A minha paixão, são as longas distãncias em BTT.
Este ano surgiu uma nova prova, denominada Bairrada150, muito parecida com a que fiz em Serpa- SRP160.

Neste tipo de desafios, o meu principal objetivo é terminar e conseguir superar-me a mim próprio, sem preocupações de classificações.
Desta forma, quando pensei em "levar porrada velha", queria arrastar comigo alguns dos meus amigos que gostam de comer pó, e que têm algum andamento nas pernas, devido à dificuldade que se esperava da mesma.
Pensei, mas de tanto pensar e tentar convencer alguns, que não interessam os nomes, apenas "enganei" o Laranjeira...lol...

Pelas informações que foram disponibilizando no site do evento, dava para pressentir, que estavam no bom caminho em termos organizativos, e não seria mais uma prova para "encher chouriços".
Assim, partímos cedinho para a Bairrada, onde pelas 06H00, já estavamos a levantar os nossos dorsais junto do staff, que já estava todo reunido.
Ela prova, podia ser feita em individual, duplas e triplas, por isso havia escolha para todos os gostos e pernas.

Os primeiros 50 km foram feitos a grande velocidade, com ultrapassagens constantes, muito pó à mistura e alguma confusão, que a determinada altura mais parecia que estava numa meia maratona qualquer...lol...
Eu gosto de evoluir nestas provas, pensando sempre de abastecimento em abastecimento, ou seja, ponto a ponto.

Até ao 2º abastecimento (73km), a altimetria subia em flexa e aqui sim, a dificuldade apareceu e de que maneira. Para quem se inscreveu nas duplas, foi aqui que terminou a sua prova.
Nos abastecimentos, que estiveram sempre a bom nível, com bastante comida e bebida diversa, tentámos sempre comer algo, retemperar um pouco as energias e dar descanso às pernas.
Tínhamos pela frente mais 25 km até ao 3º abastecimento (97km), com subida à Varziela, Serra do Caramulinho e passagem pelas Eólicas. A dureza dos trilhos e o calor, estava a tornar muito dificil este desafio, mas continuávamos ainda com força e determinados a continuar.

Com cerca de 08H20 de prova, conseguimos chegar ao 4º ponto de abastecimento, naquele que esperávamos ser a última dificuldade do dia, mas errámos, pois os 30 km finais custaram imenso.

Foi com enorme entusiasmo e alegria que cortei a meta de braço no ar com o meu amigo Laranjeira, pois éramos finisher.
Na chegada ofereceram-nos além da medalha de finisher, uma caixa de kiwis, só que estavamos tão derretidos que nem podíamos com a caixa.
O homem do martelo andou muito perto, mas com o calor caiu antes de nós, que medoooo.
No final, aproveitando os diversos eventos que ocorriam à volta do estádio, deu para descontrair um pouco e relaxar.
Depois da entrega dos prémios, em que o José Silva voltou a brilhar, regressámos satisfeitos da vida e de barriga cheia de tanta porrada e pó.
Em termos gerais dos 279 que conseguiram terminar, fiquei em 155 na geral e 44 no meu escalão, em que o último master B ficou em 71, acabou por ficarmos a meio da tabela, bem bom...
No meu registo, fiz 152,7 km, feitos em 09H50 e 3650+, com uma média de 15,5 km/h e velocidade máxima de 67 Km/h.
Fizemos passagem por Oliveira do Bairro- Bussaco- Caramilinho- Urgeira-Pateira- Oliveira do Bairro, entre outros.
Uma palavra de agradecimento ao meu amigo Laranjeira, por ter aceite o meu convite e juntos termos superado as dificuldades da prova, pois como sabem numa etapa tão longa, temos momentos fortes e outros nem por isso.
Venha a próxima, que está já faz parte do passado...
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