Subir ao Alto do Monte Farinha, mais conhecido por Srª da Graça, num dia normal já é memorável, agora num dia em que a caravana da Volta a Portugal passa por lá, é fantabulástico.
Depois de muito combinar, descombinar, marcar e
desmarcar, pensar e repensar, eu e o Gouveia lá decidimos sair de Gaia já a
pedalar.

A única certeza que tínhamos, era que se não fossemos enganados pelas nossas famílias, vínhamos sentados de carro até casa.
Em Valongo, ainda passamos pelo staff da W52, estando os atletas a descansar para o grande dia que tinham pela frente.
O ritmo foi sempre certinho, onde significa que
um sofre e o outro vai tranquilo, adivinhem quem sofre??????...eu, pois
claro….
As paragens foram sempre poucas e estranhamos o facto de não nos termos cruzado com muitos ciclistas, que por norma ali se deslocam em massa para subir até à Santa.
As paragens foram sempre poucas e estranhamos o facto de não nos termos cruzado com muitos ciclistas, que por norma ali se deslocam em massa para subir até à Santa.
Passamos assim pelas cidades de Gaia - Porto - Valongo - Baltar - Paredes - Penafiel - Lixa e Celorico de Basto.
Aqui e porque eu já ia a soro, decidimos
reconfortar o estômago e matar a sede, já que o calor fazia-se notar bem e a
fome já era muita.


Ainda nos cruzamos com o André e o Laranjeira que
já tinham subido e iam almoçar.
O Gouveia
tinha combinado com o Sérgio Santos, acompanhar o seu filho, maçarico nestas
andanças, até ao ponto mais alto, que se tornou numa autêntica aventura. Para quem
conhece aquele local, ir até ao ponto mais alto, sem treino e sem experiência,
foi de loucos.
No início do ataque éramos 4: eu, Gouveia, Sérgio e o
Gonçalo. Claro que o Sérgio ia morrendo e ficou a meio. Ora com a ajuda
do Gouveia, ora com uns empurrões da minha parte, o miúdo lá se aguentou, mesmo com muita vontade de desistir.
Ainda consegui ajudar até faltar cerca de
500m…sim…apenas 500m, mas rebentei que nem uma castanha.
De seguida entrou em ação o Leite, e assim conseguiram quase teletransportar o Gonçalo até ao seu objetivo.
Claro está que chegou no limite das suas forças e acho que ele não
desmaiou, pois nem sequer tinha forças para tal…lol..foi enorme sem dúvida.
De seguida entrou em ação o Leite, e assim conseguiram quase teletransportar o Gonçalo até ao seu objetivo.

Eu a penar lá consegui terminar, com
imensa gente a dar força durante toda a subida, onde as filas de cerveja e
afins, perfilam subida acima, coisa já habitual.
Restava almoçar, para depois assistir aos
verdadeiros prós da fininha, numa etapa sempre importante para a decisão da
volta a Portugal.
A esposa do Santos gentilmente fez um farnel para os famintos e lá tivemos de encher o bandulho…lol..
Como nos distraímos na hora, não conseguimos descer muito, tendo de ficar a cerca de 125 m da meta.

Na descida para os carros e tendo em conta que o Gouveia levou equipamento igual ao da equipa W52, foram várias as pessoas que pediam os bidons e para tirar uma foto, ainda deu para rir.

Foi um bom treino, onde no final ficaram 131 km feitos em 05H45, com uma altimetria de 2300+.
Um agradecimento ao meu companheiro de luta, por mais uma aventura, à esposa do Santos, por ter reconfortado o estômago, bem como às nossas esposas que levaram uma seca à nossa espera.
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