Depois de um pequeno afastamento dos passeios,
como gosto de chamar, “Made in Ecobike”, voltei a ser "chamado" por V.Exª o
Presidente Srº Jorge Almeida, para uma travessia para os lados de Foz Coa.
Como companhia ainda contei com a sua alteza o
Vice (Vitokorov) e o secretário adjunto (Luis Correia)…lol…
Para mim é indiferente o local para onde vou, mas
sim, ser convidado para estes saudosos passeios, onde não são importantes os
quilómetros que faço, nem as serras que subo, mas sim o convívio, o ambiente
descontraído e o dia bem passado entre amigos a pedalar.
A travessia foi devidamente planeada por aquele
que melhor conhece o nosso país, incluindo ex-castelos, castelos, castelinhos,
ou apenas uma pedra a ditar a sua existência – Vitokorov.
Foi desenhada com começo em Freixo Espada à Cinta
e término no Castelo de Numão- Foz Coa.
Uma vez mais dormimos bem rápido, pois tínhamos
uma longa viagem até ao início da nossa loucura, em Freixo Espada à Cinta-
Bragança.
Os “cavalos de pau” estavam sedentos de pó e o
calor que estava previsto, com certeza faria as suas “loucuras.”
Mas como os super atletas não andam a água,
fizemos uma pequena paragem, para enchermos os depósitos para o longo dia que
tivemos pela frente.
Por volta das 10H00 e da respetiva foto para a
posteridade, no Castelo de Freixo de Espada à Cinta, demos arranque oficial com
tiros de salva.
O andamento foi sempre dado por aquele que de momento
está menos forte…lol…mas tendo em conta a preparação sublime do grupo,
rolamos sempre constante e a bom ritmo, tanto mais que o Vitokorov parece que
voltou à sua grande forma, agora que tem um “cavalo” novo e maior (roda 29).
Em Poiares, percorremos o extenso Parque Natural
do Douro Internacional, com as suas extensas vinhas, amendoeiras e oliveiras, que
durante quilómetros, nos proporcionaram sensações extraordinárias, com vistas
de perder o folego, capazes de ali ficarmos a contemplar aquele quadro ilustrado
durante horas a fio.
Rapidamente chegamos a um dos principais pontos
marcados para o dia de hoje - Calçada de Alpajares.
Uma vez mais, com vistas deslumbrantes, esta
descida foi sempre feita com muita atenção, já que é muito técnica e os erros
pagaram-se sempre com o corpo…lol…
O sol apertava forte, onde rapidamente ficávamos sem
água, aproveitando a passagem por Barca D`Alva, para abastecer.
Aqui atravessamos a velhinha ponte que nos une aos nossos hermanos, por cima do Rio Águeda,
tendo sido a ligação mais direta entre o Porto e o resto da Europa, claro está que
nos dias de hoje, está tudo abandonado, servindo apenas para caminhadas e pouco
mais, sinais da modernice….ou não….
Constantemente éramos obrigados a fazer paragens
para resfriar um pouco as máquinas e aproveitar todos os pontos de água
existentes, já que escasseavam, tendo-se tornado o nosso principal inimigo, em que a
sombra das árvores não passavam de miragens.
Chegados à Igreja Matriz de V.N. Foz Coa, o Jorge
e o Luís, decidiram que por eles já estavam de barriga cheia de calor e pó,
restando assim dois mancos.
Vergar o Vitokorov não é fácil, e por vontade do mesmo só parava de pedalar no castelo, onde não me restou mais que seguir e apoiar a sua loucura e voltar ao monte.
Para melhorar as coisas já difíceis por si, logo à
saída, ouço um estouro vindo da bike do Vítor. Pois bem, camara de ar
rebentada e o pneu rasgado.
Mas quando a vontade é muita, resolve-se o
problema e siga para mais uns belos quilómetros na picada para Freixo do Numão,
bem durinha e com o calor sempre na nossa roda.
No final e já na aldeia aproveitamos uma fonte de
água fresquinha, para meter a cabeça por debaixo de água, com os populares
perplexos a olhar.
Contudo tendo a conta a hora que andava mais
rápida que nós e que em breve ficaríamos sem luz solar, aliado ao desgaste
físico, a falta de alimentação e líquidos, decidimos percorrer o restante
percurso por estrada, percorrendo parte da nacional 222, até Numão e
seguidamente até ao Castelo com o mesmo nome.
E porque já não tínhamos onde tomar banho, tivemos que
improvisar uma fonte de água à face da estrada, onde os pormenores
são secretos…lol…
Ainda tivemos tempo para jantar em grupo e
regressar a casa de barriga cheia e pernas carregadas de amor e carinho dado pelas nossas bikes.
Na totalidade foram percorridas 97 km em 7:12 em
movimento e mais de 2600 altimetria.
É sempre bom regressar ao monte com velhos
amigos, e, no fundo de tudo, o que gostamos mesmo é sair de casa às 06H00 e
chegar às 02H00, para andar de bike….k medooooo
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