretada e fui “obrigado” a deixar ir o grupo à vidinha deles.
        Foi uma autêntica tortura. Lembrei-me logo do que me aconteceu no Granfondo Aldeias do Xisto, em que fiz a prova exatamente como esta, e posteriormente paguei bem por essa audácia. Contudo, tinha decidido que ia correr exatamente da mesma maneira. Uns diriam que não era a maneira mais inteligente de correr, e eu também concordo, mas não imaginam o prazer que me voltou a dar, rolar com os mais fortes, neste caso no grupo do Tiago Machado, cerca de 80 km.
    Valeu por isso, e, para mim foi mais importante que me defender e chegar melhor classificado.
      Tal como disse fui obrigado a baixar o ritmo, e nos restantes quilómetros finais, que ainda foram muitos, foi o normal penar, quem ultrapassava, ainda estavam piores que eu, e quem me ultrapassava, ainda tentava seguir na roda deles, mas iam muito fortes
       Quando cheguei à n222, sabia que tinha um longo caminho de subida pela frente até começar a descer para Quebrantões.
     Nas descidas e retas tentava meter um pouco mais de carga, e tive sorte pelos semáforos verdes que ia encontrando, já que inexplicavelmente não vi ninguém da organização nem forças policiais, nem queria imaginar se tivesse de parar num vermelho.             Só para meter a bike a rolar novamente, acho que desmaiava…lol..
         Ia passando o pessoal do médio, muitos a pé e em pior estado que eu. Esperava que os abutres escolhessem primeiro estes para refeição e me deixassem para sobremesa…lol…
         Na parte final, já na marginal de Gaia, num terreno de empedrado e terra, já nem sentia nada, só ouvia o speaker do outro lado do rio.
        Rapidamente passei a Ponte D. Luís e cortei a meta, contando com a minha mulher e filha a bater palminhas.
      No final foram realizados os 146 km em 05H13 com 2800+, ficando na 39ª no meu escalão (224 terminaram) e 107ª posição na geral (610 que terminaram), pese embora não ter dado para o diploma ouro, um pouco incompreensível mais enfim.
      Estava um bom ambiente na zona de meta, dando para relaxar um pouco de tanto sacrifício e esforço e conviver com o pessoal.
       Com esta prova terminaram os Granfondos de 2016, compostos por:
Douro Granfondo – 160 km, 05H45 com 3256+, 40º escalão;
Gerês Granfondo – 153 km, 05H11 com 2700+, 66º escalão
Porto Granfondo – 161 km, 05H13 com 2800+, 39º escalão

Terminou a competição de 2016 com muito esforço, dedicação e glória…lol… este ano foi assim, para o ano logo de verá, quais os objetivos e desafios que vão ser escolhidos… 

11SET2016 - Granfondo Aldeias do Xisto- Lousã

      5ª Prova estrada- Granfondo Aldeias do Xisto- Lousã:
     A rede das aldeias do Xisto, são formadas por 27 aldeias, sitas em Castelo Branco e Coimbra, compostas essencialmente por xisto, onde estão situadas as Serras da lousã e do Açor.
      Como não poderia deixar de ser, e, tendo em conta a linha até então, estava inscrito no Granfondo, composto por 166 km e 3300+, em que os últimos 20 km não eram cnometrados.
     Segundo o Dossier de participante, as principais subidas estavam assinaladas em Portela das Cabeçadas (13 km a 4,3%); Barragem (1,58 km a 11,8%); Pampilhosa da Serra (5,3 km a 6,7%); Picha (10,2 km a 3,5%) e Serra da lousã (13 km a 3,8%), por isso nada de preocupante, coisa fácil de se fazer…lol..
       Para esta viagem, levantei bem cedinho (04H30) e às 05H00 já estávamos a arrancar da casa do Gouveia, para Lousã, na boa companhia dos prós João e Portela.
      Chegamos cedinho à nave de exposições de lousã, local onde se encontrava todo o staff montado e depois de levantados os respetivos dorsais, com calma fomos aprontar as máquinas e rever todo o material necessário para que nada fosse esquecido, incluindo no meu caso, as garrafas de oxigénio…lol..
     No local tinha um quadro exposto, em que cada atleta assinava no respetivo dorsal, num gesto de compromisso de responsabilidade, em não lançar lixo para o chão.  
   Como pago sempre tarde, voltei a entrar na box 5, com cerca de 700 atletas à minha frente, coisa pouca. Não obstante estar numa box mais à frente, o meu companheiro- Gouveia, decidiu partir comigo.
   O objetivo é sempre o mesmo, dar o melhor que mim e chegar ao fim, sem voar muito alto nas curvas.  
  A experiência começa a ser alguma nas provas de estrada, e os primeiros quilómetros são sempre feitos com o coração na boca, a ultrapassar o pessoal mais lento, no normal “esquerda”, “direita”, “meio”, “cima e baixo”…lol….

3ª etapa VCPGE (continuação e término)

3ª etapa VCPGE– Terras de Bouro – Vila do Conde - 97 km com 1850+:

    A noite já correu bem melhor, tendo conseguido descansar bem, contribuindo para isso o pessoal ter deixado de rosnar…lol…
    A azáfama e o stress miudinho continua igual, mas parece que a disposição do pessoal melhorou e bem, pois o objetivo primordial de estarmos aqui, já está bem mais perto.
  Nada como começar o dia com mais um maravilhoso pequeno-almoço, para ter forças para mais este dia.
    Para cardápio tínhamos a extensão de 97 km com 1850+, de regresso a Vila do Conde.
  A nossa equipa estava confiante e as minhas pernas pareciam estar bem.
   Depois de mais um briefing a partida deu-se pontualmente às 09H00.
    Logo de início contamos com uma autêntica escalada até Santo António de Mixões da Serra, com a extensão de mais de 5 kms.
    A subida por si já era dura, mas para apimentar mais as coisas, o ritmo imposto pelo Gouveia, tornavam as coisas bem piores, dando para sentir a perninha a inchar e eu a sofrer.
    Mesmo no fim deste martírio tínhamos um abastecimento líquido, que deu para baixar a temperatura do motor e repor líquidos.
   Mas as dificuldades não tinham acabado pois tínhamos uma descida bastante acentuada e muito técnica, com empedrado bastante complicado de ser ultrapassado.

2ª etapa VCPGE (continuação)

2ª etapa VCPGE– Fafe – Terras de Bouro – 102 km com 3100+.
   A noite foi barulhenta, com sons oriundos dos confins do inferno, pelo menos para mim, ao invés o autor dormia descansado da vida…é o preço que se paga por dormir com cerca de 250 pessoas num pavilhão.
    Esta etapa estava catalogada como a etapa rainha desta edição, pela sua dificuldade e paisagens. 
  Oficialmente a alvorada foi feita por volta das 05H30 e pelos vistos muita gente já estava com pressa de ir pedalar, pois rapidamente o barulho impunha-se. Ainda era muito cedo para stressar e por isso, mantínhamos um pouco mais na bela cama, que a organização nos presenteava…
    Depois de um belo pequeno-almoço, preparamos tudo para esta etapa e fomos entregar os sacos que seriam transportados desta feita até Terras de Bouro, junto à Camara Municipal.
   Quando me preparava para pedalar, olhei para a bike e faltava o Gps…lindo…tive de ir novamente ao pessoal que recolhiam os nossos sacos e pedir para retirarem o meu saco, que se encontrava no início da carrinha, já com dezenas e dezenas de sacos em cima do meu….bem foi lindo, os coitados dos homens tiveram que retirar tudo novamente para encontrar o meu, que vergonha….
 Tendo em conta o comportamento da 1ª etapa, em que tínhamos rolado muitos quilómetros na companhia da Celina e do Valério, e, os mesmos terem um andamento muito certinho, decidimos tentar desde início fazer uma “guarda de honra” aos mesmos.
 No briefing foi-nos comunicado uma alteração ao percurso, tendo em conta o flagelo dos incêndios que ocorrem sempre nesta altura do ano, contudo a mesma já estava prevista em caso de emergência.
   Assim, até ao 1º abastecimento (km 34) tudo seria igual, alterando o track para o percurso alternativo, que seria um pouco maior que o inicial, mas supostamente menos duro…

13/14/15 Agosto 2016 - Vila Conde Peneda-Gerês Extreme ( VCPGE)

     Tentei participar na 1ª edição desta prova (2014), mas na última semana decidi entrar dentro de um veículo, pela mala, tendo como consequência, uma costela partida e a participação por água abaixo.
    Voltei o ano passado (2ª edição), mas desta feita, numa etapa extreme, a minha equipa não foi capaz de ultrapassar a dificuldade da dureza do monte, tendo sido derrotada antes da chegada a Terras de Bouro.
    Mas não estava satisfeito e queria muito ser finisher na VCPGE.
     Este ano, tem sido um ano de muito e bom treino, e, com muita competição, principalmente em estrada. Mas desengane-se quem pensa que andar meia dúzia de quilómetros é o suficiente para grandes resultados. Deste o final da prova de 2015 até à de este ano, rolei 9.650 km, com muito trabalho e sacrifícios pessoais, contando já com 4 Granfondos e uma Ultramaratona- Bairrada 150.
    Para este ano contava com a companhia do meu amigo Gouveia. Basicamente tínhamos como inconveniente apenas termos 150 km feitos em bicicleta de btt, muito pouco para esta prova.
    Então, decidi ligar ao Luís e pedir a sua ajuda para me emprestar uma máquina, tendo o mesmo de imediato aceite.
     Claro que já lá vão uns aninhos que não andava de rígida e muito menos de roda 29. Todos conhecem os seus benefícios, mas eu venho de uma suspensão total e roda 26, mas decidi arriscar e ainda bem que o fiz.
     Esta edição foi composta por 3 etapas em linha, que percorreu as regiões do Douro litoral e Alto Minho, com cerca de 275 km e mais de 7000+ altimetria.

1ª etapa VCPGE– Vila do Conde - Fafe – 76 km com 1730+:
   Chegamos cedinho ao quartel-general montado em Vila do Conde, onde depois de recolhermos o kit de participante, calmamente fomos preparar tudo para começar a nossa aventura e nada ficar no esquecimento. 
   Depois de entregue o saco que seria levado para Fafe, com tempo fomos apreciar e curtir toda a envolvência de uma prova desta categoria, com muita gente conhecida, que ajuda a elevar a fasquia da mesma.
   Deu ainda para reviver velhos conhecidos e amigos.
  Às 09H30 o controlo 0 estava aberto e agora já nada contava, éramos nós, a máquina e o monte…lol…
   Ao tiro de partida, foi dado às 10H00,  e o Gouveia começou logo a atacar, onde nos primeiros 12 km o meu GPS não parou mais de tocar, significando que estava a 180 pulsações. Estava a morrer e as coisas ainda tinham agora começado.

10 Julho de 2016- Skyroad Serra da Estrela

4ª prova da época - Skyroad Serra da Estrela. A experiência começa a ser alguma neste “mundo” da roda fininha.

 Basicamente os objetivos pessoais são sempre os mesmos, onde nas semanas que antecede, penso sempre que gostava muito, mas mesmo muito de não sofrer o que sofri nas anteriores. Se isso seria possível???? Duvido…a ver vamos.
  No ano anterior participei na prova curta, mas este ano, o mister pôs logo de parte esse pensamento, ele não tem piedade nenhuma de mim.
   Assim sendo e já reconfortado, tinha como pensamento ser Finisher e bater o tempo de ouro (07H00) previsto pela organização.
    Claro que não basta querer participar e traçar metas ambiciosas, temos de treinar com vontade, alma, rigor, sacrifício, para se algo correr mal, a consciência estar tranquila, que fizemos tudo o que foi possível para estarmos no nosso melhor naquele dia.
  No domingo, levantamos cedinho da caminha, para poder fazer uma viagem tranquila até Seia, com tempo para levantar o kit de participante e preparar tudo cuidadosamente, sem stress, para que nada seja esquecido.
   O “quartel general” estava montado na cidade de Seia e contava com a presença de 1500 pessoas, onde 250 eram estrangeiros de 18 nacionalidades, divididas no Mediofondo (67 km com 2700+) e o Granfondo (160 km com 4400+). As boxs são atribuídas consoante o pagamento efetuado por cada atleta. Claro que uma vez mais, vim para o fundo da “fila”, tendo como dorsal o nº 1235- box G e última.
   Os minutos que antecedem o tiro de partida, são sempre compostos por um misto de adrenalina, confusão, cores, super-máquinas leves e sofisticadas, onde só acalma com o apito inicial.
   Este Granfondo, decorre num cenário de alta montanha granítica, onde perdemos de vista o horizonte, nas belas paisagens com subidas e descidas de cortar a respiração, subindo até ao ponto mais alto de Portugal Continental a 1993m de altitude, tá tudo dito….
     O Almoço e lanche foi servido, com início na vertente sul da Serra da Estrela, passagem pela Lagoa Comprida, com o seu terrível Adamastor para aquecer as pernas, passagem para norte e posteriormente a partir de Manteigas subir o Vale Glaciar do Zêzere até ao alto da torre, onde o calor fez-se sentir com muita intensidade, durante todo o percurso.
    A partida foi dada às 08H30 e agora apenas restava “lutar” apenas contra mim e pelo que eu tinha traçado.
      Desta feita beneficiei da separação dos percursos, logo aos 7 km, que originou logo uma grande separação de atletas, e assim menos confusão para poder chegar à frente.
      O percurso estava muito bem sinalizado, com polícia e voluntários, nos cruzamentos e locais mais perigosos, onde eramos atempadamente avisados dos mesmos, com bandeirolas e apitos.
    De salientar ainda as inúmeras motas e carros apoio durante todo o percurso, com rodas e outros artigos para ajudar os menos felizardos nos contratempos que surgiram.
  Relativamente aos abastecimentos, estavam bem distribuídos e compostos, com água, bebidas isotónicas, fruta, salgados, doces, estando a bom nível, encontrando ainda sinalizações de várias fontes ao longo do percurso, para o pessoal poder reconfortar a barriga e baixar o termómetro do corpo.

12 Junho 2016 - Granfondo Gerês

      3ª Granfondo da época- Gerês.
      Parti para o Gerês, com o mesmo objetivo das provas anteriores, ou seja, atacar sem dó nem piedade e quando partir o motor, parti....
     Para isso continuava com a ajuda do Mister Gouveia, que mais parece uma carroça a puxar por um burro.
    Tendo em conta que continuamos a inscrever nas provas cedinho, continuando assim a partir na útima box, com apenas cerca de 1700 atletas para ultrapassar, coisa pouca, pois claro.


     Logo desde o "apito inicial", o Gouveia, foi servindo sempre de batedor, forçando sempre o andamento, ao ponto de quase nem conseguir dizer para ele ir embora ao ritmo dele.
   O gráfico não enganava, com subidas curtas e constantes, o denominado rompe pernas, que ia deixando muitas mazelas no decorrer dos quilómetros.
     Uma vez mais os abastecimentos eram feitos apenas a cheirar, pois as rodinhas são muito importantes e esta perda significa "a morte do artista".
    Já estava no meu limite quando cheguei à subida de Pincães, com cerca de 130 km de prova, em que sofri a bom sofrer para não por os pés no chão, e só não o fiz por vergonha, pois não sentia o corpo.
     Contudo e quase sem tempo de descanço levei com a subida de Ermida, e aí ...PUM, levei com o homem da marreta e vi-me obrigado a pousar o pé no chão e levar a bike à mão, que PU....de subida...
   Respirei fundo e lá vim "aos trambolhões" até à meta, sempre com o cão de fila do Gouveia a roer-me os calcanhares...lol...
      Passamos por Vila do Gerês, Rio Caldo, Salamonde, Ruivães, Santa Leocádia, Venda Nova, Barragem dos Pisões, Vilarinho de Negrões, Sezelhe, Paradela, Bostochão, Cabril, Pincães, Fafião, Ermida, Vila do Gerês.
    Claro que as forças eram poucas, mas ainda restaram algumas para conseguir sentar para comer a respetiva massa com atum, já na companhia do João, que participou no médiofondo.
  No final conseguimos uma vez mais, fazer tempo de ouro, completando os 151 km em 05H11, com 2700+ altimetria.
Consegui um 196 geral de 2100 participantes e 66 no meu escalão- veterano B, com uma média de quase 30km/h, em que atingi a velocidade máxima de 78 Km/h.
      A frequência cardíaca andou na média dos 153 e a máxima nos 175bat/m, até os bofes saem da boca....lol...
     Foi uma muito boa participação para mim, dei tudo o que tinha e o que não tinha e por isso fiquei feliz com a  minha prestação.
      Obrigado ao meu amigo de pedal, que uma vez mais puxou por mim até não poder mais. O Futuro de nós dirá...

24 Abril 2016 - Évora Granfondo

     Para a primeira prova da época, escolhi ir ao Granfondo de Évora.
   Para esta viagem, juntamos um quarteto campeão, composto pelo Mister Gouveia, que continua a ter estas ideias malucas, pelo João e o Peter.
       Tínhamos decido de forma a diminuir as despesas, bem como podermos alimentar convenientemente, cada um seria responsável pelo seu cardápio.
Poderíamos escolher entre o Mediofondo, na distância de 105 kms e o Granfondo com 185 km e uma altimetria de 1721+.
          Depois de toda a logística montada e arrumada partimos para Évora, logo na manhã de sábado, efetuando apenas uma paragem para carregar "as peles" de hidratos (massa e afins), típico de ciclistas prós….lol…
     O quartel general deste Granfondo estava montado bem no centro da cidade, mais propriamente junto ao Templo Romano de Évora, também conhecido por Templo de Sofia.  
        Aqui chegados, fomos levantar os nossos dorsais e tirar as primeiras fotos da praxe, bem juntinhos ao cartaz do evento e já equipados com o jersey do mesmo, que classe.
    Escolhemos ficar instalados numa das casas dos Serviços Sociais da PSP, a cerca de 500 metros da partida, e, sem dúvida foi uma excelente escolha, já que ficamos muito bem instalados e a preços bem económicos (recomenda-se).
       No sentido de relaxar um pouco da viagem, fomos dar uma voltinha de uma hora de bike, de forma a afinar as máquinas para o dia seguinte e ainda tirar mais umas fotos pela cidade. Claro que eu tinha de aproveitar para comprar um híman, para recordação da cidade de Évora, compra da praxe...
        Mas isto de dormir fora de casa e antes de uma competição, é sinal de contar as horas constantemente e levantar com a sensação de direta, enfim…
      Mas o grupo estava com a moral em alta e foi assim que nos deslocamos para o ponto de partida, com a normal azáfama destes eventos, que contava com a participação de cerca de 2000 atletas. 
        Como não pagamos cedinho (normal), lá fomos parar para uma boxe bem atrasada e desta forma só tínhamos cerca de 1000 atletas para ultrapassar, se queríamos ganhar, pois claro. Com o tiro de partida dada à hora exata -09H00, com o início em pavé e a descer, todos os cuidados foram poucos, com muitos encostos, travagens bruscas, as famosas esquerda-direita, havia de tudo…
      Tentámos (eu e o Gouveia) rolar forte de forma a chegar à frente do pelotão, mas esse já estava muito longe e nunca conseguimos esse propósito, ficando por um 2º grupo, que rolava bem forte.
    Na 1º hora de prova quando olhei para o GPS, indicava que tinha sido feito com a média de 38 km/h (pensava eu: vais rebentar que nem uma castanha), mas pronto, siga….
     Grupo a grupo conseguímos sempre apanhar bons grupos e constantemente saltávamos estilo gazelas de uns para outros, até formarmos cerca de 15 atletas com níveis muito idênticos.
    Os pontos mais altos e principais dificuldades, eram a Serra d`ossa no Redondo e o Castelo de Monsaraz em Reguengos, que foram ultrapassados sempre a derreter alcatrão, em que eu só não sabia até quando ia durar.
      Por diversas alturas o Gouveia que ia forte, tentou sair do grupo, mas os outros não estavam muito nessa disposição e não davam mais que uns metros de distância, desgastando-o imenso estes ataques, já que o vento estava de frente e soprava bem forte.
      A prova tinha quatro abastecimentos, mas apenas no quarto efetuamos uma paragem, que nem um minuto demorou, dando tempo para meter líquidos e devorar dois bolos.
     A maior parte do grupo, não efetuou esta paragem, pois encontravam-se com um carro de apoio (não permitido) a repor líquidos e comida, colocando muitas vezes em perigo os restantes ciclistas, pois constantemente não conseguiam agarrar no que lhes davam, gerando-se muita confusão.
       Ficamos assim quatro atrasados. Como o vento era muito forte, em conjunto decidímos fazer um esforço e como todos passaram pela frente, alcançamos rapidamente os fugitivos.
     Faltavam cerca de 40 km para o fim, com o ritmo a continuar muito forte.
Então dá-se uma fuga, que contando com a ajuda da mota da gnr, conseguiu ganhar uma boa vantagem, já que ninguém conseguiu responder.
        Como eu e o Gouveia estávamos bem, decidimos em "comboio" rolar à vez na frente e anular a fuga, mesmo à pró…lol…pese embora já estivesse com o botão no vermelho.
   O restante pessoal continuavam impávidos e serenos e já nem iam à frente, seguiam apenas na rodinha boa. Claro que não tinha dúvidas que na ponta final, ia pagar caro esta brincadeira e iam passar por mim que nem balas…lol..
       Já na entrada da cidade Évora, tinha uma curva apertada à esquerda e de seguida ficava apenas uma subida bem inclinada, com cerca de 500 metros, em pavé, até à meta.
        O atleta que tínhamos anulado a fuga estava fulo com o grupo por não ajudarem, virou-se para mim e disse: vai, vai, vai tu…tendo em dito: não, vai tu, vai tu…lol..
           O Gouveia estava com caibras e disse para eu atacar. Decidi então meter tudo o que tinha e subir com o outro atleta. Ia morrendo com o esforço que fiz, aguardando a ultrapassagem a qualquer altura dos que vinham na "maminha". Para meu espanto ninguém respondeu, conseguindo assim ficar à frente de um bom grupo de atletas.
    Em termos estatísticos percorri os 185 km, em 05H10, com altimetria de 1721+, atingindo uma velocidade média de 37 Km/h e velocidade máxima de 77 km/h, onde de cerca de 2000 participantes ficar em 17º no escalão, muito bom
     Este granfondo fez passagem pelas cidades de: Évora, Estremoz, Redondo, Alandroal e Reguengos de Monsaraz.
  Uma palavra de agradecimento ao Gouveia que me ajudou sempre a gerir as forças e a tática para esta corrida, bem como ao João e Peter, pela amizade e boa disposição, que culminou com uma excelente prova e principalmente um excelente fim-de-semana. Somos os maiores carago....

01 Maio 2016 - Douro Granfondo

      Após o Granfondo de Èvora, onde o desgaste foi intenso, tinha necessidade de descansar um pouco e recuperar as forças, de forma a estar em bom nível no Douro.
     Sabia que a prova ia ser dura, e, inclusive tinha dúvidas qual a distância que ia participar. Contudo, o mister não estava com vontade de facilitar as coisas e dizia que íamos fazer os dois a distância grande. Pelos vistos, além de ter de fazer os 160 km, ainda o teria de acompanhar....k medoooo.
         Não tardou nada e já estávamos a fazer a viagem bem cedinho para o Douro. 
      Chegados bem  ao centro da Régua, local onde estava montado todo o quartel general do Granfondo, era visível a azáfama, a adrenalina, as cores das equipas, o montar das bikes, ou melhor super-bikes, o animar do speacker, enfim, um conjunto de pormenores que antece um evento, com 3000 participantes e com atletas de 17 nacionalidades diferentes, onde nada parecia falhar.
   Uma vez mais aprendi o quanto é importante ver, rever e tornar a confirmar todo o material que se leva para uma prova, em que uma falha, é a morte do artista. Desta feita esqueci osóculos de sol, o pior que se pode esquecer, enfim, ainda não tinha começado a pedalar e já estava danado.
       Por termos efetuado o pagamento mais tarde, partíamos da box 5, e tínhamos mais de 1.100 ciclistas à nossa frente, embora mais preocupante eram os 3200+ acumuldo, com 5 subidas terríveis para serem ultrapassadas.
       A adrenalina sobe à medida que se aproxima o início da prova, e acho mesmo que é esta a sensação do sangue a ferver as veias e a vontade de competir, que me motiva a participar e a treinar, com muito esforço e dedicação, para vir a estes grandes eventos.
     Dada o tiro de partida, às 09H00 em ponto, demoramos cerca de 6 minutos a chegar à meta, ultrapassando constantemente ciclistas, para poder chegar o mais à frente possível.
      Acaba por ser perigoso estas ultrapassagens no início, já que estão todos com muita força e os toques são muito frequentes, bem como as quedas.
1ª Subida: subida por Adorigo para Tabuaço, com 7 km de extensão, onde rolámos bem, mas sem grandes loucuras, continuando sempre a ultrapassar ciclistas. No cimo tínhamos o 1º abastecimento, onde nem cheirámos os bolinhos bons, descendo logo a grande velocidade para a Foz do Távora.
2ª Subida: subida para Castanheiro do Sul, com algum pavé pelo meio, que a tornou ainda mais difícil até Várzea de Trovões, onde entrámos num sobe e desce duríssimo de cerca de 5km até São João da Pesqueira. Continuámos bem, conseguindo manter o andamento forte, até então.
3ª Subida: culminava com o 2º abastecimento, mas era só passar e cheirar, porque comer nem nada. O mister não deixava, dizia que estávamos muito gordos...lol..
4ª Subida: depois de mais uma descida "bruta", passámos pela barragem da Valeira, bem conhecida do ano passado. Foram 7 km a subir, com inclinação média de 7%, mas com os primeiros 4km muito duros. Bem no cimo a organização oferecia favaios, para os mais corajosos. Tendo como máxima, "se conduzir não beba", tive medo de arriscar, não fosse na primeira curva voar até ao Douro. Esta subida fez mossa e de que maneira, não fossemos já com 91km, onde em determinadas zonas, fomos obrigados a abrandar o ritmo, para poder ganhar balanço para o fim.
      Contudo mais à frente decidimos que obrigatoriamente tínhamos de parar no abastecimento, no mínimo para meter líquidos.  O cardápio era de tal ordem diverso, que quando cheguei fiquei sem saber muito bem o que comer. Não me podia esquecer do que me tinha acontecido na edição transata, em que me lambuzei de tudo e mais alguma coisa e depois vim com vómitos vários quilómetros, raio da gula.
       Depois de passado este ponto terrível, vinha uma das descidas mais bonitas da prova, ia deitando o olho à paisagem brutal, sem nunca descurar a estrada, já que a velocidade rondava entre os 50/60 km/h. Como falei com outro colega, este é um local magnífico para andar, só é pena não termos muito tempo para poder comtemplar esta beleza.
5ª Subida - faltava a sobremesa- subida para Alijó, com passagem pela futura barragem do Tua, com uma distância de 15 km sempre a subir. A principal dificuldade estava no início, com pendentes altos.
      Quando vi a placa a dizer Alijó, bem que me aliviou a alma. A seguir aparecia Favaios, onde entrávamos logo em grande velocidade  até ao Pinhão.
       Foi nesta altura da prova que eu tive imensas dificuldades em acompanhar o grupo de cerca de 10 ciclistas que se juntaram. Todos estavam cansados, mas eu parecia nitidamente o mais desgastado de todos.
      Na descida o Gouveia avisou-me que a roda de trás estava empenada. Quando olhei para ela, assustei-me de tal maneira, que ia cheio de medo, já que rolavávamos em grande velocidade, com curvas muito fechadas. Nesta altura da prova tive muita dificuldade em acompanhar o grupo e já no Centro de Pinhão, e durante 1 km de pavé, ouvi um barulho metálico a partir vindo da roda traseira, que me obrigou quase a parar, para ver o que tinha acontecido, passando pela cabeça a sensação que estava tudo terminado e tinha morrido na praia.
       O Grupo fugiu e o Gouveia ficou na retaguarda do mesmo aos "gritos" para eu apertar e chegar junto dele, para me esforçar...e eu....desesperado a dizer que não conseguia porque estava com a roda toda partida, mais parecíamos dois malucos a "discutir"...lol...
        Quando entramos novamente no asfalto, a bike começou novamente a trabalhar bem, faltando 25 km até à meta, mas com o grupo já longe.
      Novamente o Gouveia decidiu apostar tudo, para colarmos novamente ao grupo, pois o vento estava muito forte de frente e se não o conseguíssimos iríamos sofrer e bem até à meta.
    Eu já estava por fios e num grande esforço, conseguiu rebocado pelo Gouveia, que voltássemos novamente ao grupo. Eu já só queria terminar e olhava constantemente para os kms. O grupo circulava a alta velocidade, com médias de 40/45 km/h, e ultrapassavamos outros ciclistas a tal velocidade que até metia medo. Ainda apanhamos outro grupo que se juntou ao nosso, onde na parte final, a melhor posição no pelotão, começava a criar perigo.
        Decidi não ir ao choque e na última viragem para a reta da meta, o sprint foi de loucos, o Gouveia disparou, conseguindo uma boa classificação, onde eu na parte final ainda consegui dar um ar da minha graça e subir dois lugares na reta da meta.
      Ficaram assim em termos estatísticos 160 Km feitos em 05H45, com um altimetria 3256+ e média de 28 km/h, atingindo a velocidade máxima de 69,5 km/h. Na classificação geral fiquei em 152 e no meu escalão em 40º, sendo na minha opinião uma boa classificação.
       Não poderia deixar de agradecer ao meu amigo Gouveia, por me ter acompanhado em mais um Granfondo, muitas vezes em seu prejuízo, mesmo contra a minha vontade, continuando acreditar que: "sozinhos podemos andar mais rápido, mas juntos podemos ir mais longe"...

Teste de VO2 Máximo

O CIAFEL procura atletas amadores ou recreativos, de ambos os sexos, que não sejam federados, e que estejam disponíveis para participarem, no seu laboratório, num conjunto de testes físicos, habitualmente só disponíveis para os atletas de elite e equipas de ciclismo. A participação é totalmente voluntária e gratuita e terá lugar no laboratório do CIAFEL na cidade do Porto.

O BTT tem vindo a ganhar imensos adeptos ao longo dos últimos 15 anos. Todos os anos existem mais maratonas e com um número cada vez maior de participantes.

Esta é também uma forma adoptada por muitos para aumentar o seu nível de actividade física, procurando a evasão e o contacto com a natureza, e é uma consequência natural do seu envolvimento com a utilização da bicicleta de montanha. É igualmente a porta de entrada num estilo de vida activo, insistentemente promovido pelos diferentes organismos responsáveis pela promoção da saúde.

Os participantes ficarão a conhecer melhor alguns indicadores da sua capacidade cárdio-respiratória , como o consumo de oxigénio máximo (VO2 máximo), a sua composição corporal e obter dicas e estratégias nutricionais para melhorar o seu treino e performance.
O que é o VO2 máximo?Uma dúvida que aparece bastante é sobre o VO2máx. O que é, para que serve e qual a diferença entre homens e mulheres costumam ser as perguntas mais freqüentes. Neste artigo vou tentar responder a essas questões de uma maneira simples.

O VO2máx é o volume máximo de oxigênio que o corpo consegue “pegar” do ar que está dentro dos pulmões, levar até os tecidos através do sistema cardiovascular e usar na produção de energia, numa unidade de tempo. Este valor pode ser obtido indireta (através de diferentes testes, cada qual com seu protocolo e suas fórmulas) ou diretamente (pelo teste ergoespirométrico).

O teste ergoespirométrico, conhecido de muita gente (aquele teste que o corredor faz na esteira com uma máscara no rosto e um monte de eletrodos no corpo), além do VO2máx, encontra também os limiares anaeróbicos L1 e L2, que ajudam muito no treinamento (estes limiares são normalmente fornecidos em velocidade e/ou freqüência cardíaca – FC).

Com esses dados é possível planejar um treino mais estruturado. Veja o exemplo do treino com a FC ou velocidade de corrida:

- abaixo do L1: regenerativo
- entre L1 e L2: aeróbico. O corredor consegue manter o ritmo por bastante tempo
- acima do L2: intenso/anaeróbico. Quanto mais longe do L2, menor o tempo que o corredor consegue manter o ritmo

É claro que com os dados obtidos no teste, seu treinador conseguirá periodizar melhor seu treino de acordo com seus objetivos pessoais.

Mas engana-se quem acha que o VO2máx é uma variável como a freqüência cardíaca, que você pode medir com um frequencímetro. O VO2máx é usado para medir o “condicionamento” e o quão “condicionável” é o indivíduo. Costuma ser o melhor índice fisiológico para classificação e triagem de atletas. E mais, normalmente é genético, não podendo ser melhorado muito acima de 20 ou 30%. Além disso, alguns outros fatores também influem no seu valor, tais como:

- taxa de gordura. Quanto maior a taxa de gordura do indivíduo, menor seu VO2máx;
- idade. Quanto maior a idade, menor o VO2máx;
- musculatura. Quanto maior a musculatura, maior o VO2máx, entre outros.

Outra coisa que vale a pena ressaltar é que se o indivíduo for sedentário, provavelmente, com o treinamento, poderá ter seu VO2máx melhorado em até 30%. Já um atleta muito bem treinado, mesmo dando continuidade ao seu treinamento, dificilmente conseguirá melhorar seu VO2máx. Ou seja, quanto mais treinado for o indivíduo, menos ele pode melhorar seu VO2max, às vezes nem 1%. Porém, vale lembrar que mesmo sem aumentar seu consumo máximo de oxigênio, o desempenho deste indivíduo pode melhorar.

30 Março de 2013 – Teste à Mondraker Podium Pro - Roda 29

    Quando o Pedro me convidou para testar a Mondraker Podium Pro – Roda 29, ainda disse…coisa e tal e tal e coisa… pode ser já????...lol…
    Já lá vai um tempinho em que voava com a minha Mondraker Podium, e que saudades que tenho desses tempos, principalmente da sua leveza e rapidez a subir. Claro que por ter optado por provas de maratonas e por razões de insuficiência física, tive de comprar algo mais confortável e menos agressivo.
    Mas esta bicicleta sem dúvidas que tem um design que não passa nada despercebido, tendo em conta a quantidade de pessoas que a admiram na sua passagem, ou então era a olhar para o rider…lol…Não só o avanço que efetivamente é único e faz a diferença, bem como o tamanho da roda, que é bastante maior que aquela que sempre usei. 

     Na condução sentimos que estamos um pouco mais acima do chão que o normal, transmitindo uma sensação de “poder”, logo não é aconselhável a pessoal com vertigens…lol.. O guiador mais largo permite facilmente e rapidamente conduzir o “bicho”, tendo uma enorme agilidade de movimentos, onde eu pensava ser bem mais lenta, mas enganei-me.  
     No início e por falta de hábito, senti constantemente a traseira a levantar, com um constante galopar, típico das rígidas.
     Ela vem equipada com uma transmissão 2X10, pese embora não tenha dado para aferir a diferença, já que não fiz grandes alterações de “caixa”. Outro grande pormenor é a possibilidade de bloquear a suspensão dianteira no guiador, sem tirar a mãos do mesmo, sendo muito prático e esteticamente bem conseguido, uma mais valia sem dúvida.
    Consegui assim efetuar 56 Km na sua maioria em estrada, notando-se que em cada pedalada, ela pede cada vez mais, mais, mais, até as pernas queimarem e só notei no final o quanto puxa.
     O pouco que fiz no monte, a roda da frente facilmente transpõe obstáculos, sendo muito superior à roda normal, já que mais parece um autêntico trator.
    Em termos gerais, deu para compreender a atual febre por este tipo de roda, que veio para ficar, ficando deveras impressionante com o seu desempenho.
  Esta Mondraker Podim Pro esteticamente marca muitos pontos, pela boniteza, agressividade, facilidade de condução, leveza e alguns pormenores já referidos, surpreendendo-me o seu andamento, muito mais do que estava à espera. Mas também fiquei com a noção que para tirar a máxima superioridade da mesma, em que por norma só se discute a altura ideal do condutor para o uso desta roda, a condição física parece-me algo mais marcante, pois ela pede constantemente mais força e aceleração, e isso nem todos podem dar….lol…
   Obrigado ao Pedro, por me ter dado a possibilidade de andar e experimentar uma bicicleta tão potente e bonita. Venha o próximo teste...