Uma vez mais aceitei o convite/ desafio lançado pelo J.Almeida, para percorrermos a antiga Linha do Corgo, que unia as localidades de Chaves e Régua. Esta linha foi inaugurada em 1 Abril de 1910, com a chegada do comboio a Vila Real e concluída a 28 Agosto de 1921, com a chegada a Chaves.

Contudo este troço, foi encerrado pela Operadora de Rede Ferroviária Nacional a 25 de Março de 2009, segundo diziam, por questões de segurança, esperando reabrir no ano de 2011. Como é normal no nosso país, depois de muitas promessas por várias entidades e políticas, decidiram cancelar todos os investimentos prometidos e aclamados por muitos, suspendendo a reabilitação da mesma.


Mas voltemos à nossa viagem. Estava assim programado deslocarmo-nos de comboio até Campanhã, onde posteriormente faríamos a ligação até à cidade da Régua. O Nuno como gosta de dormir, quando chegou ao apeadeiro de Coimbrões apenas viu a traseira do comboio tendo de pedalar até à Estação de Campanhã, onde já chegou bem quentinho. Com o quarteto formado, J. Almeida, eu (Tojo), Mário e o Nuno, viajamos sentadinhos até à Régua, num dia onde se aguardavam temperaturas acima dos 40 à sombra. Como é da praxe, mal cheguei à citada cidade, de imediato apareceu a famigerada “Srª dos rebuçados” com os não menos famosos ”Rebuçados da Régua”, e eu, para não fugir ao ritual, comprei um saco. Faltava assim abastecer as nossas barriguinhas famintas, algumas maiores que outras…lol…. onde pelas 10H00, demos início à nossa jornada de btt.


O percurso estava bastante ciclável, alguns sítios com alguma pedra, mas rolava-se bastante bem, salientando inexplicavelmente alguns blocos de cimento a meio e alguns regos atravessados, onde tínhamos que travar a fundo. Ao longo do percurso, passamos pelos apeadeiros de Lorgo -Tanha-Alvações-Carrazedo-Cruzeiro-Vila Real. Chegados a Vila Real, com 25 kms nas pernas e por ser ainda bastante cedo, tentamos continuar, contudo sem sucesso, pois o percurso ainda tem travessas, carris e vegetação muito alta, sendo impossível continuar a viagem. Foi da maneira que fomos até uma pastelaria para almoçarmos qualquer coisa ligeira para a viagem de regresso, que pelas contas do Jorge, o comboio partia para o Porto por volta das 15H00. Na viagem de regresso o Jorge decidiu marrar e não quis repetir o percurso, mas tendo em conta que a alternativa era circular pela nacional, levando com mais de 40 graus na moleirinha e o tempo que tínhamos, o mais sensato era fazermos o mesmo percurso pela ciclovia.