28 Agosto 2015 - Travessia Freixo Espada à Cinta- Castelo Numão (Foz Coa) - "Made in Ecobike"

   Depois de um pequeno afastamento dos passeios, como gosto de chamar, “Made in Ecobike”, voltei a ser "chamado" por V.Exª o Presidente Srº Jorge Almeida, para uma travessia para os lados de Foz Coa.
   Como companhia ainda contei com a sua alteza o Vice (Vitokorov) e o secretário adjunto (Luis Correia)…lol…
   Para mim é indiferente o local para onde vou, mas sim, ser convidado para estes saudosos passeios, onde não são importantes os quilómetros que faço, nem as serras que subo, mas sim o convívio, o ambiente descontraído e o dia bem passado entre amigos a pedalar.
   A travessia foi devidamente planeada por aquele que melhor conhece o nosso país, incluindo ex-castelos, castelos, castelinhos, ou apenas uma pedra a ditar a sua existência – Vitokorov.
   Foi desenhada com começo em Freixo Espada à Cinta e término no Castelo de Numão- Foz Coa.
   Uma vez mais dormimos bem rápido, pois tínhamos uma longa viagem até ao início da nossa loucura, em Freixo Espada à Cinta- Bragança.
   Os “cavalos de pau” estavam sedentos de pó e o calor que estava previsto, com certeza faria as suas “loucuras.”
   Mas como os super atletas não andam a água, fizemos uma pequena paragem, para enchermos os depósitos para o longo dia que tivemos pela frente.
   Por volta das 10H00 e da respetiva foto para a posteridade, no Castelo de Freixo de Espada à Cinta, demos arranque oficial com tiros de salva.
     O andamento foi sempre dado por aquele que de momento está menos forte…lol…mas tendo em conta a preparação sublime do grupo, rolamos sempre constante e a bom ritmo, tanto mais que o Vitokorov parece que voltou à sua grande forma, agora que tem um “cavalo” novo e maior (roda 29).
   Em Poiares, percorremos o extenso Parque Natural do Douro Internacional, com as suas extensas vinhas, amendoeiras e oliveiras, que durante quilómetros, nos proporcionaram sensações extraordinárias, com vistas de perder o folego, capazes de ali ficarmos a contemplar aquele quadro ilustrado durante horas a fio.
   Rapidamente chegamos a um dos principais pontos marcados para o dia de hoje - Calçada de Alpajares.
  Uma vez mais, com vistas deslumbrantes, esta descida foi sempre feita com muita atenção, já que é muito técnica e os erros pagaram-se sempre com o corpo…lol…
  O sol apertava forte, onde rapidamente ficávamos sem água, aproveitando a passagem por Barca D`Alva, para abastecer. 
   Aqui atravessamos a velhinha ponte que nos une aos nossos hermanos, por cima do Rio   Águeda, tendo sido a ligação mais direta entre o Porto e o resto da Europa, claro está que nos dias de hoje, está tudo abandonado, servindo apenas para caminhadas e pouco mais, sinais da modernice….ou não….
 Constantemente éramos obrigados a fazer paragens para resfriar um pouco as máquinas e aproveitar todos os pontos de água existentes, já que escasseavam, tendo-se tornado o nosso principal inimigo, em que a sombra das árvores não passavam de miragens.
    Chegados à Igreja Matriz de V.N. Foz Coa, o Jorge e o Luís, decidiram que por eles já estavam de barriga cheia de calor e pó, restando assim dois mancos.
   Vergar o Vitokorov não é fácil, e por vontade do mesmo só parava de pedalar no castelo, onde não me restou mais que seguir e apoiar a sua loucura e voltar ao monte.
     Para melhorar as coisas já difíceis por si, logo à saída, ouço um estouro vindo da bike do Vítor. Pois bem, camara de ar rebentada e o pneu rasgado.
     
   Mas quando a vontade é muita, resolve-se o problema e siga para mais uns belos quilómetros na picada para Freixo do Numão, bem durinha e com o calor sempre na nossa roda.    
   No final e já na aldeia aproveitamos uma fonte de água fresquinha, para meter a cabeça por debaixo de água, com os populares perplexos a olhar.
    Contudo tendo a conta a hora que andava mais rápida que nós e que em breve ficaríamos sem luz solar, aliado ao desgaste físico, a falta de alimentação e líquidos, decidimos percorrer o restante percurso por estrada, percorrendo parte da nacional 222, até Numão e seguidamente até ao Castelo com o mesmo nome.
   E porque já não tínhamos onde tomar banho, tivemos que improvisar uma fonte de água à face da estrada, onde os pormenores são secretos…lol…
 Ainda tivemos tempo para jantar em grupo e regressar a casa de barriga cheia e pernas carregadas de amor e carinho dado pelas nossas bikes.
Na totalidade foram percorridas 97 km em 7:12 em movimento e mais de 2600 altimetria.

   É sempre bom regressar ao monte com velhos amigos, e, no fundo de tudo, o que gostamos mesmo é sair de casa às 06H00 e chegar às 02H00, para andar de bike….k medooooo

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