Desta vez o culpado foi o André. O maluco lembrou-se que
queria fazer Porto-Santiago Compostela, com bicicleta de estrada, ou seja roda
fina.
Claro que a minha primeira abordagem foi: roda fina???? Tás maluco?? Não gosto
nada disso e como sabes nem sequer tenho essas coisas fininhas….lol…mas logo a
seguir….ok…vou tratar disso.
Sempre que mete roda fina, lá tenho eu que efetuar uma
chamada para o Dias, a pedir a bike dele emprestada, e como ele diz sempre que
sim, eu deixo de ter razões para recusar estas aventuras…lol..
Pois bem, o plano era partir do Porto pelas nacionais e
junto à costa, até Santiago, coisa para cerca de 250 km. Com as normais
desistências de última hora, aceitaram o desafio: eu, Leite, Gouveia, André e Armando.
A partida foi feita pelas 05H30 na porta da “fábrica”, ainda era noite e por isso ainda tivemos de
carregar com as luzes a piscar. Chegados à Maia, andamos um pouco perdidos, quiçá
por ainda estar de noite…lol…perdendo bastante tempo, pois andamos por piso
muito mau, para as rodas destas bikes.
Já em Vila do Conde, juntou-se ao grupo o Leite, que tinha vindo
de casa a pedalar.
Claro que o pessoal não pode só pedalar, e vai daí, pelas
08H30, fizemos uma paragem em Castelo de Neiva, para comer o belo de Jesuíta
numa confeitaria local, onde segundo reza a história, fazem os melhores do
mundo…lol…
Claro que reconheci o local, aquando da minha participação na
etapa do NGPS. Vai daí, esquerda…esquerda e lá fomos nós até ao cervo para a
foto da praxe e descansar um pouco mais.
Neste local já estavam nas pernas 116
km e o relógio marcava 10H30.
Lá seguimos viagem, sempre em bom ritmo, até Valença, local
onde voltamos a retemperar forças e para os mais gulosos, que não digo nomes,
comer o travesseiro, famoso por aquelas bandas.
Já em Tui, voltamos momentaneamente a sair do trilho e logo
numa rica subida, que nos custou mais 6 km de esforço, onde já estava a sentir
algo esquisito nas pernas…lol…
Depois de pedirmos algumas informações e um pouco às
aranhas, lá encontramos o caminho certo para Porrinho, e logo a seguir
Pontevedra.
Aqui fizemos outra paragem, e já eram 11H30, para comer o “verdadeiro”
bocadilho com queijo e mais cafeína, pois toda a ajuda é sempre pouca…lol..
Restava a parte final, e diga-se que a parte mais difícil,
pois é composta por um constante sobe e desce, onde aliado aos quilómetros já
feitos, as coisas não estavam fáceis e aí, tivemos de contar com o trabalho de
equipa, para juntos chegarmos à catedral.
Em termos estatísticos, que apenas servem como referências,
constam alguns valores interessantes: 250 km feitos, com 2500+ altimetria, 9100
calorias gastas, a uma média de 25,5 Km/h e a velocidade máxima de 65,5 Km/h.
Depois de uma semana a tomar anti-inflamatório e sem
treinar, correu bastante bem, não obstante o verdadeiro empeno. Rolar em
estrada não é a minha praia, e aquele ritmo constante e pesado causa mossa nas
minhas pernas, habituadas a outros andamentos.
Claro que no final, contamos com a imprescindível ajuda do Leonel
e do Diniz, que nos foram resgatar às mãos dos espanhóis e que sem eles tínhamos
de vir à boleia, obrigado amigos.
Aos amigos que comigo pedalaram e aceitaram este desafio, o
meu agradecimento, por uma grande dia a fazer o que gostamos de uma forma
descontraída, dura, mas com muito espírito de equipa demonstrado, foi brutal.
Qual é mesmo o próximo????? Calma, que ainda me dói as
pernas…..
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