04 de Maio 2003 – 3ª Etapa Circuito NGS – Figueira da Foz


       Depois de ter falhado as duas primeiras etapas, eis que surgiu o convite, mesmo em cima da hora, de regressar ao Circuito NGPS e ao Btt, já que durante a época de inverno dediquei-me mais às provas de trail. 
       O ano passado, aquando da minha participação na Figueira, estava um temporal terrível, como muita chuva e lama, que originou uma valente “porrada”.  
   Este ano os prognósticos estavam muito diferentes, com boa temperatura e sol. Tal como referi, decidi aceitar o convite do J. Almeida, para juntamente com o Leandro e Coelho, participar na 3ª etapa do NGPS. Pelas 07H00 já tínhamos levantado ancora em direção à Figueira da Foz, o pessoal do btt não dorme.  
     Já no “Quartel General” – local de concentração, levantamos o dorsal bem como a habitual lembrança dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, que apoia esta iniciativa e sobre o qual recai todo o lucro apurado das inscrições.     
        Tendo em conta que tínhamos de chegar cedo ao Porto, decidimos não esperar pela partida oficial da etapa, tendo arrancado logo para o monte. 
       Contudo logo ao km 5, o Coelho decide voar com o paraquedas avariado, provocando um enorme hematoma no joelho e nas costelas, quase apagando. Depois de recomposto, ainda tentou continuar, mas não estava nada fácil e decide desistir. 
        O quarteto ficou assim reduzido a um trio, onde esperávamos que a viagem acontecesse de uma forma mais tranquila. Mas as coisas realmente não estavam a correr nada bem, pois o J. Almeida perto do km 30 parte um dos carris do selim, ficando com o rabo ainda mais torto
que o normal. Segundo o mesmo, o Quelhas era o responsável, já que devido ao seu “cú de ferro”, acelerou o desgaste da peça… lol…contudo não foi o suficiente para o fazer desistir ….bruto….. 
        Com o piso seco e com muito calor, rolávamos em bom ritmo, com single-tracks bastante engraçados e rápidos, com um sobe e desce constante, chamados “rebenta pernas”. Já muito perto da Casa Pinha, e já com cerca de 55 km efetuados, decidimos fazer uma breve paragem, para descansar um pouco e comer algo e ainda pois claro, tirar as fotos da praxe, para mais tarde recordar. 
     Mas a verdadeira “coça” ainda estava para vir, pois daqui para a frente tivemos que superar obstáculos que nos tirou do sério, nomeadamente uma subida em pedra solta, impossível de ser superada em cima da bicicleta. Aqui já vínhamos em grande desgaste e o calor apertava ainda mais, onde uma parte dos trilhos tinham de ser abertos com os nossos braços e as silvas e rancos estavam a rasgar como nunca, que medoooooo. 
      Claro que nem tudo é mau, e ainda assisti à queda do Jorge a grande velocidade, em que ficou suspenso num enorme grupo de silvas. Como não se conseguia mexer, a máquina rapidamente registou o momento, havendo necessidade de chamar uma grua para o puxar, pois o gajo é pesado pá. 
      E foi assim que chegamos à praia da Figueira e restavam poucos quilómetros para o final. Mas, ainda deu para rir um pouco mais, pois no passadiço o Jorge decide dar mais uma cambalhota no ar e ficar cheio de areia, onde mais parecia uma defesa de vólei de praia…lol… 
       Com os braços quentinhos e vermelhinhos cumprimos os 93 km com 2200+, em 6h36m a rolar em “cima dela”. Já no quartel dos Bombeiros, estava o recovery, com fêveras grelhadas no pão, bebidas, arroz doce e um DJ em grande estilo a debitar grande som. 
        Foi muito bom ter regressado ao monte na companhia de velhos amigos, uma vez mais obrigado pelo convite e pela camaradagem durante a prova, e, que o Coelho recupere rápido para a próxima etapa…Não obstante as dificuldades uma palavra de gratidão e amizade aos organizadores e aos Bombeiros Figueira.

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