Magazine Of The Year 2012

         Mais um ano que chegou ao fim, e, como já é habitual, aqui ficam algumas fotos dos eventos/provas que participei em 2012, onde se quiseres recordar melhor dá uma vista no blog, pois esse é o principal objectivo da criação do mesmo, poder recordar locais, pessoas, paisagens, amigos, situações delicadas e caricatas, tristezas, decepções, saída da equipa, frio, lama, sol, chuva, temperaturas escaldantes, alegria, provas superadas, desafios impensáveis que se tornaram conquistas como o DBR, etc....
        Obrigado a todos os amigos que me acompanharam por este país à beira mar plantado e todos aqueles que me deram força nos momentos difíceis, para o ano espero continuar a "navegar" na vossa companhia...o futuro de nós dirá...

02 Janeiro - Gaia- Régua- Gaia:

07 Janeiro - Open Day/CrossFit:


19 Dezembro 2012 - Corta Mato de Natal da PSP



       O núcleo de Desporto da PSP Porto, lançou um desafio a todos os seus profissionais para um Corta Mato, de cerca de 7,5 km, a decorrer no Parque da Cidade, um dos locais de eleição na Cidade Invicta, para a prática do atletismo e visitada por milhares de pessoas que ali se deslocam para treinar, passear, ou mesmo namorar por entre as árvores...lol...

       Para a partida estavam presentes cerca de 80 super atletas, que estavam cheios de vontade para aquecer as pernas. Claro que a DIC cheia de prós nesta modalidade, fez-se representar com 14 atletas, nada mau, para o ano seremos muitos mais, com certeza.

     Dado o tiro de partida pelo Exmª Senhor 2ª Comandante da PSP Porto, era ver o pessoal a derrapar as  sapatilhas no alcatrão, deixando para trás um rasto de borracha ...lol...

       O piso estava muito bom, sem lama e água,

07 de Dezembro de 2012 - Passeio de Natal Ecobike


       Uma vez mais a Ecobike juntou-se à Ajudaris,  Instituição Particular de Solidariedade Social de Carácter Social e Humanitário, para a realização de mais um passeio noturno de bicicleta pela Invicta Cidade do Porto. Este ano, contava novamente como "padrinho", o grande ciclista Português Rui Costa, eleito o melhor desportista do ano e 10º melhor ciclista do mundo pela Federação Internacional de Ciclismo.
    Como não poderia deixar de ser, lá fui eu devidamente "fardado" para a festa, para dar o meu contributo, oh oh oh ....
      Com concentração marcada para a Praça dos Leões, foram chegando em grande número todos aqueles que  quiseram fazer parte desta grande festa e principalmente ajudar a instituição Ajudaris, já que o valor da inscrição revertia para esta causa.
      O ambiente estava muito bom, com música ambiente a preceito que tornava a noite agradável e alegre, ajudada pelo piscar constante das luzes nas bicicletas transformadas em árvores de natal, pelas luzinhas dos gorros, as vestimentas de pai natal, os apitos, as palmas ....
 Tínhamos como acompanhantes a Polícia a abrir caminho e os Bombeiros a fechar, fomos alegrando as principais artérias da cidade do Porto, num pelotão compacto de cerca de 400 efusivos participantes, com luz e alegria, onde éramos brindados

Circuito NGPS 2012

       O Circuito NGPS tem por base criar etapas com algum grau de dificuldade, sendo exclusivamente orientado por GPS e em autonomia total, de forma a reduzir os custos para os organizadores e participantes. Como é óbvio os organizadores tentam mostrar os melhores trilhos existentes nas suas zonas. De salientar que não existem classificações, sendo o principal objetivo o convívio e amizade entre atletas.
      Como prometido aqui ficam algumas fotos e estatísticas, deste ano, cumprindo os  maiores empenos de 7 etapas, no total de 8 que compões o circuito este ano.

     Assim, a 1ª Etapa do Circuito começou com a Rota do Românico, na cidade de Penafiel e sob a responsabilidade do grupo Kunalama. Nesta prova experimentei a Cannondale Flash Carbono e com ela cumpri quase sempre a solo, os 80 Km com 2200+ altimetria, com passagem pela Serra da Brenha; Margens do Rio Tâmega; Serra da Boneca; Trilhos do Moinhos de Cabroelo, etc...    

       

17/11/2012 - 8ª Etapa Circuito NGPS - Vila Nova Cerveira


      Faltava uma etapa para concluir o Circuito NGPS do ano de 2012. Como tal, decidi convidar alguns amigos para me acompanharem nesta viagem até Cerveira, tendo aceite o desafio: J. Almeida, Leandro, Coelho, Couto, Ricardo, Quelhas, Gil, Mário Almeida e o Luís Correia. Como hábito, nestas andanças, a noite correu muito rápida, e perto das 06H30 já estávamos todos no ponto de reunião, a carregar e embrulhar as nossas "máquinas" em cobertores e edredões, para não se constiparem.
     Chegados à Cidade de Cerveira ainda houve tempo para a habitual visita a uma padaria, para mais um pequeno-almoço e abastecimentos de última hora.
    Esta etapa foi organizada pelo pessoal da "Pedal`arte" - Associação de Cicloturismo de Cerveira e contava com dois percursos: 55 km com 1200+ e a maratona com 80 km e 1800+. Tendo em conta as condições meteorológicas para o dia de hoje, as coisas não pareciam famosas, mas também não pensava que ficariam tão más, conforme posteriormente relatado.
        Claro que ainda houve tempo para as habituais fotos de grupo e desta feita para pedirmos emprestadas as astes do Cervo, para depois de alinhar as nossas orelhas no mesmo, tirar a verdadeira foto...lol..
      Levantados os dorsais, e tendo em conta que nestas etapas não existe uma partida formal, começamos a nossa aventura perto das 09H00.
      Claro que o grupo tem andamentos diferentes e cada um fez as suas opções pessoais para conseguir concretizar os seus objectivos. Logo no início tínhamos uma subida em alcatrão, que logo deu para aquecer as pernas, não obstante ter começado a chover copiosamente. Tendo em conta as minhas características físicas (termóstato), o tempo frio e muita chuva causa-me muitas dificuldades e não é de todo a "minha praia", pelo que decidi logo no início rolar a um bom ritmo.
         Mas perto do km 20, além de a pedaleira pequena constantemente dar chupões, que me impedia de subir, uma vez mais, um elo da corrente torceu, originando uma constante troca de mudanças. Só conseguia subir na pedaleira do meio e sem grandes trocas de velocidades na cassete. Lembrei-me logo o que tinha passado no DBR e os problemas que tive, e não estava disposto a fazer 60 km a olhar para a corrente até partir, estando eu todo ensopado e com frio, naaaaaa....  
        Contudo, quando me encontrava a admirar a paisagem, junto aos Moinhos de Folon,  apareceu o Coelho, que na anterior etapa em Viana Castelo, já tínhamos rolado juntos. Vai dái, oleo na corrente e decidi arriscar e continuar, sempre a subir com muito esforço, onde saberia que ia pagar um preço caro mais à frente, e paguei, paguei...
       O percurso era na maioria rolante, sem muita pedra, contudo devido às condições climatéricas o terreno estava muito pesado, com muita água, terra e lama que dificultava o andamento, tornando-o mais penoso para as pernas e com muito desgaste para o material das "meninas", nomeadamente ao nível de pastilhas e rolamentos.
    Eis que chegamos a uma encosta em que o mar fez-nos companhia por vários kms, recordando "Finisterra", tal era a sua beleza.
Já com a cidade de A Guarda em vista, decidimos fazer a 2ª paragem, para mais "uma sandes", com alguma lama à mistura, já que estávamos mais para o castanho...lol...
       Faltavam cerca de 20 km para o fim, e não obstante ser em plano, o piso estava com muita lama e água e eu já tinha as pernas rebentadas, provocadas pelas subidas feitas em força. Mas o Coelho não estava para compaixão e vai daí ultrapassa-me e impõe um ritmo forte, para derreter o resto...lol...
       Chegamos assim a Cerveira perto das 15H30, onde depois da foto de "finisher" e porque não tínhamos chave da carrinha onde se encontrava a nossa roupa, decidimos ir mesmo assim todos limpinhos, comer algo, para fazer algum tempo até chegar as nossas roupas secas e quentes...lol.
     Mas como as "coisas" estavam algo "demoradas", decidimos ir tomar banho, pois estávamos cheios de frio, mesmo sem roupa para mudar e toalha para secar. Basicamente ocupamos dois chuveiros e ali ficamos mais de 1 hora a levar com água quentinha que até a pele enrrugou...lol...
        De seguida lá foram chegando os restantes prós e a minha roupinha seca. Ainda fomos comer algo para fazer a viagem de regresso de barriguinha confortada, já que o trepador queria "algo quente".
        Foi assim que terminou o Circuito NGPS com muita lama, chuva e frio. Para breve um resumo de todo o Circuito...

20/10/2012 - 24 Horas Cycle FFitness


      O desafio foi novamente lançado pelo FFitness, para mais uma aventura de "24 horas de cycle". Depois da vitória "estrondosa" do ano passado e tendo em conta que éramos os campeões em título, tinha de arranjar uma equipa fortíssima para fazer o bi....lol...Este ano o conceito era um pouco diferente, pois a totalidade do dinheiro arrecadado proveniente das inscrições, revertia na totalidade para a APPACDM - Associação Portuguesa Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.
      Contudo, tinha de constituir uma equipa mais forte e gorda...lol...para fazer boa figura.  
   Depois de uma rigorosa selecção, que consistiram em complicados teste psicotécnicos e físicos, eis que foram bafejados pela sorte a fazerem parte da Equipa "Ecobike e Compª", os super-atletas: Tojo(eu), Mário Almeida, Ricardo, André, Jorge Almeida e Nuno, que medoooooooo. No seio da Equipa Ecobike, conseguiu-se no meio de tanta "mancaria", desencaminhar e juntar pessoal para formarem mais uma equipa e dar uma perninha numa 3ª, nada mau.
      Para facilitar as "contas" cada um de nós pedalou 4 horas, divididas em dois períodos de 2 horas, por isso nada de muito pesado para o pessoal habituado a longas "coças" no monte.
       Estava assim tudo animado e preparado para passar mais umas 24 horas a bombar de: emoção, boa música, divertimento, palhaçadas, esforço, dedicação, suor, sono, mto sono, bolos, fruta, comidinha boa e menos boa...lol...., etc, mas todos com o mesmo propósito, poder com este gesto e com o seu pequeno contributo ajudar a APPACDM, na sua nobre causa.
     

14/10/2012 - 7ª Etapa Circuito NGPS - Trilhos de Stª Luzia


...a saga continua, para os lados de Viana do Castelo. Para hoje estava marcada a 7ª Etapa do Circuito NGPS, que tenho  religiosamente seguido, com enorme prazer, face à filosofia que pauta este Circuito.         
      Esta etapa era composta por 2 percursos: Grande Empeno ( 90 Km) e o Empeninho (50Km). Como tem sido hábito, decidi pelo Grande Empeno, para poder aproveitar na sua plenitude todo o percurso e trabalho desenvolvido na escolha dos melhores trilhos da zona, um cuidado sempre latente em cada etapa do Circuito NGPS.         Sendo assim iria percorrer a Serra de Sta Lúzia e a Serra de Arga, como pontos altos, mas com passagens registadas na máquina fotográfica que sempre me acompanha nestas andanças por: Vista do Vale de Cima; Templo de Stª Luzia; Passagem do Rio Ancora; Vista a partir do Cerquido; Ribeiro na Serra de Arga; Recanto na Serra de Arga; Singletrack serpenteante da Fraga de Perre; Serra de Stª Luzia e Srª das Neves, entre outros.
   Levantar às 06H00 continua a ser de malucos, principalmente quando chove e as previsões não eram nada animadoras para a altura da prova.
     Mas com aquela vontade, que já me conhecem, juntei-me nesta aventura ao Leandro e Coelho, para fazer os 90 Km e ao J. Almeida, Nuno, Paulo, Quelhas e o Luís que iriam participar nos 50 Km.
     Chegamos a Viana bem antes do início marcado para a partida (08H30), dando ainda tempo para o Leandro ir tomar um café, pois diz que não consegue pedalar, sem o estímulo da cafeína...lol..
      Na partida estava um "Monstro do BTT", um dos melhores atletas do mundo de XCM, nada mais que Luís Leão Pinto, e, atenção que este Sr. é Português, tendo sido recentemente o vencedor de uma das provas mais duras do Mundo - Brasil Ride.

03 Out 2012 - Serra da Aboboreira (o regresso)


     O pessoal estava com vontade de ir até ao monte, mas ainda não estava decido o local para o "empeno". Desta feita e por sugestão minha, fomos até à Serra da Aboboreira  Como sabem participei no DBR2012 e foi nesta etapa onde mais me diverti, não obstante as contrariedades que tive de superar, conforme relatado no blog. 
    Para este desafio juntei os meus amigos da Ecobike, sua alteza (J.Almeida), Monteiro e o Leandro, para poderem saborear um pouco daqueles trilhos.
     Pois bem, como sempre, saímos à hora combinada até Amarante, onde ainda deu para tomar o pequeno-almoço já muito perto da meta.
      Foi recompensador e emocionante voltar ao "local do crime", onde me veio à memória cada tenda existente no decorrer do DBR.
Depois das barriguinhas cheias partimos para o monte, pois foi para isso que cá viemos. 
Um dos motivos de interesse, neste regresso, foi ainda em Amarante, quando nos cruzamos com um grupo de 3 colegas do pedal, vindos de Lisboa, com o propósito de fazerem a totalidade do DBR, vindo ao encontro do que costumo dizer,que este evento não terminou no dia 16 Setembro, pois aposto que as 3 Serras míticas do DBR continuam a serem percorridas por muita gente amante desta modalidade, vinda de todos os cantos do país, e isso é uma das maiores conquistas desta organização. Logo ao início o Monteiro de tanto treinar na Serra de Valongo, afiou de tal maneira o disco traseiro  que até o partiu, ficando para a história mais um feito incrível e que nunca tinha presenciado. O disco mais parecia uma pedaleira de 4 pratos, que infelizmente fez acabar mais cedo a aventura para ele.

DBR 2012 - 4º Dia - Serra da Aboboreira


....mais uma noite a dormir na minha tenda "fim-do-mundo". Desta vez estive tão quente dentro do saco-cama do Coelho que mais parecia dentro de um panelão, ou 8 ou 80...lol..... A Alvorada foi novamente às 06h15, mas acordei cheio de moral e confiança, tendo em conta a etapa de hoje. Estava reservada a Serra da Ababoreira, para efetuar 51 Km com 1600+ acumulado, nada que assustasse depois do que já tinha passado e sofrido. Seria assim a etapa da consagração.
      Na partida de hoje estavam juntos os 3 grupos do DBR: o Epic (225 atletas), o Adventure (187 atletas) e o Ride (202 atletas), onde partimos numa bonita moldura mais de 600 atletas. 
      O tempo esteva muito mais fresco, não se sentindo durante a etapa aquele "bafo" de ar quente, que de imediato necessitávamos de oxigénio...lol...
     Assim parti cheio de força, a rolar bem mais forte que nas etapas anteriores, pois não tinha nada a poupar, até àquela que estava marcada no gráfico como a principal subida e dificuldade do dia, situada entre o km 25 e 35.
     Estava a ser um dia em pleno, onde até nas quedas, dava espetáculo. Ou seja, numa curva a descer, bastante técnica, o pneu da frente ficou enterrado na terra que estava bastante solta, então vai daí saio disparado monte abaixo. Aí pensei, a esta velocidade lá vai a clavícula. Solução: dou uma grande cambalhota e fico logo de pé...que filme...lol...foi risada geral do público....não me peçam é para fazer outra igual...lol... Como estava a arriscar muito a descer, é normal as quedas também aparecerem, mas o trilho estava fantástico, para tirar mãos dos travões e curtir os single-tracks a grande velocidade e com o cabelo ao ar.
      Vai daí a apenas 4/5 Km do fim, começo a sentir a corrente a enrolar toda, não conseguindo sequer pedalar. Olhei para ela, ela olhou para mim e disse, já chega, não ando mais. Mais parecia um cobra, toda enrolada e torcida em vários pontos.      
     Como é possível isto acontecer-me mesmo a cheirar a meta? Mas foi, a cabeça bloqueou e a solução que encontrei foi sair da bicicleta e empurrar à mão nas subidas e retas e nas descidas apanhar balanço e tentar descer o mais rápido possível, isto durante 1 km. Comecei a ser ultrapassado por vários atletas, e foi aí que pensei que seria melhor tentar arranjar uma solução para mais esta contrariedade. Pois bem...azar..., quando ia a tirar a minha bolsa de ferramentas que carregava no selim, as mesmas tinham desaparecido, ora bolas, agora é que estava feito, não tinha nadinha de nada.
    Volvidos alguns minutos apareceu um atleta que se prontificou em ajudar, mas quando olhou para a corrente disse" ui como isto está, não tem solução, não vais conseguir acabar". Nem vale a pensa dizer o que me passou pela cabeça neste momento. Com muito esforço, metemos mais um elo rápido, depois de a muito custo a ter conseguido tirar da pedaleira, pois ficou lá presa. Mas mesmo assim estava torcida em vários sítios, onde a única solução era pedalar muito devagar, sem meter grande força, de forma a arrastar até à meta. Foi isso que fiz, com demasiada calma para meu gosto, que mais parecia um passeio à beira mar num domingo à tarde. Lá consegui terminar esta etapa e o DBR, triste por mais este azar, mas feliz por ter conseguido ser um FINISHER.
      Durante o percurso como pontos mais atractivos tivemos os monumentos Megalíticos, as Aldeias de Montanha, a ponte sobre o Rio Ovelha e os Singletracks longos, técnicos e cheios de adrenalina, que proporcionaram grandes descidas, e quedas também...lol...
Percorri assim os 51,5 Km com o tempo de 3H41m, com 1700+ acumulado, com mais um atraso de 30 minutos agarrado à corrente. No final ficou a história as 20H43m a pedalar nos 4 dias, em que consegui ficar no lugar 118º de entre os 155 que conseguiram concluir com sucesso o DBR. Uma palavra ainda para os cerca de 69 atletas que não conseguiram concluir, mas que de certeza para o ano estarão lá, para se vingarem...lol...Depois de um breve descanso, estava na hora do banhinho, guardar e desmontar a tenda que veio toda enrolada, pois ninguém conseguia meter uma coisa tão grande, num saquinho tão pequeno, ainda deu pra rir.
       Claro que o momento alto do dia, foi a entrega de prémios aos vencedores de cada categoria, que sem dúvida têm andamentos do "outro mundo".
Classificações Gerais: Nos elites masculinos ganhou de uma forma categórica Rui Guimarães, 2º Alejandro de la Pena e 3º José Rodrigues; em Open Women a grande vencedora foi a Campeã Espanhola de maratonas - Sandra Santanyes, 2º Celina Carpinteiro e 3º Ana Gonçalves; em Master Men- 1º Arlindo Gaspar, 2º Paelinck Peter e 3º António Catarino; em Seniors Men,- 1º Carlos Cabrita, 2º Eduardo Simal e 3º Abílio Moreira.
    Pois bem, não ganhei nenhuma Competição Olímpica, ou Campeonato do Mundo, nem mesmo de Portugal, mas ganhei o desafio, pela qual muito lutei, sofri com o calor, com as contrariedades, com os muitos quilómetros percorridos, o muito acumulado, o pouco sono, mas no fim a alegria por ter conseguido ser um dos privilegiados de ser um dos FINISHER no DBR2012. Esta medalha foi entregue pelo João Marinho, figura mais visível do DBR e que tem atrás de si uma equipa extraordinária de pessoas. Foi um momento muito significativo para mim e estava assim saudada a minha luta ao longo dos últimos 4 dias.
      Obrigado a todo o Staff do DBR, que estiveram sempre em alto nível, com uma prontidão e amor ao que faziam. Eles e nós, tornamos o DBR um sucesso, cimentando a posição que esta prova ocupa em termos nacionais e internacionais, conforme comprova os 100 estrangeiros presentes este ano.
      Uma palavra de amizade e agradecimento aos meus amigos e família, que ao longo dos dias, tiveram um bocadinho do seu tempo, para me deixar mensagens de coragem e força, e que eu lia e relia de noite deitado na minha tenda...obrigado..

Video da etapa 4 - Serra da Aboboreira:



o desfio está lançado para o DBR 2013....Are You Ready??????

DBR 2012 - 3º dia - Serra Alvão...empurra, empurra, empurra


...a noite já correu melhor, graças ao cobertor do vizinho, pese embora continuar a acordar dezenas de vezes.Uma vez mais a alvorada foi pelas 06H15, para os habituais afazeres matinais e os compromissos com o estudo que estava a colaborar. A etapa de hoje ia até ao Alvao, para cumprir a distância de 93 Km com um acumulado de 3100+.  As pernas estavam algo cansadas, mas pareciam estar minimamente preparadas para aguentar mais uma etapa dura. Claro que o problema da corrente estava sempre na minha mente, onde constantemente rezava para que não me deixasse ficar mal no dia de hoje.
     Assim, optei por circular de uma forma tranquila, sem forçar muito os andamentos. Pessoalmente gosto deste tipo de etapas, pois haviam um constante sobe e desce, muitas vezes apelidado de "rebenta pernas".
      Ao km 33 fiquei sem GPS, já com 1250+ de altimetria, o que me desagradou bastante, pois fiquei sem referencias nenhumas, e numa etapa tão longa, complica muito. Relativo ao percurso nunca tive problemas em seguir as fitas (marcações), já que todo ele estava sobejamente bem marcado, tendo sido este o sentimento geral de todos os atletas durante a totalidade das etapas.
     Para a Serra do Alvão, estavam marcadas várias passagens nos famosos "Rock Gardens" naturais. Muito técnicos, concentração e um pouco de loucura, para descer sempre montado em cima das máquinas, nestas autênticas descidas acentuadas de pedra, muita pedra. A descer continuo com muita confiança e grande parte dela aguentei-me bem, até que, para contar a história saboreei a dureza das suas pedras...lol...nada de grave, foi montar e seguir em frente.
       Claro que também passava sobre o Parque Natural do Alvão, com paisagens de cortar a respiração. Aqui, ao levantar a cabeça, (conforme ia tendo forças...lol...), ficava com vontade de parar de pedalar e ficar ali sentadinho horas a fio, a "navegar" sobre cada subida e descida, mas apenas com os olhos, aproveitando o silêncio e o retiro espiritual que este local nos oferece.
      Outro momento alto foi a Ponte de Arame sobre o Rio Olo. Neste local ia na roda de um outro atleta, quando se me deparo com a ponte. Digo-vos uma coisa, é linda, onde o primeiro sentimento que tive foi de parar e percorrê-la calmamente dizendo "pareço o Indiana Jones"...brutal esta ponte...tal como as fotos que foram lá tiradas.
       Claro que esperava ansiosamente chegar à queda de água das Fisgas de Ermelo, um local já muito conhecido por mim, mas que é sempre um prazer poder ver essa obra da natureza, que recentemente concorreu às 7 Maravilhas de Portugal entre as praias selvagens. Aqui tive muita inveja de ver várias pessoas a banharem-se naquela água fresca e límpida e eu a arder de calor...lol...
      Faltava o Monte Farinha ou Srª da Graça, local sempre bonito pelo menos de ver ao longe...lol...pois de perto, custa.....
     A grande diferença que senti para a Etapa do Marão, é que hoje as subidas eram penosamente efectuadas, muitas vezes a empurrar a "La Bella", graças às inclinações muito acentuadas. Demorei 08H19 a dar por término esta dura e sofredora etapa.
      Na reta da meta estavam o Leandro e o Coelho, juntamente com as suas companheiras, que gentilmente se deslocaram a Amarante para me dar um força e levar um saco cama para ver se eu dormia mais quente, pelo menos. Foi muito agradável estar com estes amigos sendo de louvar e registar este comportamento. Claro que aproveitei para lhes mostrar os principais locais da "Aldeia DBR", tal como a "minha tenda" e o Bike Park, para se poderem deliciar com as "máquinas". 
    Posteriormente o Paulo Lopes que reside em Amarante, também fez questão de ir dar um abraço e conversar um pouco, ao qual também agradeço muito.
     Depois destas surpresas sempre agradáveis, fui descansar um pouco, para logo de seguida fazer as rotinas normais, que tinham de ser sempre feitas.
     Estava na hora de mais um jantar para tentar recuperar ao máximo o peso e líquidos perdidos durante a etapa, onde segundo o Prof., um atleta nunca deve perder mais de 3 a 4% do seu peso numa etapa, sendo de extrema importância conseguir posteriormente recuperar ao máximo esse peso perdido.
     Claro que o momento alto, uma vez mais estava sempre marcado para mais uma sessão de fotos e vídeo extraordinárias, referentes ao dia de hoje. Era notório o aumento de pessoas na "aldeia", já que amanhã entravam em acção o pessoal do Ride e eram mais 202 atletas.
      A noite de certeza que ia correr melhor, em parte porque o pior estava feito e garças ao saco-cama do Coelho...lol...

video do 3º dia- Serra do Alvão: