É sempre bom regressar ao
circuito NGPS e desta feita à Serra da Freita, já que lá tinha estado em Junho
de 2011.
O valor da inscrição tinha como particularidade, reverter na totalidade para os Bombeiros Voluntário de Vale de Cambra, para assim poderem continuar com a construção do novo quartel, pelo que mereceu de todos os amantes do circuito e não só, uma presença massiva nesta etapa, em que os números rondaram muito perto das 900 inscrições.
O valor da inscrição tinha como particularidade, reverter na totalidade para os Bombeiros Voluntário de Vale de Cambra, para assim poderem continuar com a construção do novo quartel, pelo que mereceu de todos os amantes do circuito e não só, uma presença massiva nesta etapa, em que os números rondaram muito perto das 900 inscrições.
Assim, em jeito de cerimónia foi entregue
no início da etapa, um cheque no valor de 5000€, à Associação Humanitária daquela
corporação, que para mim, sem dúvida, marca um dos pontos mais altos de quem
pensou na ideia em organizar o conceito do circuito NGPS. Estão todos de
parabéns, as equipas que se esforçam para apresentar os melhores trilhos da sua
região, bem como todos aqueles que comparecem e percorrem os trilhos.
Bem, para esta etapa, tive como
companheiro de “roda” nada mais que o Laranjeira, logo os andamentos iam ser
fortes, tal é a qualidade do bicho….lol…
O tempo estava algo escuro, e já
depois de levantar o dorsal, começou a pingar bem forte, que apressou e de que
maneira os preparativos da etapa.
Depois dos 5 km iniciais, feitos
a rolar a uma altitude de 240m, que nem deu para aquecer, começou a verdadeira
escalada até à Serra da Escaíba (km 11) e à Serra do Arestal (km 16), já a uma
altitude de 810m. O piso, tal como esperava, era muito duro, com muita pedra,
em que as subidas eram muito técnicas e difíceis de transpor e as descidas
tinham de ser sempre feitas com muita atenção, em que ao mínimo descuido….. já
foste….
Tal como o guia indicava, estava previsto
ao Km 25, passagem e paragem no talho Confiança, que tinha como particularidade
podermos comprar a carne à nossa escolha e grelhar de imediato, coisa rara…lol…
ainda efetuamos uma paragem neste local, mas tendo em conta que ainda era cedo,
e por não termos ainda grande apetite, decidimos continuar um pouco mais.
Mas para abrir o apetite, ainda tivemos
que cavar, ou seja, na passagem pela Aldeia de Calvela - Junqueira (Km 31), em comemoração do dia Internacional
da árvore e da floresta, foi dada a oportunidade de plantar uma árvore. Claro
que não poderia deixar passar esta oportunidade e plantei uma “quercus robur” –
carvalho, tendo o Laranjeira plantado uma “quercus suber” – Sobreiro…pena foi
logo a parede que tivemos de subir, após esta paragem.
Decidimos então fazer a nossa
paragem maior na confeitaria Flor da Junqueira, e o Laranjeira não foi de modas
e lambeu logo 2 rissóis de leitão…lol…tendo eu comido apenas 2 pétalas alface….lol…
O percurso continuava muito duro
e as subidas pese embora não fossem de grande intensidade, eram muito
complicadas de transpor, devido à pedra, o que desgastava e muito as perninhas.
A próxima paragem era chegar ao ponto mais alto da etapa, bem no cimo da Serra
da Freita (1045m altitude).
Bem, aqui, mais me pareceu que
estava a subir o Marão, sobe, sobe, sobe, e nunca mais acaba o raio da subida
chata e dura… lol…mas lá foi ultrapassada e merecidamente conquistamos a
medalha que consagrava a nossa valentia e determinação, oferecida pelos
Bombeiros.
Rapidamente passamos pelas
famosas “Pedras Parideiras”, património Geológico pela Unesco, onde em termos
gerais, depois de ocorrer um fenómeno de termoclastia, pequenas pedras separam-se
de uma pedra mãe, ocorrendo isto em apenas 2 partes do mundo, cá e na Rússia. Tal
como já referi no início em 2011, aquando da minha passagem naquele local,
foi-me oferecida uma pedra destas, num café existente naquela aldeia.
Um pouco mais à frente, estava
outro dos momentos altos do percurso, ou seja o Miradouro da Frecha da Mizarela
e a sua bela queda de água, sem dúvida é de uma beleza rara e imponente.
Quando pensávamos que a
dificuldade estava transposta, eis que somos sempre presenteados com mais uma
parede, seguida de outra, e outra sem fim…bolas, isto não acabava…lol..
Grandes paredes já no fim do
percurso e quando as pernas já não respondem, não é muito a minha onda, e as
organizações deviam ter isso em conta.
Contudo, lá chegamos ao fim, com
uma valente porradinha de tanta pedra e subidas, ficando para trás os 78,5 Km
percorridos, em 06H30, com um altimetria de 2450+.
No final a organização presenteou-nos
com broa “regada” com mel, que estava muito saborosa e doce, muito bom, para retemperar forças.
Depois de banho tomado, pois
claro, com água temperada/fria para a recuperação muscular, recomendada pelo
Drº e muito bem, lá seguimos viagem, como se costuma dizer: contentes e felizes
da vida, com o sentimento de dever cumprido.
Uma palavra de agradecimento ao amigo e meu companheiro de viagem - Laranjeira, por juntos termos conquistado a Freita,
deu luta, mais caiu….