08 Maio 2010 - V Maratona Internacional de Idanha-a-Nova

Este ano foi deliberado em assembleia-geral que a maratona que anualmente fazemos fora de portas, seria em Idanha-a-Nova. Sabíamos de ante mão, que os prós da Ecobike, iriam ser acompanhados por colegas pouco dados a provas BTT e principalmente a longas distâncias (100 Km), mas que corajosamente queriam e bem, fazer parte dessa festa, na companhia das suas companheiras e filhos, para assim poderem desfrutar do fim-de-semana e visitarem aquela que é a “aldeia mais portuguesa de Portugal” que é Monsanto.
Assim, no dia 07 Maio eu (tojo) mais o pró Vitokorov arrancamos de Vila Nova Gaia, com uma breve paragem para almoço no restaurante de um dos nossos colegas de equipa:

, bem como uma foto junto à Reserva Natura da Serra da Malcata,
até ao objectivo que era a Colónia da PSP em Monfortinho, local onde iríamos pernoitar uma noite (pensava eu), até o dia seguinte.





Depois das formalidades inerentes a esta estadia, lá partimos para visitar os locais mais marcantes deste local, devidamente catalogados no sítio oficial da nossa equipa e elaborado pelo meu companheiro de viagem.

Fizemos pois uma paragem obrigatória ara comprar uma lembrança da região, no turismo local, onde a muito custo, por estarem esgotados, conseguimos trazer o “Adufe”, instrumento característico da região, salientando-se que naquele local fomos encontrar uma tecedeira natural de Vilar Paraíso, país pequeno o nosso.

Claro está que iríamos começar pelos      Fosséis de Penha Garcia e eu nem imaginava o que ainda me esperava e pelo que me pareceu tudo devidamente pensado pelo meu guia, já que me obrigou a acompanhá-lo na sua caminhada e assim desgastar-me na véspera de uma grande competição, em que eu era apontado como forte adversário do conhecido Vítor Gamito.

Fazendo plágio sobre as palavras do ilustre Vitokorov, historiador consagrado e que :
“Chegados às ruínas do     pequeno castelo, podemos desfrutar do excelente miradouro, sobre a grandiosidade do vale por onde corre o rio Ponsul e sobre a "aldeia mais portuguesa de Portugal" - Monsanto. Neste    pequeno trajecto pela garganta do rio Ponsul, podemos ver    segredos   dos tempos pré-históricos, quando um oceano banhava aquelas paragens. A prova disso está gravada na rocha, nos fosseis deixados pelas trilobites, uma espécie de artrópedes marinhos que viveu há 400 milhões de anos. Movimentavam-se arrastando-se pelo fundo do mar, e são essas marcas, denominadas cruzianas, apelidados de Cobras Pintadas pelas gentes   locais, que hoje podemos ver.-Além disso, pode-se ver pequenas cascatas, uma piscina fluvial, com deck em madeira sobre o vale, antigas casas dos moleiros e dos seus moinhos de rodízio - movimentados pela água.
• Distância = 3km
• Dificuldade: Fácil
• Percurso: pequena rota, por caminhos tradicionais e urbanos. circular
• Desníveis: pouco acentuados
• Época aconselhado: todo o ano





   Depois de tudo percorrido e explorado, fomos até à zona da meta (Idanha), para levantar os dorsais e respectivos sacos dos prós da Ecobike, dos colegas da Bike17Eco, Fernando Sousa (trepador) e Pimenta (saca-saca)) e ainda dos nossos colegas da SéniorSadPower, Leandro Costa e Hélder Coelho, o que não se tornou muito fácil, pois já havia pessoal a reclamar por estarem tanto tempo na fila, enfim…..
 
Como a hora já estava avançada o pessoal foi-se deslocando para o restaurante, recomendado pelo colega da colónia, estando o javali um bocado seco para os dentes do pessoal, que veio um pouquito com fome….

   Chegados à Colónia férias, foi hora de entregar os sacos individuais, onde constavam os Jersey, pelo sinal bem bonitos, para o dia seguinte. Claro está que o Presidente- Gigantone e o Henrique ficaram admirados por estarem um pouco mais fortes que o tamanho que pediram, claro está que treinar bi-diários faz disto, ficam um “bichos”… de cara….
   Depois da naninha, levantamos cedo para ir tomar o pequeno-almoço, tarefa que sabíamos não ir ser fácil, pois pelo que vimos no dia anterior em Idanha, em virtude de haver poucos estabelecimentos para tantas pessoas que se esperavam. Sorte teve o Bip-Bip, que ficou hospedado no Hotel Astoria e tomou um pequeno-almoço à sua altura….não facilita…é um senhor….. As suspeitas confirmaram-se, pois o único café que estava aberto, passados 5 minutos já tinha acabado o pão, nem negócio sabem fazer e aproveitar estas alturas, sendo o pequeno-almoço servido de barras, gel e bebidas energéticas… logo a arrebentar.
Assim, depois dos preparativos e das máquinas quentes, colocamo-nos na meta, onde havia lá elementos de uma equipa a fazer “rolo” para muito aparato e espanto de muitos outros, que só de ver já estavam cansados.

Na meta e com muita vontade, notavam-se as presenças dos prós da Ecobike, que eram representados por: Vítor Santos (tojo), Jorge Almeida (Gigantone), Vítor Silva (Vitokorov), Mário Almeida (Marito Miragaia), Leite (J.P.), Gouveia (Dr. Zé), H. Santiago (Bep-Bep), Santos, Barreira, Coelho, Rocha (Marroquino) e o Pedro Santos; pelos prós da Bike17Eco: Fernando Sousa (Trepador) e Pimenta (Saca-saca)) e pelos prós da SéniorSadPower: Leandro Costa (Presidente) e Hélder Coelho;
Partiram assim, cerca de 1200 atletas,   distribuídos por três provas: maratona (prova rainha com 100 Km), meia-maratona de 50 Km e uma prova de contra-relógio, tendo como um dos
atractivos uma passagem por terras dos nuestros hermanos, “Zarza la Mayor”, bem como a famosa calçada   Romana, que no início seria a descer, mas que teriamos de a subir (nem todos), sendo assim uma prova de “gabarito” internacional e um outro, que consistia numa aposta entre mim e o Presidente, em que  eu no final lhe daria 1 hora de vantagem, aposta esta que era nada mais nada menos que a nossa própria bicicleta, logo a parada estava alta, mais para mim,   pois ele tem um “cavalo de pau”, de tamanho “M”. O tempo não estava com muito bom aspecto, confirmando-se estas suspeitas logo no início da prova, em que refrescamos com tamanha carga de água brindada de cima. Aqui, o Presidente,    
 ao ver tanta erva, deu-lhe logo vontade de ir ao monte, ficando logo irremediavelmente fora do pódio (desculpas) e com a bicicleta em risco…
   Claro está que numa prova desta distância, estávamos à espera de uma grande dureza e foi efectivamente o que aconteceu, com um piso muito seco e pouco rolante, muita pedra solta, descidas duras e acentuadas (que originou muitas quedas na nossa equipa) e subidas em que o fôlego começava a faltar e se respirava apenas pelas “guelras”. Pessoalmente e tendo em conta as características da minha querida Mondraker, foi uma prova muita dura, em que “rebentei”, perto dos 60 Km, pela primeira vez rendi-me e tive de concordar que as suspensões totais ganham muita vantagem perante as semi-rigidas, pelo menos em provas destas distâncias.
  Peripécias foram muitas, desde o dorsal do Bep-Bep, ter no final da prova aparecido todo carimbado, por milagre; não conseguirmos tomar pequeno-almoço condigno; muitas quedas do pessoal, claro está, como esperado a do Vitokorov, em que a médica recomendou o uso de duas rodinhas atrás, não lembra ao Diabo, estás possuído pelo demónio. Claro está que devido a esta queda, arranjou uma desculpa para ficarmos mais uma 
 noite em Monfortinho, para aliviar as dores do pescoço…e assim atrasar a minha recuperação na banheira coberta de gelo até aos t……….
Para a posteridade ficam as classificações:
• ----1 - Vítor Gamito
• 104 - SANTOS
• 123 – TOJO
• 148 – HELDER COELHO
• 189 - GIGANTONES
• 232 - MARITO
• 233 - VITOKOROV
• 234 - J.P.
• 259 - DRº ZÉ
• 329 - COELHONE
• 371 - KIKO
• 517 - MARROQUINO
• 520 - PEDRO

E ainda na prova dos 50 Km:
Leandro Costa – 100
Mas mais importante, saliento, a amizade, dor, companheirismo, sacrifício, cumplicidade, brincadeiras, união entre todos….ficando as saudades daqueles trilhos fantásticos, paisagens fabulosas, VIVA O BTT
http://www.youtube.com/watch?v=emaZNL5qHOY

1 comentário:

Anónimo disse...

Ora muito bem... aqui está o exemplo perfeito de uma crónica tendenciosa... porque será????????
Será porque o cronista reconheceu depois desta prova que não é o maior da nossa equipa????????
Grande abraço e continua que tens jeito pra coisa...
J Almeida (Gigantones)\