08 Julho 2018- Skyroad Serra Estrela

     Este ano decidi não participar em Granfondos, tendo em conta, na minha opinião, o preço elevado, que as organizações decidiram cobrar. Contudo, para mim, o Granfondo Serra da Estrela, será sempre especial, por toda a envolvência do percurso que culmina com a chegada à Torre.
    Aproveitando a prova, combinado ir passar o fim-de-semana com a família em Unhais, na Casa de Torneiros, um dos melhores locais que conheço para descansar, onde o sossego e as paisagens magníficas imperam.
   Para esta viagem contei com o Gouveia e o Portela, que também se fizeram acompanhar das respetivas famílias.
       O fim de semana, começou cedo e logo na 6ª feira parti para Tortosendo, onde ali pernoitei. 
     No sábado tínhamos decidido, fazer um treino curto e claro, aproveitei para passar no Fundão, para comer a bela da nata de cereja, paragem obrigatória. De seguida deslocámo-nos diretamente para Unhais, onde as donzelas nos esperavam num cenário deslumbrante.
       Para esta edição do Granfondo, a dureza estava bem visível. Claro que dividia-se no MédioFondo com 97 km e 2700+ e no Granfondo, com 174 km e 4600+.
      A minha dúvida nas vésperas da prova, prendia-se a qual destas distâncias eu ia participar. Não tinha ritmo nem competição nas pernas, para fazer o grande, mas o pequeno também não me parecia grande coisa.
     Não faz sentido para mim, vir de tão longe, gastar dinheiro e depois participar no médio. Para sentir na plenitude do dia e de toda a prova, tinha de ir ao grande e chegar satisfeitinho lá ao cimo da Torre.
     Para isso fui-me mentalizando ao longo dos dias, porque estas provas também passam por uma questão psicológica e estarmos dispostos, já que a determinada parte da prova, era o que ia acontecer.
    O domingo começou bem cedo, com alvorada às 06H00 para tomar o pequeno almoço, já que ainda nos esperava uma viagem de cerca de 01H00 até Seia, local onde estava instalado todo o staff, e onde seria dada a partida.
   Chegado ao quartel general e levantado as imensas oferendas por parte da organização…lol…,preparamos tudo cuidadosamente para não esquecer nada, nomeadamente, no meu caso, as bombas de oxigénio e afins….
      Entramos na Boxe D, e claro só tinha perto de 800 atletas à minha frente, coisa pouca que não me preocupava.
      Claro que a foto da praxe do início nunca pode faltar, e então aí sim, estava prontinho para partir tudo….ou não…
      Esta prova tinha dito, que iria fazer de maneira diferente, ou seja, partir tranquilo e pouco a pouco, conforme as patas assim deixassem, ir conquistando lugares e meter andamentos mais fortes. Iria também parar nos abastecimentos, porque queria chegar inteiro à torre e podia levar grande estouro, que me impedisse de ser finiher.
      A prova começou, com carro neutralizado durante os primeiros 7 km, havendo logo a separação entre percursos.
     O início é sempre de grande azafama, com pessoal cheio de força a querer subir posições na classificação. Ainda asselarei um pouco, mas sem grandes loucuras.
       Sentia-me bem e mais à base de salgados e gomas e abastecer de líquidos, tendo em conta que as temperaturas ultrapassavam os 32º. Foi um prova muito dura, mas mesmo assim, consegui ainda ter alguma disponibilidade física e mental para a subida de Manteigas à Torre. Cheguei cansado, pois claro, mas feliz pela prestação e sentia-me mto bem. Foram 19 km em que demorei 01H35, conseguindo passar ainda por 9 atletas do meu escalão. 
    Em termos gerais estavam 884 inscritos, em que 410 estavam no Grandfondo e 474 no Mediofondo. No grande estavam inscritos 151 Master B, o meu escalão, onde apenas concluiram a prova 115. Em termos gerais fiquei na 140º geral e 44º no meu escalão, concluindo a prova em 06:54:38, com média de 20,81 km/h.


        O Grande começou em Seia, com passagem por Portela do Arão, Vide, Pedras Lavradas, Portela da Selada, Loriga, Portela do Arão, Lagoa Comprida, Sabugueiro, Stº Estevão, Penhas Douradas, Manteigas, Piornos e Torre.     

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