Este ano
decidi não participar em Granfondos, tendo em conta, na minha opinião, o preço
elevado, que as organizações decidiram cobrar. Contudo, para mim, o Granfondo
Serra da Estrela, será sempre especial, por toda a envolvência do percurso que
culmina com a chegada à Torre.
Aproveitando
a prova, combinado ir passar o fim-de-semana com a família em Unhais, na Casa
de Torneiros, um dos melhores locais que conheço para descansar, onde o sossego
e as paisagens magníficas imperam.
Para esta
viagem contei com o Gouveia e o Portela, que também se fizeram acompanhar das
respetivas famílias.
O fim de
semana, começou cedo e logo na 6ª feira parti para Tortosendo, onde ali
pernoitei.
No sábado tínhamos decidido, fazer um treino curto e claro,
aproveitei para passar no Fundão, para comer a bela da nata de cereja, paragem
obrigatória. De seguida deslocámo-nos diretamente para Unhais, onde as donzelas
nos esperavam num cenário deslumbrante.
Para esta
edição do Granfondo, a dureza estava bem visível. Claro que dividia-se no
MédioFondo com 97 km e 2700+ e no Granfondo, com 174 km e 4600+.
A minha
dúvida nas vésperas da prova, prendia-se a qual destas distâncias eu ia
participar. Não tinha ritmo nem competição nas pernas, para fazer o grande, mas
o pequeno também não me parecia grande coisa.
Não faz
sentido para mim, vir de tão longe, gastar dinheiro e depois participar no médio.
Para sentir na plenitude do dia e de toda a prova, tinha de ir ao grande e
chegar satisfeitinho lá ao cimo da Torre.
Para isso
fui-me mentalizando ao longo dos dias, porque estas provas também passam por
uma questão psicológica e estarmos dispostos, já que a determinada parte da
prova, era o que ia acontecer.
O domingo
começou bem cedo, com alvorada às 06H00 para tomar o pequeno almoço, já que
ainda nos esperava uma viagem de cerca de 01H00 até Seia, local onde estava
instalado todo o staff, e onde seria dada a partida.
Chegado ao
quartel general e levantado as imensas oferendas por parte da organização…lol…,preparamos
tudo cuidadosamente para não esquecer nada, nomeadamente, no meu caso, as
bombas de oxigénio e afins….
Entramos na Boxe
D, e claro só tinha perto de 800 atletas à minha frente, coisa pouca que não me
preocupava.
Claro que a
foto da praxe do início nunca pode faltar, e então aí sim, estava prontinho
para partir tudo….ou não…
Esta prova
tinha dito, que iria fazer de maneira diferente, ou seja, partir tranquilo e
pouco a pouco, conforme as patas assim deixassem, ir conquistando lugares e
meter andamentos mais fortes. Iria também parar nos abastecimentos, porque
queria chegar inteiro à torre e podia levar grande estouro, que me impedisse de
ser finiher.
A prova
começou, com carro neutralizado durante os primeiros 7 km, havendo logo a
separação entre percursos.
O início é
sempre de grande azafama, com pessoal cheio de força a querer subir posições na
classificação. Ainda asselarei um pouco, mas sem grandes loucuras.
Sentia-me
bem e mais à base de salgados e gomas e abastecer de líquidos, tendo em conta
que as temperaturas ultrapassavam os 32º. Foi um prova muito dura, mas mesmo
assim, consegui ainda ter alguma disponibilidade física e mental para a subida
de Manteigas à Torre. Cheguei cansado, pois claro, mas feliz pela prestação e
sentia-me mto bem. Foram 19 km em que demorei 01H35, conseguindo passar ainda
por 9 atletas do meu escalão.
Em termos gerais estavam 884 inscritos, em que
410 estavam no Grandfondo e 474 no Mediofondo. No grande estavam inscritos 151
Master B, o meu escalão, onde apenas concluiram a prova 115. Em termos gerais
fiquei na 140º geral e 44º no meu escalão, concluindo a prova em 06:54:38, com
média de 20,81 km/h.
O Grande
começou em Seia, com passagem por Portela do Arão, Vide, Pedras Lavradas,
Portela da Selada, Loriga, Portela do Arão, Lagoa Comprida, Sabugueiro, Stº
Estevão, Penhas Douradas, Manteigas, Piornos e Torre.
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