Pois bem, chegou a hora de partir para a prova que escolhi como minha prioridade para 2012, ou seja a prova mais dura e longa existente em Portugal, denominada Douro Bike Race- DBR. A noite foi longa, com um remoer esquisito no estômago, seria nervos????...lol... Pois bem, pela manhã, tranquilamente fiz a viagem até à cidade de Amarante. Logo à saída da auto estrada comecei logo a ver as placas DBR, não havia nada a enganar. Assim facilmente cheguei ao secretariado para levantar o meu Kit e assinar as respectivas autorizações a afins. Na altura da minha inscrição, foi-me atribuído o dorsal nº 112 (número de emergência) ..lol... pelo que me foi dado um dorsal para colocar na bike, uma pulseira e outros cartões todos com este número, bem como brindes dos patrocinadores.
Facilmente era percetivel a grandiosidade desta prova, tudo muito bem organizado, com um staff estraordinário, onde cada um sabia o que tinha a fazer, num ambiente que transparecia de enorme tranquilidade e controlo, pelo menos para os participantes, como eu. Quando estava a depositar a bicicleta no Bike Park (sempre devidamente guardado), cruzei-me com o João Marinho, rosto mais conhecido do DBR. Aqui, trocamos algumas palavras e o curioso é que o mesmo lembrava-se do meu nome e das brincadeiras e bocas que ia escrevendo no Facebook. Inclusive recordava-se do resumo que fiz no blog acerca do DBR, dizendo que estava impecável e que de certeza me tinha dado muito trabalho. O João é uma pessoa muito simpática e acessível, sempre disposto a ajudar e a trocar uma palavra com todos, não obstante ser um atleta de top.
De seguida fui conhecer o meu "quarto". Ora bem, tinha comprado uma tenda, que já se encontrava montada e alinhada junto a outras dezenas, no jardim das Piscinas Municipais de Amarante. À primeira vista agradou-me, já que o espírito desta prova também passava por aqui, mas....
Faltava-me o reconhecimento geral a toda a "Aldeia DBR" e ter a noção do local onde tudo estava exatamente. Ainda cheguei a tempo para assistir à Conferença Imprensa das principais figuras presentes nesta prova, estando presentes nomes como: Celina Carpinteiro, Mário Costa, Emanuel Pombo, David Rosas, Carlos Cabrita, Alexandro de la Pena e Sandra Santanyes, só estrelas, mas de uma humildade e simplicidade que sinceramente não estava espera.
No final, fui até à cidade descomprimir um pouco, onde aproveitei para almoçar na "Tasquinha da Ponte", restaurante onde antecipadamente tinha adquirido as senhas para jantar nos 3 dias seguintes da prova.
A minha partida no prólogo estava marcada para as 15H20, pese embora tivesse de estar nos blocos de partida, 20 minutos antes, sob pena de ser logo penalizado.
À medida que o tempo se aproximava começavam a desfilar as "máquinas" e as estrelas, em direcção à partida. Sem dúvida a roda 29, está na moda, pois eram estas que abundavam, nas suas mais diversas cores e marcas.
O prólogo foi composto por 10 km, com 200+ acumulado, que se desenrolaram pelas artérias da cidade de Amarante, em circuito urbano e monte. Cada atleta saía espaçado de 30 em 30 segundos, em que subíamos uma plataforma e à contagem decrescente, era dada a ordem de largada.
Mais parecia uma partida de contra-relógio, muito bom mesmo, estava arrepiante aquela partida, cheia de crianças a bater palmas e a dar força aos atletas. Tive sorte de ser dos primeiros a partir, embora sob um forte calor.
À partida seriam 10 kms tranquilos, mas enganei-me logo, pois as subidas e descidas constantes, a grande velocidade, facilmente fez disparar as pulsações, levando o GPS a apitar.
No meio da adrenalina, ainda disse para mim, bolas que barulho é este? não deve ser da suspensão, porque ela não apita...lol... Mas logo de seguida lá vinha mais uns apitos e foi aí que pensei, nem vou olhar para o GPS, senão ainda me assusto...lol....Posteriormente constatei que atingi a velocidade de 51 Km/h e uma pulsação de 180 bat., com o ritmo médio de 171 bat..
Quando se rola a altas velocidades, por vezes fazemos coisas que quem está a assistir acha piada, tal como uma égua que fiz a curvar, fim do mundo...lol...mas não devo conseguir fazer outra igual. O prólogo foi ganho pelo David Rosa com o tempo de 21m14s, que mais parecia um avião a andar...Em termos gerais fiz o tempo de 29m35s.
Aproveitei o resto da tarde, para fazer algumas compras na cidade e preparar tudo para o dia seguinte. À noitinha depois do jantar, fui assistir ao breafing, onde foram entregues os prémios aos vencedores da etapa nos vários escalões, fotos e video do dia, bem como uma descrição pormenorizada da etapa do dia seguinte, neste caso, etapa do Marão.
O que eu não sabia era que as noites eram tão frias. A tenda ficava cheia de humidade por dentro, chegando mesmo a pingar. Como não estava à espera disso, tive de dormir, o pouco que consegui, equipado como se fosse andar de noite, e, mesmo assim cheio de frio, amanhã vou ter de dar volta a isto...
Pois bem, por hoje terminaram as emoções, foi um dia em grande para um amante do BTT.
Video estraordinário do 1º dia - Prólogo:
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