13/14/15 Agosto 2016 - Vila Conde Peneda-Gerês Extreme ( VCPGE)

     Tentei participar na 1ª edição desta prova (2014), mas na última semana decidi entrar dentro de um veículo, pela mala, tendo como consequência, uma costela partida e a participação por água abaixo.
    Voltei o ano passado (2ª edição), mas desta feita, numa etapa extreme, a minha equipa não foi capaz de ultrapassar a dificuldade da dureza do monte, tendo sido derrotada antes da chegada a Terras de Bouro.
    Mas não estava satisfeito e queria muito ser finisher na VCPGE.
     Este ano, tem sido um ano de muito e bom treino, e, com muita competição, principalmente em estrada. Mas desengane-se quem pensa que andar meia dúzia de quilómetros é o suficiente para grandes resultados. Deste o final da prova de 2015 até à de este ano, rolei 9.650 km, com muito trabalho e sacrifícios pessoais, contando já com 4 Granfondos e uma Ultramaratona- Bairrada 150.
    Para este ano contava com a companhia do meu amigo Gouveia. Basicamente tínhamos como inconveniente apenas termos 150 km feitos em bicicleta de btt, muito pouco para esta prova.
    Então, decidi ligar ao Luís e pedir a sua ajuda para me emprestar uma máquina, tendo o mesmo de imediato aceite.
     Claro que já lá vão uns aninhos que não andava de rígida e muito menos de roda 29. Todos conhecem os seus benefícios, mas eu venho de uma suspensão total e roda 26, mas decidi arriscar e ainda bem que o fiz.
     Esta edição foi composta por 3 etapas em linha, que percorreu as regiões do Douro litoral e Alto Minho, com cerca de 275 km e mais de 7000+ altimetria.

1ª etapa VCPGE– Vila do Conde - Fafe – 76 km com 1730+:
   Chegamos cedinho ao quartel-general montado em Vila do Conde, onde depois de recolhermos o kit de participante, calmamente fomos preparar tudo para começar a nossa aventura e nada ficar no esquecimento. 
   Depois de entregue o saco que seria levado para Fafe, com tempo fomos apreciar e curtir toda a envolvência de uma prova desta categoria, com muita gente conhecida, que ajuda a elevar a fasquia da mesma.
   Deu ainda para reviver velhos conhecidos e amigos.
  Às 09H30 o controlo 0 estava aberto e agora já nada contava, éramos nós, a máquina e o monte…lol…
   Ao tiro de partida, foi dado às 10H00,  e o Gouveia começou logo a atacar, onde nos primeiros 12 km o meu GPS não parou mais de tocar, significando que estava a 180 pulsações. Estava a morrer e as coisas ainda tinham agora começado.
  De seguida entramos na subida que nos levou ao marco geodésico de Fornelo (km 12), continuando o ritmo forte, mas com as pulsações mais baixas, voltando logo a subir até à Srª da Assunção (km 35), que foi transposta a bom ritmo, beneficiando do bom piso.
   O Gouveia não permitia muito descansar, mantendo sempre o ritmo alto, acabando a nossa dupla por apanhar o casal Celina Carpinteiro e Valério, que participavam em duplas mistas, dispensando quaisquer apresentações, tendo ficado com a certeza que estávamos a rolar muito forte.
  Perto do abastecimento de Vizela, apanhamos o Guedes e o Pedro, que se encontrava algo combalido devido a uma queda, bastante feia. Acabamos assim por rolarmos juntos na praia Fluvial de Vizela (Km 60) e por fim a ciclovia de Fafe com 7 km de percurso, em muito bom ritmo.
   A meta estava montada em Fafe (pavilhão multiusos), tendo assim percorrida as cidades de Vila do Conde- Trofa- Santo Tirso-Vizela- Fafe.
   Estatisticamente fizemos os 76 km em 03H54, a média de 20km/h, atingindo o máximo de 56,5km/h e bat. cardi. médio de 152 puls.
       A etapa foi concluída 38º lugar na geral e 9º escalão Master 40;
      Uma palavra para o comportamento extraordinário desta bike, em que arrisquei, como disse por ser rígida e 29. A descer passa por cima de tudo, sem dificuldades, permitindo andamentos muito superiores. 
    A subir, graças à sua leveza e rigidez, cada pedalada é aproveitada ao máximo, e nada se perde, é sempre a "comer" terreno.  A rolar não precisa de muita força, em que devido ao atrito do tamanho da roda, é só deixar cair a perninha...lol...E a sua comodidade, é incrível, às vezes pensava que estava na minha, tal era a sua comodidade. 
     Em muitas provas, terminava com bastantes dores na cervical, o normal, nesta 29, nada, cheguei ao fim dos 3 dias e nadinha de dores na cervical, tendo a ver claro com a condução confortável que permite, em suma, é uma bike muito acima da média, é uma verdadeira "viúva negra"...lol...
      Cheguei morto mas feliz pelo tempo e lugar alcançado. Restava levantar o nosso saco e aproveitar o fast recovery muito bom, para encher a barriguinha.
   Depois de escolher um colchão, que seria a minha cama, para estas 2 noites, lá descansamos um pouco, tendo de seguida entregue as nossas “máquinas” que seriam lavadas e lubrificadas pela organização, ficando posteriormente num parque controlado pelos mesmo.    
      Só miminhos, não faltava nada, tudo tinha sido pensado ao pormenor.
    Aproveitamos para ir até ao centro de Fafe para descontrair um pouco do stress da prova, onde perto das 20H00, fomos jantar. 
      Aqui as coisas correram um pouco lentas, tendo levado uma seca de 01H30 na fila, mas depois acabamos por compreender o que tinha corrido mal.
    Restava assistir à cerimónia da entrega dos jersey de líderes, preparar as coisas para o dia de amanhã e principalmente descansar. 
    Aqui, as coisas também não correram muito bem, para o meu lado, pois calhou-me um colega que ressonava e bem. 
       Bem, foi dormir, acordar, voltar a dormir e acordar, toda a noite nisto, meu deus….que medoooooo.

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