2ª etapa VCPGE (continuação)

2ª etapa VCPGE– Fafe – Terras de Bouro – 102 km com 3100+.
   A noite foi barulhenta, com sons oriundos dos confins do inferno, pelo menos para mim, ao invés o autor dormia descansado da vida…é o preço que se paga por dormir com cerca de 250 pessoas num pavilhão.
    Esta etapa estava catalogada como a etapa rainha desta edição, pela sua dificuldade e paisagens. 
  Oficialmente a alvorada foi feita por volta das 05H30 e pelos vistos muita gente já estava com pressa de ir pedalar, pois rapidamente o barulho impunha-se. Ainda era muito cedo para stressar e por isso, mantínhamos um pouco mais na bela cama, que a organização nos presenteava…
    Depois de um belo pequeno-almoço, preparamos tudo para esta etapa e fomos entregar os sacos que seriam transportados desta feita até Terras de Bouro, junto à Camara Municipal.
   Quando me preparava para pedalar, olhei para a bike e faltava o Gps…lindo…tive de ir novamente ao pessoal que recolhiam os nossos sacos e pedir para retirarem o meu saco, que se encontrava no início da carrinha, já com dezenas e dezenas de sacos em cima do meu….bem foi lindo, os coitados dos homens tiveram que retirar tudo novamente para encontrar o meu, que vergonha….
 Tendo em conta o comportamento da 1ª etapa, em que tínhamos rolado muitos quilómetros na companhia da Celina e do Valério, e, os mesmos terem um andamento muito certinho, decidimos tentar desde início fazer uma “guarda de honra” aos mesmos.
 No briefing foi-nos comunicado uma alteração ao percurso, tendo em conta o flagelo dos incêndios que ocorrem sempre nesta altura do ano, contudo a mesma já estava prevista em caso de emergência.
   Assim, até ao 1º abastecimento (km 34) tudo seria igual, alterando o track para o percurso alternativo, que seria um pouco maior que o inicial, mas supostamente menos duro…

13/14/15 Agosto 2016 - Vila Conde Peneda-Gerês Extreme ( VCPGE)

     Tentei participar na 1ª edição desta prova (2014), mas na última semana decidi entrar dentro de um veículo, pela mala, tendo como consequência, uma costela partida e a participação por água abaixo.
    Voltei o ano passado (2ª edição), mas desta feita, numa etapa extreme, a minha equipa não foi capaz de ultrapassar a dificuldade da dureza do monte, tendo sido derrotada antes da chegada a Terras de Bouro.
    Mas não estava satisfeito e queria muito ser finisher na VCPGE.
     Este ano, tem sido um ano de muito e bom treino, e, com muita competição, principalmente em estrada. Mas desengane-se quem pensa que andar meia dúzia de quilómetros é o suficiente para grandes resultados. Deste o final da prova de 2015 até à de este ano, rolei 9.650 km, com muito trabalho e sacrifícios pessoais, contando já com 4 Granfondos e uma Ultramaratona- Bairrada 150.
    Para este ano contava com a companhia do meu amigo Gouveia. Basicamente tínhamos como inconveniente apenas termos 150 km feitos em bicicleta de btt, muito pouco para esta prova.
    Então, decidi ligar ao Luís e pedir a sua ajuda para me emprestar uma máquina, tendo o mesmo de imediato aceite.
     Claro que já lá vão uns aninhos que não andava de rígida e muito menos de roda 29. Todos conhecem os seus benefícios, mas eu venho de uma suspensão total e roda 26, mas decidi arriscar e ainda bem que o fiz.
     Esta edição foi composta por 3 etapas em linha, que percorreu as regiões do Douro litoral e Alto Minho, com cerca de 275 km e mais de 7000+ altimetria.

1ª etapa VCPGE– Vila do Conde - Fafe – 76 km com 1730+:
   Chegamos cedinho ao quartel-general montado em Vila do Conde, onde depois de recolhermos o kit de participante, calmamente fomos preparar tudo para começar a nossa aventura e nada ficar no esquecimento. 
   Depois de entregue o saco que seria levado para Fafe, com tempo fomos apreciar e curtir toda a envolvência de uma prova desta categoria, com muita gente conhecida, que ajuda a elevar a fasquia da mesma.
   Deu ainda para reviver velhos conhecidos e amigos.
  Às 09H30 o controlo 0 estava aberto e agora já nada contava, éramos nós, a máquina e o monte…lol…
   Ao tiro de partida, foi dado às 10H00,  e o Gouveia começou logo a atacar, onde nos primeiros 12 km o meu GPS não parou mais de tocar, significando que estava a 180 pulsações. Estava a morrer e as coisas ainda tinham agora começado.