Contudo este troço, foi encerrado pela Operadora de Rede Ferroviária Nacional a 25 de Março de 2009, segundo diziam, por questões de segurança, esperando reabrir no ano de 2011. Como é normal no nosso país, depois de muitas promessas por várias entidades e políticas, decidiram cancelar todos os investimentos prometidos e aclamados por muitos, suspendendo a reabilitação da mesma.
Mas voltemos à nossa viagem. Estava assim programado deslocarmo-nos de comboio até Campanhã, onde posteriormente faríamos a ligação até à cidade da Régua. O Nuno como gosta de dormir, quando chegou ao apeadeiro de Coimbrões apenas viu a traseira do comboio tendo de pedalar até à Estação de Campanhã, onde já chegou bem quentinho. Com o quarteto formado, J. Almeida, eu (Tojo), Mário e o Nuno, viajamos sentadinhos até à Régua, num dia onde se aguardavam temperaturas acima dos 40 à sombra. Como é da praxe, mal cheguei à citada cidade, de imediato apareceu a famigerada “Srª dos rebuçados” com os não menos famosos ”Rebuçados da Régua”, e eu, para não fugir ao ritual, comprei um saco. Faltava assim abastecer as nossas barriguinhas famintas, algumas maiores que outras…lol…. onde pelas 10H00, demos início à nossa jornada de btt.
O percurso estava bastante ciclável, alguns sítios com alguma pedra, mas rolava-se bastante bem, salientando inexplicavelmente alguns blocos de cimento a meio e alguns regos atravessados, onde tínhamos que travar a fundo. Ao longo do percurso, passamos pelos apeadeiros de Lorgo -Tanha-Alvações-Carrazedo-Cruzeiro-Vila Real. Chegados a Vila Real, com 25 kms nas pernas e por ser ainda bastante cedo, tentamos continuar, contudo sem sucesso, pois o percurso ainda tem travessas, carris e vegetação muito alta, sendo impossível continuar a viagem. Foi da maneira que fomos até uma pastelaria para almoçarmos qualquer coisa ligeira para a viagem de regresso, que pelas contas do Jorge, o comboio partia para o Porto por volta das 15H00. Na viagem de regresso o Jorge decidiu marrar e não quis repetir o percurso, mas tendo em conta que a alternativa era circular pela nacional, levando com mais de 40 graus na moleirinha e o tempo que tínhamos, o mais sensato era fazermos o mesmo percurso pela ciclovia.
Uma vez mais ouvi saudosamente aquela expressão: “eu é que sei, nunca ando pelo mesmo caminho 2 vezes”. Claro que eu e o Mário, alguns kms mais à frente, numa breve incursão pelo monte, “desaguamos” numa barragem, aproveitamos para o nosso 1º banho de recuperação. Desta vez até esqueci as “coubaras” que por norma atraio na água e pimba, bicicleta a descansar, roupa na cruzeta para não molhar e zás, mergulho fresquinho, com respetivas fotos impróprias para consumo geral…lol…foi muito, muito bom, por nós tínhamos ficado mesmo ali. Claro que os dois mancos, subentenda-se Jorge e Nuno, porque não tinham trazido creme pós banho, não se quiseram banhar naquelas águas límpidas e refrescantes, continuando o trajeto monte acima.
Com toda esta brincadeira, estávamos atrasados para cima de 30 minutos, por isso metemos o turbo e apertamos o andamento, mas o calor era insuportável e a boca secava a cada pedalada, meu deus, que medo…. ainda com a agravante de ter o GPS a falhar, o normal, onde nos acabamos por perder. Foi aí que avistamos 5 abutres, desconfiando logo que se tratava de um ataque feroz ao Nuno…lol…e acertámos. Desde aí seguimos o rasto deixado por este bichos feios até conseguir chegar junto dele, onde o mesmo referiu, que estava com alucinações e já tinha visto o além e a mansão da Playboy… grande Nuno.
O Próximo objetivo era alcançar o Jorge que já não o via desde que decimos ir banhar. Contudo quando chegamos à Estação da Régua e preparava-me para comprar o bilhete fui informado que só teria combio às 17H15, pois o anterior tinha acabado de partir. Moral da história, o Jorge apressado para ir trabalhar, entrou no comboio, quase em andamento, sem tirar bilhete e veio embora. Claro que ficou muito tempo para nos refrescarmos, e nada melhor que depois da bela da coca-cola fresquinha, dar início ao 2º banho, desta feita no Douro com vistas para as 3 pontes ali existentes. Mas as peripécias ainda não tinham terminado. Quando entramos no comboio para regressar, estava um calor insuportável na carruagem, sendo mais tarde informados que metade do combio pertencia ao céu (estava fresquinho) e a outra metade pertencia ao inferno (calor insuportável), que era a destinada a nós. Foi uma viagem aterradora até ao Porto, com mais de 35 º no interior, dando para entender o que sofrem os frangos no assador...lol...
Para um único dia bastou de tanta aventura, ficando para a posteridade mais esta aventura e "desaventura" na antiga linha do Corgo, onde foram cumpridos cerca de 60 Km...até breve....
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