25 Setembro 2016 - PortoGranfondo

 6ª Prova estrada- PortoGranfondo:
      Apenas uma semana após as Aldeias do Xisto - Lousã, já tinha nova prova agendada. Ia jogar desta vez em casa, no 1º Granfondo na cidade do Porto.
     Para não fugir à norma deste ano, estava inscrito no Granfondo (146 km com 2800+), havendo ainda a distância de Minifondo (55km com 896) e Mediofondo (108 km com 1782+).
    Tendo em conta o reconhecimento já feito, sabíamos que ia ser duro e algo perigoso, principalmente na parte final, em que percorríamos uma zona de paralelo e terra, numa altura em que o discernimento por norma já não é muito e o cansaço tornam as coisas mais complicadas.
    Decidimos sair cedinho de casa já a pedalar, tornando mais fácil a logística e assim já não tínhamos que fazer rolos para aquecer…..piu…
    O staff estava todo montado junto à ponte D. Luís e estendia-se por largas dezenas de metros em direção ao freixo, com um ambiente fenomenal de quase 3000 atletas, com muitos amigos e conhecidos que decidiram participar nesta prova.
   Para muitos também foi dia de experimentar este conceito de Granfondos, pese embora tenham escolhido distâncias menores, não deixando contudo de estarem presentes nesta grande festa de ciclismo no Porto, o que tornava o dia especial, para muitos dos participantes.
   Também se fez notar as imensas “estrelas” que compareceram, entre outras, Rui Vinhas, Gustavo Veloso, Rui Costa, Tiago Machado, Ruben Almeida, Rui Moreira, Amado, Frederico, Rui Sousa e Filipe Cardoso.
        A longa espera para o início da prova, de quase de 15´, tornou algo impaciente o pelotão, agravando ainda mais o nervosismo que se sentia.
   Claro que ao apito inicial, gerou-se alguma confusão, com muitas travagens a fundo num chega pra lá constante.
      Eu e o Gouveia partimos da 4ª box, com cerca de 700 atletas na frente.
  Claro que a subida de Mouzinho da Silveira, Rua Heroísmo e posteriormente até ao Freixo, foi sempre de prego ao fundo até chegar bem à frente do grupo, em que por vezes tinha de abrandar para ganhar folego, pois estava um ritmo de loucos.
          O pessoal estava tão nervoso, que ainda deu para rir com outros atletas, em que este início mais parecia um final de etapa.  
       No Freixo, tentei- me defender um pouco, mas o andamento era muito forte, e a estrada de entre-os-rios, foi feita a médias loucas, e quando dei por mim já estava na Ponte de Castelo de Paiva com o pessoal do médio a virar à direita.   
      Apanhei a boleia do Veloso, que vinha acompanhado pelo seu “mestre” Tiago Machado a servir de lebre…lol..
     Uma vez mais pensava para mim: quanto tempo vais durar na roda deste pessoal com andamentos muito mais fortes que os meus???, sabia que ia estourar, mas uma vez mais estava a curtir ir na roda do grande Tiago Machado, sempre muito bem disposto e disponível para ajudar.
      As coisas foram correndo bem até ao km 80, na subida do Porto Antigo- Cinfães (8 km a 4%), em que levei uma marretada e fui “obrigado” a deixar ir o grupo à vidinha deles.
        Foi uma autêntica tortura. Lembrei-me logo do que me aconteceu no Granfondo Aldeias do Xisto, em que fiz a prova exatamente como esta, e posteriormente paguei bem por essa audácia. Contudo, tinha decidido que ia correr exatamente da mesma maneira. Uns diriam que não era a maneira mais inteligente de correr, e eu também concordo, mas não imaginam o prazer que me voltou a dar, rolar com os mais fortes, neste caso no grupo do Tiago Machado, cerca de 80 km.
    Valeu por isso, e, para mim foi mais importante que me defender e chegar melhor classificado.
      Tal como disse fui obrigado a baixar o ritmo, e nos restantes quilómetros finais, que ainda foram muitos, foi o normal penar, quem ultrapassava, ainda estavam piores que eu, e quem me ultrapassava, ainda tentava seguir na roda deles, mas iam muito fortes
       Quando cheguei à n222, sabia que tinha um longo caminho de subida pela frente até começar a descer para Quebrantões.
     Nas descidas e retas tentava meter um pouco mais de carga, e tive sorte pelos semáforos verdes que ia encontrando, já que inexplicavelmente não vi ninguém da organização nem forças policiais, nem queria imaginar se tivesse de parar num vermelho.             Só para meter a bike a rolar novamente, acho que desmaiava…lol..
         Ia passando o pessoal do médio, muitos a pé e em pior estado que eu. Esperava que os abutres escolhessem primeiro estes para refeição e me deixassem para sobremesa…lol…
         Na parte final, já na marginal de Gaia, num terreno de empedrado e terra, já nem sentia nada, só ouvia o speaker do outro lado do rio.
        Rapidamente passei a Ponte D. Luís e cortei a meta, contando com a minha mulher e filha a bater palminhas.
      No final foram realizados os 146 km em 05H13 com 2800+, ficando na 39ª no meu escalão (224 terminaram) e 107ª posição na geral (610 que terminaram), pese embora não ter dado para o diploma ouro, um pouco incompreensível mais enfim.
      Estava um bom ambiente na zona de meta, dando para relaxar um pouco de tanto sacrifício e esforço e conviver com o pessoal.
       Com esta prova terminaram os Granfondos de 2016, compostos por:
Douro Granfondo – 160 km, 05H45 com 3256+, 40º escalão;
Gerês Granfondo – 153 km, 05H11 com 2700+, 66º escalão
Porto Granfondo – 161 km, 05H13 com 2800+, 39º escalão

Terminou a competição de 2016 com muito esforço, dedicação e glória…lol… este ano foi assim, para o ano logo de verá, quais os objetivos e desafios que vão ser escolhidos…