Ora aí está uma modalidade que me agrada em muito - Duatlo, embora
ainda esteja para descobrir qual é a que não gosto…lol… Não podia deixar de
participar neste desafio e ainda por cima tão pertinho de casa. Este Duatlo teria
1º um segmento de corrida, na extensão de 4400m, correspondente a 2 voltas ao
circuito; seguido de 3 voltas de BTT, no total de 18,09 KM e para terminar
2200m corrida, ou seja uma volta, até à meta.
Neste tipo de eventos, os atletas são obrigados a levantar o dorsal no
próprio dia, logo a fila estava algo esticada, mas sempre a andar a bom ritmo,
pois o pessoal queria ir aquecer o mais rápido possível. Na entrega da “saca”,
constava um “dorsal especial”, para colocar à cinta e um não menos especial para
colocar na bicicleta com o mesmo número. Para mim é tudo “especial”, pois foi a
1ª vez…lol… havia ainda várias recordações do Exército Português, bem como um
bidon com gel e pó, para os mais drogados….lol…
Estavam inscritos cerca de 260 atletas para o Duatlo e ainda 13 equipas
que iriam dividir as despesas do mesmo, contudo devido à chuva houveram desistências,
mas mesmo assim estava um bom grupo à partida.
No aquecimento a chuvinha apareceu para também nos brindar, tornando o
piso mais escorregadio, principalmente para o Btt, que se iria desenrolar em
grande maioria em circuito urbano, por isso em calçada.
A largada foi dada pelo Comandante da Unidade, com um tiro de G3, algo
sempre bonito e diferente.
Em pezinhos de lã, descemos a calçada quartel até à estrada, pois o
piso mais parecia visgo. Desde logo, os mais rápidos, habituados à natureza
deste tipo de provas, facilmente ganham vantagem, onde eu preferi, rolar num
ritmo forte, mas sem grande loucuras, pois ainda faltava muito.
Depois de cumprido este segmento viria o BTT, onde aqui tinha uma palavra a dizer…lol… Como sabem as bicicletas são colocadas em estruturas próprias, onde no meio de centenas, temos uma certa dificuldade em a reconhecer, parece estranho, mas foi o que me aconteceu. Aqui tive a ajuda do Rafael que teve de chamar por mim, pois eu ia lançado para a frente e não conseguia encontrar a minha, um autêntico filme. Claro que descalçar sapatilhas, calças botas, meter GPS, gel, capacete, óculos e beber água, tudo ao mesmo tempo, não é fácil e demorei mais do que devia, ou pelo menos que queria…
Tudo isto é feito em velocidades astronómicas e as bicicletas já
rolavam a grande velocidade. Tirando a parte inicial do BTT em que fazíamos um
pequeno circuito dentro do Quartel em terra, o restante era sempre em asfalto e
paralelo. Para mim e tendo em conta as características da minha bicicleta, não
tinha grande vantagem, tendo neste campo grande superioridade as rígidas, mais
rápidas e racing. Contudo só me restava meter força e bloquear as suspensões,
de forma a segurá-la mais ao chão. O percurso estava sempre muito bem
sinalizado com Militares e Polícia Municipal, do melhor que eu já vi. Em termos
de cortes de estrada e segurança dada aos atletas, aqui ninguém se perdia.
À medida que avançávamos no BTT, consegui aos
poucos ir buscar alguns atletas que tinham ficado na minha frente no atletismo,
principalmente na parte técnica, em que aí então, a Cannondale voava…lol..
Penso que se
a prova tivesse em vez de 3 voltas, 30 voltas, talvez conseguisse chegar aos
primeiros lugares…lol…
Como tinha esquecido do bidon e a garrafa da água tinha saltado
do bolso, no meio da confusão da passagem, em vez de meter no bolso um gel,
enganei e meti pó para meter água no bidon. Claro que ia morrendo “drogado”,
cheio de pó na boca e sem água….lol..
Chegamos então à 3ª parte da prova, o último segmento de
corrida – 2200m. Quando deixei à bicicleta e comecei a correr, tive aquilo que
estava à espera …ou seja….não sabia correr, onde cada passo mais parecia uma
martelada no chão, com pernas inchadas…lol….nesta parte ainda tentei chegar
junto do André, que tinha começado correr à minha frente. Com muita dificuldade
e no limite, ainda ultrapassei 4 atletas, chegando à meta mesmo coladinho ao
André, com o tempo de 1.21m.
Foi muito duro, mas uma vez mais, no final fica a sensação
de prova cumprida com sucesso, onde dei o que tive e não tive, pois é assim que
eu gosto de estar e competir.
Na meta havia ainda um lanche, para restabelecer energias,
desde bebidas isotónicas, frutas e doces.
E porque estávamos num quartel nada mais que tirar as
verdadeiras fotos para a posteridade junto dos canhões…lol…fazendo parte desta
aventura os amigos: Seabra, Garcês, Reis, André, Laranjeira, Ferreira e eu.
Em termos gerais consegui um honroso 27º em 160
atletas que acabaram este desafio, nada mal, para quem faz isto pela 1ª vez..
Se eu podia viver
sem competir???? Com certeza que podia, mas não era a mesma coisa…lol…
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