22 Dezembro de 2018 - festejo aniversário 44 anos - Lobios

E proque o presidente sugeriu, eu não tinha como não estar presente. Aproveitando o fato de ele festejar o aniversário no dia 21 de Dezembro, juntamos as duas datas, par nos deslocarmos até Lobios e assim, uma vez mais, percorrer a Rota das Sombras.
Claro que o pretesto, desta feita, não era andar de bike, mas sim estar entre amigos, ir até à piscina de água quentinha, beber uma taça de champagne e comer uma fatia de bolo.
Que dia bem passado entre amigos, é sempre bom estar entre as pessoas que nos fazem bem.
Claro que fiz 44 km aos 44 anos, para o ano, faço mais um quilómetro...lol...







08 Julho 2018- Skyroad Serra Estrela

     Este ano decidi não participar em Granfondos, tendo em conta, na minha opinião, o preço elevado, que as organizações decidiram cobrar. Contudo, para mim, o Granfondo Serra da Estrela, será sempre especial, por toda a envolvência do percurso que culmina com a chegada à Torre.
    Aproveitando a prova, combinado ir passar o fim-de-semana com a família em Unhais, na Casa de Torneiros, um dos melhores locais que conheço para descansar, onde o sossego e as paisagens magníficas imperam.
   Para esta viagem contei com o Gouveia e o Portela, que também se fizeram acompanhar das respetivas famílias.
       O fim de semana, começou cedo e logo na 6ª feira parti para Tortosendo, onde ali pernoitei. 
     No sábado tínhamos decidido, fazer um treino curto e claro, aproveitei para passar no Fundão, para comer a bela da nata de cereja, paragem obrigatória. De seguida deslocámo-nos diretamente para Unhais, onde as donzelas nos esperavam num cenário deslumbrante.
       Para esta edição do Granfondo, a dureza estava bem visível. Claro que dividia-se no MédioFondo com 97 km e 2700+ e no Granfondo, com 174 km e 4600+.
      A minha dúvida nas vésperas da prova, prendia-se a qual destas distâncias eu ia participar. Não tinha ritmo nem competição nas pernas, para fazer o grande, mas o pequeno também não me parecia grande coisa.
     Não faz sentido para mim, vir de tão longe, gastar dinheiro e depois participar no médio. Para sentir na plenitude do dia e de toda a prova, tinha de ir ao grande e chegar satisfeitinho lá ao cimo da Torre.
     Para isso fui-me mentalizando ao longo dos dias, porque estas provas também passam por uma questão psicológica e estarmos dispostos, já que a determinada parte da prova, era o que ia acontecer.
    O domingo começou bem cedo, com alvorada às 06H00 para tomar o pequeno almoço, já que ainda nos esperava uma viagem de cerca de 01H00 até Seia, local onde estava instalado todo o staff, e onde seria dada a partida.
   Chegado ao quartel general e levantado as imensas oferendas por parte da organização…lol…,preparamos tudo cuidadosamente para não esquecer nada, nomeadamente, no meu caso, as bombas de oxigénio e afins….
      Entramos na Boxe D, e claro só tinha perto de 800 atletas à minha frente, coisa pouca que não me preocupava.
      Claro que a foto da praxe do início nunca pode faltar, e então aí sim, estava prontinho para partir tudo….ou não…
      Esta prova tinha dito, que iria fazer de maneira diferente, ou seja, partir tranquilo e pouco a pouco, conforme as patas assim deixassem, ir conquistando lugares e meter andamentos mais fortes. Iria também parar nos abastecimentos, porque queria chegar inteiro à torre e podia levar grande estouro, que me impedisse de ser finiher.
      A prova começou, com carro neutralizado durante os primeiros 7 km, havendo logo a separação entre percursos.
     O início é sempre de grande azafama, com pessoal cheio de força a querer subir posições na classificação. Ainda asselarei um pouco, mas sem grandes loucuras.
       Sentia-me bem e mais à base de salgados e gomas e abastecer de líquidos, tendo em conta que as temperaturas ultrapassavam os 32º. Foi um prova muito dura, mas mesmo assim, consegui ainda ter alguma disponibilidade física e mental para a subida de Manteigas à Torre. Cheguei cansado, pois claro, mas feliz pela prestação e sentia-me mto bem. Foram 19 km em que demorei 01H35, conseguindo passar ainda por 9 atletas do meu escalão. 
    Em termos gerais estavam 884 inscritos, em que 410 estavam no Grandfondo e 474 no Mediofondo. No grande estavam inscritos 151 Master B, o meu escalão, onde apenas concluiram a prova 115. Em termos gerais fiquei na 140º geral e 44º no meu escalão, concluindo a prova em 06:54:38, com média de 20,81 km/h.


        O Grande começou em Seia, com passagem por Portela do Arão, Vide, Pedras Lavradas, Portela da Selada, Loriga, Portela do Arão, Lagoa Comprida, Sabugueiro, Stº Estevão, Penhas Douradas, Manteigas, Piornos e Torre.     

26 e 27 Maio de 2018- Gaia-Santiago Compostela- Finisterre

Foi uma grande maloqueira esta e um dos maiores desafios que me propus fazer, ou seja cumprir Gaia-Santiago, em apenas um dia, e no 2º fazer Santiago-Finisterra, uma autêntica loucura.
No 1ª dia cheguei de tal maneira a Santiago, que já queria fazer a parte final, pela auto-estrada... que medo.
No 2ª dia, faltava o restante: Santiago-Finisterra. Com um início complicado, lá entramos no treck e foi sempre a abrir até Finisterra, com as suas belas paisagens, algo que já tinha feito, mas que vale sempre a pena.
No final as mulheres lá foram de casa, para nos recolher e ainda deu para um belo almoço na cidade.
Foi uma grande aventura de 341 km em 17H00 e 6000+, com uma média de 20 km/h e máaximo de 60Km/h...






17 Novembro 2018 - 8ª Etapa Gps Épic - Trilhos do Lidador - Maia

Desta feita aproveitei esta etapa pertinho de casa, para a solo meter carga nas patas e fazer ao meu ritmo. 
Cheguei satisfeiteinho da vida, com os 68,5 km com 1600+. 
No final, como já é habito, recebemos o verdadeiro da caladinho, que bem que soube, eu acho até que vinha a sonhar com ele durante a etapa....




20 Outubro 2018 - 7ª Etapa GPS Épic Séries - Monção

Mais uma etapa feita na companhia dos amigos que me costumam acompanhar no monte. Foram feitos os 83 km com 2100+.
No final ainda deu para encher as peles, porque estes moços são de muito sustento.






29 SETEMBRO 2018 - 6ª etapa GPS Èpic Séries - Arouca


      De regresso ao btt e ao monte.
      Desta feita, viagem até Arouca, na companhia do Presidente, Ricardo e Bruno.

     O Objetivo era uma vez mais fazer a etapa mais longa, ou seja os 70 km, que contava com mais de 2600+. 
        Em Arouca o terreno é duro e o calor que se fez sentir não ajudou em nada o progresso no terreno.


       Tive como companheiros de viagem o Ricardo e o Bruno, fazendo sempre a viagem de forma tranquila.

       Teve como pontos altos, a subida à Serra da Freita, a passagem pela ponte suspensa dos Passadiços e a subida à Panorâmica do Detrelo da Malhada, com paisagem lindissima sobre a cidade.
       Claro que na passagem pelo Rio Paiva e tendo em conta que os meus companheiros estavam com muita vontade de fazer uma pausa para tomar banho, lá teve de ser, e encostamos as bikes para mergulharmos e arrefecer o motor, claro que soube pela vida.

        Arouca é sempre Arouca e tem umas paisagens muito bonitos, sendo para mim, um dos locais mais bonitos de pedalar.
        Na parte final, juntou-se à festa o Bruno e assim completamos a etapa os quatro.
        Para trás ficaram 71 km com mais e 2500+ com muita dureza.
        Mais um dia no monte a lavar a alma, que bem que sabe...


GRZ 33 - Grande Rota Zêzere (Tortosendo- Álvaro)

    Mais uma corrida, mais uma viagem.       Durante a semana tinha ficado combinado fazer os Caminhos de Fátima, desde Coimbra, com viagem de ida e volta de comboio. 
     Claro que já estou habituado, a grandes alterações em cima do joelho, por parte do "Presidente", e no próprio dia, é que descobri, que afinal íamos fazer a GRZ33, com início em Tortosendo. 
     Para esta viagem, contava com o manco do "Presidente", "Vitokorov", "Marito Miragaia" e com o apoio logístico do Narciso. 
     Estavam temperaturas bastante altas na Serra, coisa que ainda não estamos habituados, já que a chuva não nos quer largar. 
        Pois bem, a Grande Rota do Zêzere - GRZ33, é uma rota com a extensão de 370 km, da nascente na Serra da Estrela, até Constância, onde encontra o Rio Tejo, percorrendo 13 concelhos. 
       Depois de um belo pequeno-almoço, lá partimos para esta conquista, completamente desconhecida para mim. Infelizmente o trajeto, em muitas zonas, não está bem assinalado, e encontra-se tapado ou com bastante vegetação e silvas, que ia aquecendo os braços ao pessoal à sua passagem, valendo desta feita o track que tínhamos no gps. 
       O trajeto é bastante duro, num sobe e desce constante, o chamado rompe pernas, contudo a paisagem é impressionante, sempre a ladear o Zêzere, com passagem em locais onde tinha estado na prova do Fundão, mas desta feita, com mais tempo para ver as paisagens, com calma, descontração e poder usufruir das mesmas, coisa que não se passa em competição. 
       Tendo em conta o calor que se fez sentir durante todo o dia, originou um desgaste extra no grupo, com necessidade de paragens constantes para abastecer de água e mergulhar a cabeça em água fria. Claro que para nos alimentar, contamos com o apoio das imensas cerejeiras existentes, em que íamos enchendo o "bucho" deste fruto. 
        Ainda deu tempo para um banho refrescante numa praia fluvial, para ajudar a baixar a temperatura corporal. 
       Começamos em Tortosendo, passando por Coutada, Silvares, Dornelas do Zêzere, Janeiro de Cima e fim em Álvaro, percorrendo a distância de 85,7 km com 2060+, em 06h07 a pedalar. 
      Chegados a Álvaro, voltamos a mergulhar numa plataforma ali existente, para logo de seguida começar a cair bolas de granizo e a chover copiosamente, enquanto bebíamos a bela da cerveja recovery. 
      Mas como estes moços estão sempre cheios de fome, ainda fomos jantar, para regressar a casa bem atestadinhos. 
      Foi mais um grande dia de btt, na companhia de velhos amigos...
      A GRZ33 feito em toda a sua extensão, deve ser uma experiência fantástica, dura, mas do mais belo que existe, sem dúvida fiquei fâ e recomendo. 

6,7,8 Abril 2018 - Race Nature Mondim de Basto

      Não obstante já me terem falado bem desta prova, confesso que a mesma não fazia parte dos meus planos para 2018. Contudo, surgiu uma boa oportunidade, por parte do meu amigo Portela, e não consegui dizer que não.
     A mesma consistia em 3 etapas de prova, em que a 1ª dia era composto por um prólogo de 6 km com 257+, o 2º dia - 80 km com 2200+ e o 3º dia -70 km com 2000+.
      Todo o staff estava montado no Hotel Água Hotels em Mondim, que só por si, dispensa apresentações.
   O meu objetivo é sempre o mesmo, tentar dar o máximo e aproveitar depois do término das etapas, já que durante elas, é sempre a sofrer... 
  Devido às previsões meteorológicas as coisas iam estar feias em Mondim, o que eu não sabia, é que iam estar terríveis, face à chuva que tornou o piso muito pesado, com muita lama, gelo e temperaturas muito baixas.
      Tendo em conta os impeditivos de última hora, só consegui fazer o check-in no Hotel já depois do prólogo terminado por todas as equipas e individuais. Ainda deu para jantar, pelo menos o que restava, tendo em conta a hora já tardia.
      Assim, por não ter efetuado o prólogo, e segundo os regulamentos, fiquei com o pior tempo do dia, justo.

1º dia: 80 km com 2200+

       Depois de uma noite mal dormida, o normal, e, de um bom pequeno-almoço "enfardado", descemos até ao centro da Cidade de Mondim, para a 1ª etapa em linha, que nos esperava 80 km com mais de 2200+ e chuva durante todo o dia.
       O pessoal estava cheio de moral e com força para enfrentar um grande dia de btt.
     Depois do início controlado, que deu logo para descontrolar a minha pulsação, entramos no monte e deu logo para perceber o que nos esperava em todo o percurso. Muita lama, grandes poças de água e os pneus a enterrarem-se ao ponto de achar que em cada metro que andava estava furado, tendo sempre necessidade de fazer muita força nas patas, para meter a bike a rolar.
        O 1º posto de abastecimento estava montado na Aldeia de Tijão, aos 19,5 km, mas decidi "furar" o mesmo e continuar.
Sabia pelo gráfico, que ia levar com uma parede e não enganou em nada, que dura que foi.
       No segundo abastecimento, decidi parar um pouco, de forma a meter óleo na corrente e para apertar o selim, que se tinha desapertado a poucos metros deste abastecimento, esta foi sorte mesmo. 
    Problema resolvido pelo apoio mecânico e siga pra bingo.
         Claro que nem sempre as pernas correspondiam conforme eu gostava, mas não se pode pedir o que não se treina., paciência...
        Tinha decido defender-me na 1ª parte da prova, que basicamente subia até aos 40 km, para depois, caso ainda tivesse forças, poder atacar na 2ª parte da mesma. E assim foi, depois deste abastecimento rolei forte até à meta, que estava montada mesmo à entrada do Hotel. 
            Cheguei satisfeitinho da vida, cheio de lama, mas feliz com a minha prestação.
           Consegui cumprir o percurso em 04H27, ficando no 7º lugar no escalão e 15º à geral, foi para mim um excelente resultado, tendo em conta a dureza do percurso, que em nada me favorece, e às condições climatéricas adversas, que me dou sempre mal.
        Nestas provas compenso sempre a falta de ritmo e de treino específico, com a vontade e capacidade de sofrer.
          No final, entreguei a bike aos mecânicos e fui para o meu quarto, para poder "descansar as patas" e tomar um belo banho.
          Depois de uma bela massagem de recuperação, ainda fui até ao SPA do Hotel, relaxar um pouco a mente e corpo, já a pensar da coça do dia seguinte.

2º dia: 70 km com 2000+

        Depois de analisada a meteorologia, a chuva só viria depois de almoço, e com sorte talvez conseguisse fugir dela.
       Voltei a descer até ao centro de Mondim, para começar mais uma dureza.
         O início voltou a ser à morte, as pernas fartavam de arder, mas tentava desesperadamente tentar aguentar a roda de um grupo muito forte composta por 6 atletas.
    Foi sempre a forçar até ao Km 20, um pouco antes do abastecimento, em que o meu colega de equipa, partiu o patim, e foi obrigado a desistir. A sorte faz muito parte do btt, e este ano as coisas não têm corrido nada bem.
        Dali para a frente, a falta de motivação, muito importante nestas etapas, tinha acabado, restando-me apenas tentar terminar.
         Contudo as condições climatéricas agravaram-se imenso, com muita chuva e frio, juntando já à lama existente em muito do percurso. 
        Logo à saída do 1º abastecimento, peguei na roda da Celina e do grupo que a acompanhava e deixei-me ir até ao 2º abastecimento, altura em que ela já circulava sozinha. 
      Contudo aqui, fui obrigado a deixá-la ir a solo, pois tive de parar para comer e tentar aquecer, pois já não conseguia sentir o corpo. 
         Foi provavelmente uma das piores sensações que passei em cima da bike.
        Só me passava pela cabeça desistir, e em nada ajudava ver o pessoal que já ali se encontrava e outros que entretanto iam chegando, dizerem que já não aguentavam mais, que iam por estrada até Mondim.   Á minha frente saiu um colega e decidi ir na roda dele. Ele tinha um andamento bem mais lento que o meu, mas sabia que a subida era muito dura.
       Mas estava tão mau, que decidi por questões de segurança, ir na companhia dele, pois faltou-me coragem de ir sozinho, naquelas condições. 
        Já perto de começar a subir ao cimo da Srª da Graça, a organização decidiu cancelar aquela subida, por questões de segurança, em que ao descer por estrada, não conseguia ver mais de 20 metros à frente.
         Na parte final, sentia-me bem e fugi do grupo onde rolava, contudo valeu de pouco, pois na parte final e no cruzamento de estradas, andei perdido, com bastante dificuldade em navegar.
        Finalmente consegui chegar ao fim e finalizar esta aventura, cumprindo os 65 km com 1900+, em 04H04.
       Como estava em duplas, acabei por não ficar classificado, devido ao problema mecânico que aconteceu.
          Estou farto de chuva, lama e frio...bolas, venha o calor...
       A organização esteve bem, seria muito difícil conseguirem fazer mais, com as condições que também tiveram todos de superar. 
          È uma grande prova, num sítio muito bonito, num hotel muito bom, pena foram as condições climatéricas que não ajudaram ninguém e prejudicou em muito a beleza da prova.
         Ficou marcada a frase citada pela organização: Nenhuma vitória se consegue sem luta, força, coragem e determinação. será que vais dar tudo de ti????....eu dei o que tinha e não tinha...
....assim foi....