21 Março 2010 - Pelos trilhos da Maria da Fonte VI

    Aproveitando o domingo solarento, a Ecobike representada pelo Tojo, Presidente e Bep-Bep, deslocamo-nos até à Povoa do Lanhoso para cumprir mais uma prova composta pela extensão de 40 Km.
   Tendo em conta a chuva que tinha caído nos dias anteriores, uma vez mais fomos obrigados a sujar as nossas meninas, pois o percurso tinha muita lama, água, pedras soltas, etc...
   Contudo é de salientar que 70% do percurso era totalmente diferente dos anos anteriores, composto por trilhos muito bonitos, salientando-se o enorme trabalho feito pela organização, com muitas bolhas nas mãos com certeza de tanto abrir caminhos.
   A prova, tal como anunciada, era catalogada como de dificuldade bastante elevada em termos físicos e técnicos, pois tinham descidas complicadas e acentuadas, que elevava o grau de concentração por parte dos atletas, caso não queisessem "malhar"
       
   Assim, a prova foi-se desenvolvendo sempre com uma organização a alto nível, terminando desta feita num jardim relvado e não numa escadaria como era normal, ainda bem para mim, pois era malho na certa. No final ainda tínhamos uma menina a sortear vários prémios, e mais duas a oferecer bebibas energéticas, a bebida não era grande coisa, mas as chavalas, nem vos conto…

Em termos gerais uma prova muito bem organizada, evidenciando-se o
enorme trabalho para estar tudo em alto nível, cruzamentos bem controlados, abastecimentos muito bons, com muita comida e vários líquidos, com banhos quentes e feijão vermelho para o almoço, que gentilmente o cozinheiro trocou por filetes de peixe, senão apenas ia comer arroz.
   Atente-se para o facto de o presidente ter aparecido nos banhos de fio dental, tatuagem esquisita no braço e de pum-pum cor de rosa, pedindo ao pessoal para lhe lavar as costas porque não queria estragar a tatuagem ( recuso-me a descrever como tudo acabou).
  Mais um dia bem passado entre amigos e com mais uma coça no corpo…
Ass: Tojo

28 Março 2010 - IV Passeio Btt Trilhos do Marco

  Depois de um semana de chuva, que impossibilitou grandes treinos, como não poderíamos faltar, decidimos ir até ao Marco, efectuar cerca de 38 Km, com 4 ilustres representantes da Ecobike: Tojo, Marito Miragaia, Bip Bip e pelo presidente Gigantone.
   Na entrega dos dorsais fomos presenteados com uma caixa de doces da região e uma garrafita de vinho branco, que nos veio alegrar nesta manhã que começou bem fresquinha
  Contudo, o que ao início seria um treininho mais puxadinho, tornou-se um dia histórico para o “presidente”, isto porque na partida colou-se aos prós e heroicamente, pela primeira vez na vida conseguiu rolar à minha frente e do Márito durante 7 Km, até rebentar na primeira subida que nem uma castanha.
   Claro está que uma vez mais o Mário ganhou o prémio da desorientação, pois a velocidade que rola é tal, que não vê nadinha à frente e só parou quando desceu até ao rio e não dava para andar mais, a não ser……voltar a subir o que
tinha descido para entrar novamente no trilho…originando a perda do 2ª lugar no pódio da equipa, para o presidente.
   Em termos gerais a prova foi-se desenvolvendo sem grandes acidentes entre os 264 participantes, sendo
composto por um percurso bem durinho, principalmente na “parede” inicial que tinha a duração de 15 Km. Contou com a colaboração de bastantes pessoas a cortar estradas mais
 importantes o que permitiu enorme segurança nos cruzamentos. Relativamente aos banhos, desta vez eram quentinhos, teimando o presidente levar o pum-pum cor-de- rosa para lavar as costas (é de lamentar meus senhores). O almoço foi composto por anho e vitela e vinho pró Bip Bip, que resgatou de imediato uma garrafa, outra coisa não estaríamos à espera de tal conhecedor deste líquido espiritual e antioxidante.
    No final e como é apanágio e objectivo destas provas, ficaram as recordações, brincadeiras, fotos, risadas e palhaçadas entre quem lá esteve. Uma palavra de amizade aos nossos colegas de roda da Bike17eco, Pimenta e Sousa.

16 Junho 2010 - Festas Juninas 2010

   Aproveitando a importância que o S. João tem no Norte do nosso maravilhoso país e principalmente nas hostes nortenhas (já que foi este Santo- João Batista quem baptizou Jesus Cristo e o anunciou como o Messias, que posteriormente viu sua cabeça ser oferecida numa bandeja a Salomé, foi organizado em cima do joelho e por sms, característico da Ecobike, um encontro que tinha como objectivo passar por alguns dos pontos mais emblemáticos da nossa cidade, estando marcado o momento mais alto da noite, na Zona das Fontainhas, para o verdadeiro jantar da sardinhada e afins.
    Assim, compareceu à chamada eu (tojo),  Vitokorov, BipBip (Henrique Santiago), Fernando e o ilustre Couto, esse colosso do btt, tendo recebido por vídeo-conferência o desejo de bom passeio por parte do presidente que se banhava nas águas do Mediterrâneo.
   
Concentração marcada para as Caves do Vinho do Porto, onde imperava o sentimento “Poucos mas bons”.
Como o objectivo não era fazer muitos quilómetros, foi decidido algo inédito, ou seja, ir até à Afurada e atravessar de barco para a outra margem, poupando assim as pernas.
Foi uma grande ideia, pois foi super divertido, pese embora termos logo sido “roubados”,   pois o “piloto” do “Flor do Gás - Douro”, pediu logo 2€ por cada um para a travessia, 1€ pela cabeça e 1€ pela bicicleta, ladrões….
 
Com os pés bem em terra, tal como gostamos, continuamos com o passeio, fazendo uma breve paragem para a foto nos carrosséis que se encontravam junto ao Fluvial.

 Com o calor que se fazia sentir e quiçá, provocado pelas amigas do Bip-Bip, que circulavam em treino, espalhadas pela marginal do Passeio Alegre, houve necessidade de resfriar um pouco, parando assim no repuxo ali existente.


Próximo objectivo era chegarmos até ao forte de S. João Baptista, com passagem pelo parque da cidade, em que o Couto queria apanhar um ganso para depenar. Aqui chegados e em poses artísticas, demos azo à nossa imaginação fotogénica.

Percorrida a Ciclovia em grande velocidade, o medo foi muito, pois estava presente o Vitokorov, logo o risco de queda era imensa, tendo em conta os seus antecedentes velocipédicos. Correu tudo em ordem, seguindo em direcção a Miragaia, onde foram percorridas as suas artérias estreitas, até à zona Ribeirinha, com um suave cheiro a sardinhas assadas e pimentos. Aqui, pedimos às “palavrinhas” família histórica daquela zona, para nos tirar uma foto junto ao S.João, e, por incrível que pareça, não roubou a máquina …..




Congratulo-me por esta zona  encontrar-se repleta de turistas, a jantar a verdadeira sardinhada, já que infelizmente uma das zonas mais bonitas da nossa cidade, nos últimos anos tem sido invadida pela delinquência, afastando assim o bom ambiente que já lá existiu. Graças a Deus Né ….


Aqui, alguém teve a feliz ideia, que para chegar ao nosso destino, o melhor seria subir a Calçada das Fontainhas, claro está que o que estava calmo até então, tornou-se de repente um inferno, lembrando-me aquela Calçada de Idanha (quem lá foi sabe do que falo). Claro que tive de puxar de galões e deixar a concorrência a várias sardinhas e pimentos de distância…fraquinhos….

Chegou então o momento de escolher o restaurante para encostar as máquinas e por em prática aquilo em que realmente somos bons…e aí o Couto e o Fernando encontraram um restaurante,  
propriedade de uma senhora muito simpática e vizinha lá das quintas deles.


Claro está que aconteceu o 2º roubo noite, ou seja, cada sardinha tinha o custo monetário de 1€ e o Frango o custo de 14€, perante tal cenário recusamo-nos a perguntar quanto   custava o pimento e restantes condimentos… claro está que a dona foi ameaçada que nessa noite a sua capoeira iria ser atacada por raposas esfomeadas ….e mais nada.

A meio de jantar, salienta-se a chegada dos nossos colegas de pedal, Márito Miragaia, encostado às “boxes” depois de uma enorme lesão no tornozelo, imagine-se a brincar com o sobrinho (podia ter inventado melhor desculpa) e do Valente, que juntaram-se ao grupo e à festa, que decorria em boa disposição e gargalhada, tal era o poder de improvisação demonstrado pelo Fernando, a debitar em rajada anedotas.

Já a noite ia bem alta, pessoal bem animado e disposto, era chegada a altura do Bip-Bip, presentear-nos com a surpresa de 2 balões de S.João. A pergunta era, como seria possível mandar o balão para o ar, no estado lastimável que já nos encontrávamos???, duvidei, mas

que ele subiu, subiu….e bem alto, até pensei em agarrar lá a minha bicicleta para deixar em casa, pois não tinha vontade nenhuma de fazer trajecto de volta.
 
Para finalizar e a pedido das “marias”, que não se acreditaram que vínhamos àquela hora comer sardinhas, alguns…. que não digo o nome – Márito e Valente, ainda tiveram de ir comprar farturas, para assim poderem fazer prova da sua palavra, claro está aproveitada por todos para se “alambusarem”.

No final, barriguinha cheia, bolsos vazios, regressamos às nossas casinhas, com o dever cumprido e mais uma noite passada entre amigos, pois é isso mesmo que o BTT nos proporciona….Bem haja amigos do pedal….

ASS: Tojo

08 Maio 2010 - V Maratona Internacional de Idanha-a-Nova

Este ano foi deliberado em assembleia-geral que a maratona que anualmente fazemos fora de portas, seria em Idanha-a-Nova. Sabíamos de ante mão, que os prós da Ecobike, iriam ser acompanhados por colegas pouco dados a provas BTT e principalmente a longas distâncias (100 Km), mas que corajosamente queriam e bem, fazer parte dessa festa, na companhia das suas companheiras e filhos, para assim poderem desfrutar do fim-de-semana e visitarem aquela que é a “aldeia mais portuguesa de Portugal” que é Monsanto.
Assim, no dia 07 Maio eu (tojo) mais o pró Vitokorov arrancamos de Vila Nova Gaia, com uma breve paragem para almoço no restaurante de um dos nossos colegas de equipa:

, bem como uma foto junto à Reserva Natura da Serra da Malcata,
até ao objectivo que era a Colónia da PSP em Monfortinho, local onde iríamos pernoitar uma noite (pensava eu), até o dia seguinte.





Depois das formalidades inerentes a esta estadia, lá partimos para visitar os locais mais marcantes deste local, devidamente catalogados no sítio oficial da nossa equipa e elaborado pelo meu companheiro de viagem.

Fizemos pois uma paragem obrigatória ara comprar uma lembrança da região, no turismo local, onde a muito custo, por estarem esgotados, conseguimos trazer o “Adufe”, instrumento característico da região, salientando-se que naquele local fomos encontrar uma tecedeira natural de Vilar Paraíso, país pequeno o nosso.

Claro está que iríamos começar pelos      Fosséis de Penha Garcia e eu nem imaginava o que ainda me esperava e pelo que me pareceu tudo devidamente pensado pelo meu guia, já que me obrigou a acompanhá-lo na sua caminhada e assim desgastar-me na véspera de uma grande competição, em que eu era apontado como forte adversário do conhecido Vítor Gamito.

Fazendo plágio sobre as palavras do ilustre Vitokorov, historiador consagrado e que :
“Chegados às ruínas do     pequeno castelo, podemos desfrutar do excelente miradouro, sobre a grandiosidade do vale por onde corre o rio Ponsul e sobre a "aldeia mais portuguesa de Portugal" - Monsanto. Neste    pequeno trajecto pela garganta do rio Ponsul, podemos ver    segredos   dos tempos pré-históricos, quando um oceano banhava aquelas paragens. A prova disso está gravada na rocha, nos fosseis deixados pelas trilobites, uma espécie de artrópedes marinhos que viveu há 400 milhões de anos. Movimentavam-se arrastando-se pelo fundo do mar, e são essas marcas, denominadas cruzianas, apelidados de Cobras Pintadas pelas gentes   locais, que hoje podemos ver.-Além disso, pode-se ver pequenas cascatas, uma piscina fluvial, com deck em madeira sobre o vale, antigas casas dos moleiros e dos seus moinhos de rodízio - movimentados pela água.
• Distância = 3km
• Dificuldade: Fácil
• Percurso: pequena rota, por caminhos tradicionais e urbanos. circular
• Desníveis: pouco acentuados
• Época aconselhado: todo o ano





   Depois de tudo percorrido e explorado, fomos até à zona da meta (Idanha), para levantar os dorsais e respectivos sacos dos prós da Ecobike, dos colegas da Bike17Eco, Fernando Sousa (trepador) e Pimenta (saca-saca)) e ainda dos nossos colegas da SéniorSadPower, Leandro Costa e Hélder Coelho, o que não se tornou muito fácil, pois já havia pessoal a reclamar por estarem tanto tempo na fila, enfim…..
 
Como a hora já estava avançada o pessoal foi-se deslocando para o restaurante, recomendado pelo colega da colónia, estando o javali um bocado seco para os dentes do pessoal, que veio um pouquito com fome….

   Chegados à Colónia férias, foi hora de entregar os sacos individuais, onde constavam os Jersey, pelo sinal bem bonitos, para o dia seguinte. Claro está que o Presidente- Gigantone e o Henrique ficaram admirados por estarem um pouco mais fortes que o tamanho que pediram, claro está que treinar bi-diários faz disto, ficam um “bichos”… de cara….
   Depois da naninha, levantamos cedo para ir tomar o pequeno-almoço, tarefa que sabíamos não ir ser fácil, pois pelo que vimos no dia anterior em Idanha, em virtude de haver poucos estabelecimentos para tantas pessoas que se esperavam. Sorte teve o Bip-Bip, que ficou hospedado no Hotel Astoria e tomou um pequeno-almoço à sua altura….não facilita…é um senhor….. As suspeitas confirmaram-se, pois o único café que estava aberto, passados 5 minutos já tinha acabado o pão, nem negócio sabem fazer e aproveitar estas alturas, sendo o pequeno-almoço servido de barras, gel e bebidas energéticas… logo a arrebentar.
Assim, depois dos preparativos e das máquinas quentes, colocamo-nos na meta, onde havia lá elementos de uma equipa a fazer “rolo” para muito aparato e espanto de muitos outros, que só de ver já estavam cansados.

Na meta e com muita vontade, notavam-se as presenças dos prós da Ecobike, que eram representados por: Vítor Santos (tojo), Jorge Almeida (Gigantone), Vítor Silva (Vitokorov), Mário Almeida (Marito Miragaia), Leite (J.P.), Gouveia (Dr. Zé), H. Santiago (Bep-Bep), Santos, Barreira, Coelho, Rocha (Marroquino) e o Pedro Santos; pelos prós da Bike17Eco: Fernando Sousa (Trepador) e Pimenta (Saca-saca)) e pelos prós da SéniorSadPower: Leandro Costa (Presidente) e Hélder Coelho;
Partiram assim, cerca de 1200 atletas,   distribuídos por três provas: maratona (prova rainha com 100 Km), meia-maratona de 50 Km e uma prova de contra-relógio, tendo como um dos
atractivos uma passagem por terras dos nuestros hermanos, “Zarza la Mayor”, bem como a famosa calçada   Romana, que no início seria a descer, mas que teriamos de a subir (nem todos), sendo assim uma prova de “gabarito” internacional e um outro, que consistia numa aposta entre mim e o Presidente, em que  eu no final lhe daria 1 hora de vantagem, aposta esta que era nada mais nada menos que a nossa própria bicicleta, logo a parada estava alta, mais para mim,   pois ele tem um “cavalo de pau”, de tamanho “M”. O tempo não estava com muito bom aspecto, confirmando-se estas suspeitas logo no início da prova, em que refrescamos com tamanha carga de água brindada de cima. Aqui, o Presidente,    
 ao ver tanta erva, deu-lhe logo vontade de ir ao monte, ficando logo irremediavelmente fora do pódio (desculpas) e com a bicicleta em risco…
   Claro está que numa prova desta distância, estávamos à espera de uma grande dureza e foi efectivamente o que aconteceu, com um piso muito seco e pouco rolante, muita pedra solta, descidas duras e acentuadas (que originou muitas quedas na nossa equipa) e subidas em que o fôlego começava a faltar e se respirava apenas pelas “guelras”. Pessoalmente e tendo em conta as características da minha querida Mondraker, foi uma prova muita dura, em que “rebentei”, perto dos 60 Km, pela primeira vez rendi-me e tive de concordar que as suspensões totais ganham muita vantagem perante as semi-rigidas, pelo menos em provas destas distâncias.
  Peripécias foram muitas, desde o dorsal do Bep-Bep, ter no final da prova aparecido todo carimbado, por milagre; não conseguirmos tomar pequeno-almoço condigno; muitas quedas do pessoal, claro está, como esperado a do Vitokorov, em que a médica recomendou o uso de duas rodinhas atrás, não lembra ao Diabo, estás possuído pelo demónio. Claro está que devido a esta queda, arranjou uma desculpa para ficarmos mais uma 
 noite em Monfortinho, para aliviar as dores do pescoço…e assim atrasar a minha recuperação na banheira coberta de gelo até aos t……….
Para a posteridade ficam as classificações:
• ----1 - Vítor Gamito
• 104 - SANTOS
• 123 – TOJO
• 148 – HELDER COELHO
• 189 - GIGANTONES
• 232 - MARITO
• 233 - VITOKOROV
• 234 - J.P.
• 259 - DRº ZÉ
• 329 - COELHONE
• 371 - KIKO
• 517 - MARROQUINO
• 520 - PEDRO

E ainda na prova dos 50 Km:
Leandro Costa – 100
Mas mais importante, saliento, a amizade, dor, companheirismo, sacrifício, cumplicidade, brincadeiras, união entre todos….ficando as saudades daqueles trilhos fantásticos, paisagens fabulosas, VIVA O BTT
http://www.youtube.com/watch?v=emaZNL5qHOY