Subir ao Marão já é sinónimo de
dor nas pernas, mas de noite???? Ui….que medoooo
O ano passado ainda consegui
enganar o Márito, para me acompanhar, mas pelos vistos ainda está com frio
desde essa etapa. Assim, uma vez mais aceitei o convite do Jorge e do Bruno
para rumarmos até à Régua, local onde estava montado todo o staff.
Aqui chegados e tendo em conta
que havia festança e da grande no centro da Régua, eram milhares de pessoas que
ali se divertiam e nós íamos pedalar, que tolos…..
Já estávamos atrasados para o
início da etapa, que estava marcada para as 23H00, contudo ainda tínhamos que
nos “aperaltar” para uma etapa dura, longa e fria. Nas etapas noturnas tudo
fica mais brilhante, com uma azáfama de luzes dianteiras, piscas-piscas
traseiras e ainda mais um balão oferecido pela organização que também piscava, parecíamos
uns pirilampos no escuro…
A rolar em bom ritmo, facilmente
começamos a ultrapassar o pessoal que ia com mais calma, pois a partir do km 18
era sempre a subir até ao km 38, que coincidia com as antenas do Marão, a 1416
m altitude. As “picadas” que apareciam eram autênticas paredes com inclinações
brutais, que levavam as pernas a aquecer de tal maneira que piscava o botão
vermelho de sobreaquecimento do motor…lol…
A determinada altura o caminho só
indicava um sentido… que era sempre a subir, tornando-se desnecessário olhar
para o GPS.
Tendo em conta que as pernas
estavam com força, decidi impor um ritmo mais forte, de forma a testar um pouco
a minha capacidade física e ver até onde aguentava o andamento forte. Aos
poucos distanciei-me do pessoal e consegui ainda ultrapassar outros que estavam
bem à minha frente. Subi tanto, tanto,
que o serpentear da subida, mais parecia uma “anaconda”…lol…até enjoei.
que o serpentear da subida, mais parecia uma “anaconda”…lol…até enjoei.
Finalmente, perto das 04H00, vi
as luzes das antenas. Tava feito, bolas, até que enfim…lol…
Este ano tinham aberto a capela
em honra da Nossa Srª da Serra, para podermos ali pernoitar, até chegar a
altura de avistar a alvorada. A noite estava fria e o corpo não está habituado
a pedalar a estas horas indecentes, logo, aproveitei para me deitar mesmo no
chão, junto com outros atletas, para bater uma soneca.
Tendo em conta que estava
bastante nevoeiro, quando o Jorge e o Bruno chegaram, depois de terem
descansado um pouco, decidimos atacar logo a descida. Mas para mim é sempre uma
tortura o frio, pois começo a tremer tanto que nem consigo controlar o corpo,
logo é impossível meter-me em cima da bicicleta e descer minimamente em
segurança. A descida do Marão, é bastante técnica e complicada, onde se paga
bem caro o erro.
O restante percurso era composto
apenas por umas picadas seguidas de descidas em bom terreno, onde se conseguiam
atingir velocidades altas.
Com o nascer do sol, ficava tudo
mais fácil, tendo em conta a luz e a subida da temperatura, tornando mais agradável
a nossa viagem.
Claro que ainda houve tempo para
mais um mortal encarpado protagonizado pelo Jorge, enfim, coisa normal que nos
vem habituando nas últimas etapas…lol..
Perto das 09H00 já estávamos na
marginal da Régua, até o GPS dizer “Parabéns”, 0 Km…
Em termos estatísticos ficam os
75 km, com 2645+ altimetria, cumpridos em 07H00, em cima dela, pois claro.
Subir de uma cota de 60+ (Régua) até aos 2645+ (Marão), custaaaaaaaaa
Obrigado aos meus companheiros de
viagem, Jorge e Bruno, que cada vez está mais forte, por mais esta aventura…até
á próxima…
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