28 Março 2010 - V.N.Gaia - Fátima

     Aproveitando um jantar bem regado, daqueles em que o álcool fala sempre mais alto, foi marcada a data para a já clássica Gaia-Fátima em bicicleta, em que o pelotão iria ser presenteado com alguns pápa-bolos, que tiraram das suas cavalariças (depois de levarem uns valentes coices) os seus “cavalos de pau” e os prós.

        Assim sendo e como a hora marcada nunca pode ser respeitada, depois das respectivas fotos da praxe, em que ainda estavam todos sorridentes, partimos de Canidelo perto das 06H30, 16 super-atletas e mais 3 menos-super de apoio, com grande vontade e determinação de chegar ao Santuário, para assim cumprir as nossas promessas e perdoarem-nos os nossos pecados, já que alguns são bem grandes, tendo em conta a constituição do polotão.... mas continuemos...    

Claro está que o pessoal mais sensível, com a devida antecedência adquirira autênticos sofás Divani-Divani, por causa dos rabinhos delicados que têm.

Como convém, os primeiros kms foram efectuados a uma velocidade de cruzeiro baixa, no sentido de acordar os músculos e preparar para os 220 que nos separavam do objectivo. A 1ª paragem já com cerca de 50 Km feitos, perto da cidade de Aveiro, deu para beber um cafezinho, comer alguma coisa, esticar um pouco as pernas e principalmente descansar o rabo, excepto os que levaram os sofás, que ainda não sentiam

 nenhuma dor, tirando o facto do "cavalo" do Paulinho que se encontrava em baixo de forma e não querer ajudar, obrigou-o a recorrer às boxes várias vezes.

    

      Depois das barriguinhas cheias, que pelos tamanhos das mesmas, levam pouca comida e bebida, lá continuamos na nossa saga, cruzando-nos com o "Sr. do Pão", que ficou muito chateado pela nossa presença e quer queria bater em todos, mal ele tinha visto que éramos muitos.    

       Ainda deu tempo para o desabafo: “que é pá ??? Parto-te todo pá!!!! oHHH páaaaaa!!!!”, embora até ao fecho da edição não foi possível descobrir o seu autor.

      Lá continuamos com muita brincadeira à mistura e camaradagem, começando contudo as pernas a doer, sendo notório o sacrifício de muita boa gente, tendo como próxima meta o

almoço que estava programado em Mira, local onde nos “abancamos”

para relaxar e comer algo de

mais substancial,

pois já enjoávamos as barras, gel, shots e outras coisas

esquisitas que levávamos.

           

Desde já um agradecimento à mãe do Paulinho,

que se levantou a umas ricas horas para fazer um panelão de massa com carne, para delicio de muita gente. A gerência agradeceu.

 

 Com a barriguinha cheia, panelas, tachos, cervejas e sacos abastecimento todos vazios, fizemo-nos novamente à estrada, onde os "BRUFEN" e coisas similares, começavam a não resultar, sendo necessária nova dose…

     Contudo e quando nos dirigia-mos em bom ritmo em direcção a Leiria, surge a 1ª baixa no seio do polotão, o mega atleta “tronco” Fonseca, que sentiu-se indisposto e com tonturas, salientando-se a coragem e força de vontade de vir montado num cavalo de pau e ter feito 145 Km em grande estilo, tiro o chapéu.

      

       Mais estranho foi quando o mega-atleta “Frangos” decidiu aos 185 Km, e, já na cidade de Leiria,

antes da última subida até Fátima, (segundo se consta a pedido do seu cavalo que estava farto de o levar), terminar a sua excelente prestação, tendo em conta que o seu objectivo era ficar em Espinho e chegou a Leiria, muito fez. 

                                            

      Sendo assim faltava apenas a última e penosa subida, catalogada como de 1ª categoria na Volta a Portugal em bicicleta. Aqui sim, as coisas complicaram-se, mas a vontade, determinação e entre-ajuda ponderou no grupo, que era coeso e forte, chegando uns mais fresquinhos que outros, mas todos lá chegamos perto das18H30.

       Uma palavra de apreço e admiração por todos os que aceitaram  

 este desafio, muitos deles sem terem ritmo treino, nem tão pouco

bicicletas, e que superaram os seus limites e ajudaram outros alcançar a

 os seus ....é preciso coragem…muita coragem, e acima de tudo todos podem dizer “EU ESTIVE LÁ”… pois só esses fazem falta.

 Claro está que depois houve vingança pura no Restaurante

“ A Regional”, onde foram devorados 2 leitões, em que os pobres bichos não tiveram a mínima hipótese de se defenderem, tendo em conta a fome e tamanho dos adversários.

         Fica para a posteridade esta breve crónica, muita dor,      sofrimento, sacrifício, mas também a amizade, boas recordações, palhaçadas, brincadeiras e as fotos para mais tarde recordarmos, despeço-me assim com amizade, até ao próximo convívio….

Ass:Tojo