
No ano anterior participei na prova curta, mas
este ano, o mister pôs logo de parte esse pensamento, ele não tem piedade
nenhuma de mim.
Assim sendo e já reconfortado, tinha como
pensamento ser Finisher e bater o tempo de ouro (07H00) previsto pela
organização.
Claro que não basta querer participar e traçar
metas ambiciosas, temos de treinar com vontade, alma, rigor, sacrifício, para
se algo correr mal, a consciência estar tranquila, que fizemos tudo o que foi
possível para estarmos no nosso melhor naquele dia.
No domingo, levantamos cedinho da caminha, para
poder fazer uma viagem tranquila até Seia, com tempo para levantar o kit de
participante e preparar tudo cuidadosamente, sem stress, para que nada seja
esquecido.

Os minutos que antecedem o tiro de partida, são sempre
compostos por um misto de adrenalina, confusão, cores, super-máquinas leves e
sofisticadas, onde só acalma com o apito inicial.
Este Granfondo, decorre num cenário de alta
montanha granítica, onde perdemos de vista o horizonte, nas belas paisagens com
subidas e descidas de cortar a respiração, subindo até ao ponto mais alto de
Portugal Continental a 1993m de altitude, tá tudo dito….

A partida foi dada às 08H30 e agora apenas
restava “lutar” apenas contra mim e pelo que eu tinha traçado.

O percurso estava muito bem sinalizado, com
polícia e voluntários, nos cruzamentos e locais mais perigosos, onde eramos atempadamente
avisados dos mesmos, com bandeirolas e apitos.
De salientar ainda as inúmeras motas e carros
apoio durante todo o percurso, com rodas e outros artigos para ajudar os menos
felizardos nos contratempos que surgiram.
Relativamente aos abastecimentos, estavam bem
distribuídos e compostos, com água, bebidas isotónicas, fruta, salgados, doces,
estando a bom nível, encontrando ainda sinalizações de várias fontes ao longo do
percurso, para o pessoal poder reconfortar a barriga e baixar o termómetro do
corpo.