26 Outubro de 2013 – Porto- Santiago Compostela (roda fina)

     Desta vez o culpado foi o André. O maluco lembrou-se que queria fazer Porto-Santiago Compostela, com bicicleta de estrada, ou seja roda fina. 
     Claro que a minha primeira abordagem foi: roda fina???? Tás maluco?? Não gosto nada disso e como sabes nem sequer tenho essas coisas fininhas….lol…mas logo a seguir….ok…vou tratar disso. 
    Sempre que mete roda fina, lá tenho eu que efetuar uma chamada para o Dias, a pedir a bike dele emprestada, e como ele diz sempre que sim, eu deixo de ter razões para recusar estas aventuras…lol..
    Pois bem, o plano era partir do Porto pelas nacionais e junto à costa, até Santiago, coisa para cerca de 250 km. Com as normais desistências de última hora, aceitaram o desafio: eu, Leite, Gouveia, André e Armando.
   A partida foi feita pelas 05H30 na porta da “fábrica”, ainda era noite e por isso ainda tivemos de carregar com as luzes a piscar. Chegados à Maia, andamos um pouco perdidos, quiçá por ainda estar de noite…lol…perdendo bastante tempo, pois andamos por piso muito mau, para as rodas destas bikes.
     Já em Vila do Conde, juntou-se ao grupo o Leite, que tinha vindo de casa a pedalar.
Claro que o pessoal não pode só pedalar, e vai daí, pelas 08H30, fizemos uma paragem em Castelo de Neiva, para comer o belo de Jesuíta numa confeitaria local, onde segundo reza a história, fazem os melhores do mundo…lol…
  De barriguinhas cheias, lá seguimos, desta feita até Vila Nova Cerveira. 
   Claro que reconheci o local, aquando da minha participação na etapa do NGPS.        Vai daí, esquerda…esquerda e lá fomos nós até ao cervo para a foto da praxe e descansar um pouco mais.
     Neste local já estavam nas pernas 116 km e o relógio marcava 10H30.
      Lá seguimos viagem, sempre em bom ritmo, até Valença, local onde voltamos a retemperar forças e para os mais gulosos, que não digo nomes, comer o travesseiro, famoso por aquelas bandas.
 Já em Tui, voltamos momentaneamente a sair do trilho e logo numa rica subida, que nos custou mais 6 km de esforço, onde já estava a sentir algo esquisito nas pernas…lol…
       Depois de pedirmos algumas informações e um pouco às aranhas, lá encontramos o caminho certo para Porrinho, e logo a seguir Pontevedra. 
     Aqui fizemos outra paragem, e já eram 11H30, para comer o “verdadeiro” bocadilho com queijo e mais cafeína, pois toda a ajuda é sempre pouca…lol..
       Restava a parte final, e diga-se que a parte mais difícil, pois é composta por um constante sobe e desce, onde aliado aos quilómetros já feitos, as coisas não estavam fáceis e aí, tivemos de contar com o trabalho de equipa, para juntos chegarmos à catedral.
Em termos estatísticos, que apenas servem como referências, constam alguns valores interessantes: 250 km feitos, com 2500+ altimetria, 9100 calorias gastas, a uma média de 25,5 Km/h e a velocidade máxima de 65,5 Km/h.
     Depois de uma semana a tomar anti-inflamatório e sem treinar, correu bastante bem, não obstante o verdadeiro empeno.        Rolar em estrada não é a minha praia, e aquele ritmo constante e pesado causa mossa nas minhas pernas, habituadas a outros andamentos.
                           Claro que no final, contamos com a imprescindível ajuda do Leonel e do Diniz, que nos foram resgatar às mãos dos espanhóis e que sem eles tínhamos de vir à boleia, obrigado amigos.
   Aos amigos que comigo pedalaram e aceitaram este desafio, o meu agradecimento, por uma grande dia a fazer o que gostamos de uma forma descontraída, dura, mas com muito espírito de equipa demonstrado, foi brutal.
       Qual é mesmo o próximo????? Calma, que ainda me dói as pernas…..  

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