30 Dezembro 2009 - Serra de Montemuro

       Foi com grande surpresa que, na semana do Natal, o senhor auto intitulado “Presidente da Ecobike” entrou em contacto comigo (Guimarães ou Gui para os mais chegados) no sentido de o acompanhar, juntamente com os seus pupilos, em mais uma saída de btt, indicando que iríamos conhecer a Aldeia Mais Portuguesa de Portugal (Monsanto, no concelho de Idanha-a-Nova).

       Intimamente fiquei pensativo em relação a tão ilustre convite (das duas uma ou me convidou para encher a viatura ou então é porque desejava me compensar dado, no passeio das luzes, levado a maior representação de uma equipa amadora Pedaladasbiketeam” de Custóias City), qualquer que tenha sido a sua ideia eu fiquei muito feliz, quase que nem dormi nos dias seguintes.
       Entretanto, chegado o tão esperado dia, alguns dos seus “habitués” comparsas começaram a levantar questões sobre a viabilidade da organização do raid devido à aproximação de uma “tromba de água”.
          Após uma turbulenta discussão entre o “Presidente” e o presumo “Vice” (que do meu ponto de vista é o mentor de tão espectaculares saídas), lá ficou decidido que iríamos visitar a Serra de Montemuro, em Castro Daire.
         O trajecto até Castro Daire correu de forma normal, com o Senhor Presidente a se exibir com a potência da sua viatura auto, contrastando com a viatura cedida gentilmente por alguém que não deve ter amor à máquina para a entregar nas mãos de um polícia.
         Já na cidade que nos acolheu e após a solicitação da praxe por parte do Presidente (foi eleito para alguma coisa) lá conseguimos obter a promessa de um banho nas instalações da G.N.R. local (ao seu Comandante endereço aqui um grande abraço pela gentileza).
       Falando propriamente do passeio, posso dizer, que para não variar, foi servido com um aquecimento de cerca de 20 quilómetros sempre a subir em estrada alcatroada.
       Depois começaram as aventuras, (e as discussões entre o Presidente, detentor de 2 GPS sem trilhos marcados e o seu Vice com um GPS a funcionar e com o trilho definido e isto tudo porque o primeiro exigia ser ele a possuir o conhecimento do percurso, enfim birras de velho).

      Ao longo do percurso fomos passando por locais como: Vilar, Picão, Rossão, Campo Benfeito, Codecal e Gosende (vistas sobre estas aldeias), Feirão, Talhada, Panchorra, Gralheira (tem um belo restaurante para pizzas), Monte Sobrado, Carvalhosa, Ermida.
      Em suma, foi um total de 76 kilometros, com passagem pelos 1359mt de altitude, onde ainda houve tempo para umas paragens em cafés locais.
  
  De referir, claro, que os habitantes ao vislumbrarem 5 máquinas de duas rodas presentes elegeram a minha bela KTM como a mais máquina. Mais uma birra do Presidente, só faltou atirar-se para o chão e chorar.

       Numa paragem num posto de abastecimento de combustível o Vice temeu pela sua vida ao se deparar com 4 canídeos e o Presidente ter adquirido uma “botelha” de água milagrosa (isto presumimos nós dado ao valor pago por ela).
       Convém salientar que nunca nos encontramos perdidos (apenas 3 vezes), mais uma ameaça por parte do Presidente devido ao GPS do Vice, mas eu aposto que tudo não passou de um azar técnico por parte deste em relação à perda de sinal no seu aparelho.

       Também se não fosse isso não teríamos tido oportunidade de testar a verdadeira essência do btt, ao andar uma encosta abaixo com as máquinas às costas pois não havia trilhos nas proximidades.
        Resumindo, e como foi a mim que foi solicitado elaborar esta pequena crónica eu assumo que adorei o dia na companhia do Gigantone, do Vitokorov, do Santiago e do Tojo com todas a peripécias, reclamações, birras, discussões e rizadas (não me pronuncio sobre a parte do Presidente, mais uma vez, ter que ser o maior ao imitar o Vice para a hora do wc em plena serra - há um vídeo que relata esse acontecimento).
      A quem solicitou a minha presença desde já o meu grande obrigado, esperando que após estas curtinhas palavras volte a ser convidado.

P.S.: um grande abraço ao gigantones que teve a coragem para me dar um anda lá moço, nas subidas pois as minhas perninhas não têm a rodagem dos restantes elementos que me acompanharam, mas nas descidas eu é que tinha que esperar por eles.

   Já me esquecia que para terminar fomos devorar o belo do Bife de Alvarenga, valeu a pena vos garanto.

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