10 maio 2014- 4ª Etapa Circuito NGPS – Barcelos

      Finalmente o bom tempo chegou. Depois de tudo o que aconteceu de mau na etapa de Vouzela, eu tinha de dar a volta por cima, por isso as expetativas estavam em alta, e estava disposto a comer muito pó, tal como gosto.
     Com o pessoal de Barcelos a organizar, logo sinal de muita experiência em provas de btt, tudo estava preparado para curtir grandes trilhos, que tanto abundam em Barcelos.
Para esta etapa não pude contar com o meu “parceiro”- Ricardo, pois encontrava-se a percorrer Gaia- Fátima, pelos caminhos de Fátima.   
     Contudo estava tudo combinado para ter como companheiros outros dois prós, ou seja o Laranjeira, que também me acompanha no circuito, bem como aquele monstro do btt mundial, com a sua 29 – Diniz, mais conhecido por brutos pá…..
     Gosto de chegar cedo, para poder usufruir de todo o percurso, sem grandes pressas e correrias, e ainda poder chegar relativamente “cedo” e com dia a casa…lol…
     Chegados ao ponto nevrálgico de todas as operações, sito na bela Quinta da Levandeira- Barcelos, muito bonita e com um bom ambiente, levantamos o nosso kit e fomos aquecer os pneus às máquinas, para não deslizarem nas curvas.
   Quando já estávamos prestes a arrancar, apareceu o Pedro Santos na companhia de um amigo, e então aguardamos mais um pouco para juntos atacarmos o monte.
       Nos kms iniciais, o piso estava seco, o tempo estava agradável e deu para sentir que as pernas estavam bem acordadas e dispostas para meter gás nas subidas.
       Contudo, nas primeiras “picadas” e dificuldades, junto ao Monte Palmeira de Faro, o Pedro decidiu fazer o percurso mais curto e deu-nos carta branca para avançar com mais watts.
        Assim, rapidamente chegamos ao Castro de S. Lourenço, num local muito bonito, e com umas vistas belíssimas, com muitas casas já reconstruídas e divididas em vários setores, consoante o ano da sua construção.
      Aproveitando um dos cafés marcados no gps, decidimos fazer uma pausa perto das 12H00, para abastecer de energia, comendo a bela da sande de presunto com coca-cola.
      Ainda subimos a Maceira, para entrar logo de seguida num singletrack brutal nas margens do rio Neiva, onde uma árvore no meio do track originou belos momentos de brincadeira e descontração.  
    Claro que depois da bonança vem a tempestade …lol… os seja, veio a parede mais complicada de transpor. Numa altura em que o sol aquecia e bem, tínhamos cerca de 12 km sempre a subir até Arefe e logo de seguida até S. Gonçalo, sito a 477m de altitude, que foi bem complicado e deu muito trabalho para deixar para trás, já que subia, subia, subia… sem fim à vista. Como costumo pensar, é nesta altura que se olha para a roda da frente e sofre-se, até acabar a subida, simples…..
        Esta subida deixou principalmente marcas no Diniz, que teve de se socorrer de um gel do Laranjeira que o ressuscitou até ao final.
    Como não tinha todos os pontos de água marcados no gps, e ia na frente do grupo a navegar, passei por dois pontos importantes de abastecimento e não os consegui ver, fazendo muita falta mais à frente, pois não havia cafés onde me abastecer, tendo-me que socorrer da água dos meus companheiros, o que não é nada normal.  
      Como começava a sentir falta de energia, provocada pela falta de comida e de líquidos, decidi rolar forte para chegar o mais rapidamente possível à meta, senão ainda levava com o homem do martelo…lol..  
       Assim, chegamos à meta pelas 16H45, com o sentimento de dever realizado, num grande dia de btt, em que ficaram 86 km realizados, com 1886+ altimetria, feitos em 6H46, em que foram consumidas 4252 calorias.
     No final a organização ainda nos presenteou com uma senha para comer uma bifana e beber uma cerveja.
       Depois do banhinho tomado e que bem que soube, ainda descontraímos mais um pouco sentadinhos numa esplanada.
         Obrigado aos meus amigos que me acompanharam em mais um dia de puro btt, laranjeira e Diniz, com certeza vamos navegar mais vezes juntos, porque eu gosto de andar com os melhores.