Basicamente os objetivos pessoais são sempre os
mesmos, onde nas semanas que antecede, penso sempre que gostava muito, mas
mesmo muito de não sofrer o que sofri nas anteriores. Se isso seria possível????
Duvido…a ver vamos.
No ano anterior participei na prova curta, mas
este ano, o mister pôs logo de parte esse pensamento, ele não tem piedade
nenhuma de mim.
Assim sendo e já reconfortado, tinha como
pensamento ser Finisher e bater o tempo de ouro (07H00) previsto pela
organização.
Claro que não basta querer participar e traçar
metas ambiciosas, temos de treinar com vontade, alma, rigor, sacrifício, para
se algo correr mal, a consciência estar tranquila, que fizemos tudo o que foi
possível para estarmos no nosso melhor naquele dia.
No domingo, levantamos cedinho da caminha, para
poder fazer uma viagem tranquila até Seia, com tempo para levantar o kit de
participante e preparar tudo cuidadosamente, sem stress, para que nada seja
esquecido.
O “quartel general” estava montado na cidade de
Seia e contava com a presença de 1500 pessoas, onde 250 eram estrangeiros de 18
nacionalidades, divididas no Mediofondo (67 km com 2700+) e o Granfondo (160 km
com 4400+). As boxs são atribuídas consoante o pagamento efetuado por cada
atleta. Claro que uma vez mais, vim para o fundo da “fila”, tendo como dorsal o
nº 1235- box G e última.
Os minutos que antecedem o tiro de partida, são sempre
compostos por um misto de adrenalina, confusão, cores, super-máquinas leves e
sofisticadas, onde só acalma com o apito inicial.
Este Granfondo, decorre num cenário de alta
montanha granítica, onde perdemos de vista o horizonte, nas belas paisagens com
subidas e descidas de cortar a respiração, subindo até ao ponto mais alto de
Portugal Continental a 1993m de altitude, tá tudo dito….
O Almoço e lanche foi servido, com início na
vertente sul da Serra da Estrela, passagem pela Lagoa Comprida, com o seu
terrível Adamastor para aquecer as pernas, passagem para norte e posteriormente
a partir de Manteigas subir o Vale Glaciar do Zêzere até ao alto da torre, onde
o calor fez-se sentir com muita intensidade, durante todo o percurso.
A partida foi dada às 08H30 e agora apenas
restava “lutar” apenas contra mim e pelo que eu tinha traçado.
Desta feita beneficiei da separação dos percursos,
logo aos 7 km, que originou logo uma grande separação de atletas, e assim menos
confusão para poder chegar à frente.
O percurso estava muito bem sinalizado, com
polícia e voluntários, nos cruzamentos e locais mais perigosos, onde eramos atempadamente
avisados dos mesmos, com bandeirolas e apitos.
De salientar ainda as inúmeras motas e carros
apoio durante todo o percurso, com rodas e outros artigos para ajudar os menos
felizardos nos contratempos que surgiram.
Relativamente aos abastecimentos, estavam bem
distribuídos e compostos, com água, bebidas isotónicas, fruta, salgados, doces,
estando a bom nível, encontrando ainda sinalizações de várias fontes ao longo do
percurso, para o pessoal poder reconfortar a barriga e baixar o termómetro do
corpo.